CAPÍTULO 1 - a viagem!

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JANEIRO DE 2016

        ALICIA ABRAVANEL

As aulas da faculdade, tinham entrado em recesso por conta das festa de fim de ano, tínhamos 30 dias pra descansar, depois retornariamos pra Nova York.

Como sempre fazia, desde a separação dos meus pais, passava Natal com um , e ano novo com outro.

No começo, foi difícil aceitar a separação deles, mas entendi que era o melhor, a relação já estava desgastada.

Eles ficaram juntos muito cedo, minha mãe me teve com 18 anos, no início ela me diz, que foi intenso, mas o amor que ela sentiu , superou tudo.

Meus pais desde o divórcio,  não entraram em nenhum relacionando sério, só namoricos.

Já eu, tive algumas bocas beijadas em Nova York,  mas nada sério, no meu íntimo, estava a espera do cara certo, por mais louco e idiota que isso seja.

- já preparou as malas?
Minha mãe perguntou, adentrando meu quarto.

- está tudo pronto... não vejo a hora de amanhã chegar.
Falei empolgada.

Ela sorriu.

- não esquece, que vamos almoçar com os teus avós, e o resto da família.
Falou.

- eu sei, de noite ,tenho um jantar com meu pai. Ele quer se despedir. Afinal vou ficar duas semanas fora, e quando voltarmos, vou ter só alguns dias.
Falei.

- sim, as vezes nem acredito, que a minha menina ,está crescida. Independente.
Ela falou, logo em seguida me abraçando.

- e daqui uns anos formada!
Falei.

- vai passar rápido.
Falou.

...

Depois de conversarmos, mais  um pouco, fomos para a casa do meu vô,  toda família já estava lá.

- chegaram finalmente...
Minha tia Renata falou.

- Oi meu amor!
Minhha vó Iris, me abraçou.

- oi vó, e o vô?
Perguntei, olhando por todo o jardim, e não o vendo.

- seu avô está na biblioteca. Ele disse que está te esperando  lá.
Ela falou.

- ele tá no maior mistério!
Minha tia Patrícia falou.

- vou lá então!
Falei, entrando dentro da casa.

E seguindo, pelo corredor extenso, que levava até a sua biblioteca.

Lá era o seu refúgio,  ele assitia serie, lia, e ainda gerenciava os negócios.

A família toda achava que estava na hora dele se aposentar, parar de apresentar seu programa nos domingos a noite.

Mas ele dizia, que se ele parasse ele morria, aquilo sempre foi a vida dele.

O SBT é o seu sétimo filho,  e ele tinha muito orgulho da emissora que tinha.

- vô...
Falei abrindo a porta.

Ele estava sentando em sua poltrona, com uma caixinha em mãos, ele me olhou, e deu aquele seu sorriso carismático.

- demorou em.
Ele disse.

- alguns contratempos.
Falei,  sentando em sua frente.

- sua vó, lhe deu o recado...
Ele disse.

- sim, e confesso que estou curiosa. 
Falei.

- a curiosidade matou o gato.
Ele disse rindo.

Eu e Você- Bruno Rezende!Where stories live. Discover now