CAPÍTULO 6- um adeus.

1.2K 59 8
                                    

ALICIA ABRAVANEL

Tomei um pouco de água,  pra ver se descia, o ranço que criei dela.

- ela faz parte do passado.
Bruno falou.

- mas um passado ,bem atrevido!
Falei na frente de todos.

Depois disso, nossos amigos puxaram um assunto aleatório,  para amenizar o climão que se formou.

Passamos o almoço assim, quetos, não sabíamos o que dizer.

Voltamos todos para a praia, sentei na área, sentindo a brisa do mar em meu rosto.

E logo Otávio sentou do meu lado, e sorriu pra mim, ele sempre sentia ,quando precisava de um ombro amigo.

- tá bem?
Ele perguntou.

- acho que sim.
Respondi pensativa.

- não deixa ,aquela mulher abalar vocês!
Ele disse.

- abalar algo, que nem temos?!
Exclamei.

- Alicia,  isso tudo você acha que foi nada?
Perguntou.

- nem sei mais... é tanta coisa, a gente ficou, ok, mas não posso me iludir também né... porque é assim ,que começa.. tenho experiência nisso!
Falei, olhando pra imensidão do Mar.

- aquele cara foi um cretino. Mas você não pode se privar de amar.
Ele disse.

- eu sei, mas tenho medo, de ser machucada!
Falei.

Ele me abraçou e depositou um beijo em minha testa, olhei pra trás , e vi Bruno, encarando com uma cara nada boa.

Otávio saiu , indo jogar com os outros, fui até Bruno,  que estava sentado sozinho, mexendo em seu celular.

- não quero ficar , nesse clima com você!
Falei sentando do seu lado.

- nem eu!
Ele respondeu serio, largando seu celular.

Olhei pra ele, e levantei seu rosto pra mim, depositei um beijo em seus lábios.

- passa protetor pra mim?
Perguntei.

Ele assentiu, sorrindo pra mim.

Virei de costas pra ele, e senti ,ele depositando sobre a minha pele o líquido gelado.

Suas mãos, espalhando ele sobre  a minha pele.

Notei Bruno muito queto, e concentrando.

- o que foi?
Perguntei.

Ele saiu do transe, e mordiscou minha orelha.

- nada, minha loira!
Ele disse.

Minha loira? Sera que ouvi mal, o jeito amoroso  como ele disse aquilo.

Me virei pra ele, e sorri.

- vão vir jogar?
Douglas gritou.

- mas , eu não sei jogar!
Gritei de volta.

- bruninho, te ensina... ele é tao paciente!
Ney gritou debochando.

Entendi a referência dele, era por conta dos surtos do Bruno em quadra, ele era tão fofo estressado,  tinha puxado o pai dele.

- vai me ensinar, com muita paciência?
Falei pra ele.

- com toda paciência do mundo...
Ele falou.

- sei não... em quadra você não é paciente.
Falei ,rindo dele.

- lá é diferente.
Falou, me puxando pela mão.

Eu e Você- Bruno Rezende!Where stories live. Discover now