CAPÍTULO 70- seguir em frente!

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BRUNO REZENDE

O médico apareceu, e nós encarou.
- quais são as notícias?
Mae dela perguntou.

- fala doutor, por favor!
Falei.

- ela está sedada no momento, a batida foi forte...e.. eles estão bem!
Ele falou.

E a felicidade me atingiu, o sorriso se formou em meus lábios.

- posso ver ela ?
Perguntei eu eufórico.

- pode, ela tá um pouco zonza, ela teve sorte, que um dos bebês estava com a bundinha virada, se fosse a cabeça ou as costas, seria fatal. Os três foram muito guerreiros!
Ele falou.

E sem pensar abracei ele, que ficou sem reação, e retribuiu.

- muito obrigado!
Falei, chorando.

- só fiz o meu trabalho!
Ele disse

- Falei, que ela ficaria bem.
Meu pai falou.

- mais alguém, quer entrar?
Ele perguntou.

- eu!
A mãe dela falou.

O médico nos guiou, e pediu, pra não agitar ela.

Adentrei o quarto , que tinha paredes brancas, e vi ela deitada na cama do hospital, com o seu rosto virado pro lado.

Alguns fios conectados em seu corpo, me aproximei perto dela.

- filha..
A mãe dela falou, passando a Mão em seu rosto.

Ela abriu um pouco os seus olhos, e sorriu.

Segurei sua mão e depositei um beijo.

E comecei a chorar de novo, porque tinha que ser tão sensível, meu Deus!

- ela tá bem.
A mãe dela falou, vendo o estado.

- capita...
Ela falou, tentando alcançar meu rosto.

Sua voz, saiu um pouco grogue, por conta do sedativo.

Aproximei meu rosto da sua mão, e ela levou seu polegar até as minhas lágrimas, e secou.

- eu te amo!
Ela falou, sonolenta.

Desandei mais ainda, acariciei seu rosto.

- eu te amo mais!
Falei.

Passei a mão em sua barriga, e ela gemeu, por conta da dor.

- desculpa..
Falei baixinho.

- logo estará em casa.
A mãe dela falou, pra ela.

- mais uma vez, mostraram que não se entregam fácil.... tanto orgulho de vocês!
Falei, perto da sua barriga.

- eles tem a quem puxar!
A mãe dela ,falou sorrindo.

Alicia sorriu, e fechou os olhos lentamente.

E o aparelhos começaram apitar, arregalei meus olhos, e o médico e as enfermeiras entraram correndo.

- a pressão dela, tá caindo.
A enfermeira falou.

- por favor, a minha filha!
Rebeca falou, chorando.

- tá tendo uma parada!
Médico falou

- por favor, se retirem!
A enfermeira falou.

- por favor salva eles...
Falei, chorando com a voz baixa.

Saímos dali, a enfermeira nos guiou de volta, pra sala de espera.

Senti a minha falta trancar, não conseguia dizer nada, só chorar.

- o que aconteceu?
Douglas perguntou.

- Alicia...
A mãe dela falou, chorando cada vez mais.

Minha mãe me abraçou, senti um peso.

Só quero eles de volta bem, quero ela, meus filhos... o que vai ser da minha vida sem eles...

- Bruno olha pra mim..
Meu pai falou, olhei pra ele, e minha lágrimas correram mais forte.

- irmão, estamos aqui!
Ney falou, me abraçando.

E os outros fizeram o mesmo, meu soluço ecoava por cada canto, daquela ala.

- pessoal!
O médico falou.

- como ela tá?
Bruna perguntou.

- sinto muito... mas os três, não resistiram!
O médico falou.

- não, não! Isso é mentira! Não pode ser!
Falei, agarrando o médico pelo colarinho

- Bruno, larga ele.
Douglas falou.

- não aceito... me diz que é mentira... por favor!
Falei, baixinho

- ah minha filha não! Por favor Deus!
Rebeca falou, chorando.

- eles não estavam bem?
Ney perguntou, enxugando suas lágrimas.

- sim, ela teve uma recaída... Era como se eles..
Ela falou, e a Bruna interrompeu.

- quisessem se despedir...
Ela falou, com voz de choro

- vou processar esse hospital!
Falei.

- Bruno, sinto muito.
Meu pai falou, me abraçando.

- como vou viver, sem o amor da minha vida... como pai? Prefiro a morte!
Falei.

- você, vai ter que seguir em frente. Era isso , que ela ia querer..
Meu pai falou.

- não posso pai... não posso.
Falei.

( CONTINUA...)

Eu e Você- Bruno Rezende!Where stories live. Discover now