CAPÍTULO 55- na foça!

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ALICIA ABRAVANEL

Sai do apartamento dele, segurando as lágrimas, que insistiam em cair.

Quando sai do elevador, corri pra rua, sentindo a chuva cair, sobre mim, minhas lágrimas se misturaram com ela.

Minha vontade era de correr, de volta pra ele, e não desistir de nós.

Não podia fazer isso, não podia arriscar a sua carreira, por esse relacionamento.

Eu sei, o quão importante é pra ele as olimpíadas, não podia deixar, a birra do meu pai, arruinar isso.

Amava ele, com todas as minhas forças, e se pra ver ele feliz, eu tivesse que ficar longe, eu faria isso!

Eu me odiava, e odiava o meu pai, por causar uma dor tão grande no Bruno.

FLASHBACK ON*

Adentreiba a sala do meu pai, sem pedir permissão, ele me olhou assutado, e tirou seus óculos de grau.

- a sua educação tá péssima!
Ele falou.

- e o seu caráter também!
Exclamei com raiva.

- pelo seu tom, já ficou sabendo.
Ele falou, de um jeito maléfico.

- porque? Sabe que tá me destruindo junto né?
Falei, contendo minhas lágrimas.

- eu falei, que iria arruinar ele, se você não ficasse longe! E sei também, comk ele é vidrado na carreira dele.
Ele falou.

- como pode ser,tão sem escrúpulos...
Falei.

- Alicia minha filha... você pode resolver isso... ele pode voltar para as olimpíadas, basta você fazer uma coisa!
Ele falou.

- se eu fizer, fique ciente, que vou te odiar até o meu último segundo!
Falei, deixando as lágrimas caírem.

- para de drama! E acaba logo com isso, tá nas tuas mãos! Porque se ele tá fora, a culpa é toda sua, e vai carregar isso pra sempre...
Ele falou.

- eu te odeio!
Falei saindo de lá.

FLASHBACK OFF*

Entrei dentro do carro, e segurei o volante, fitando a rua deserta.

Bati com força nele, chorando casa vez mais, a dor estava acabando comigo.

Só queria dar um fim nisso, queria poder ser feliz, com quem eu amo, sem o prejudicá-lo.

Liguei o rádio, pra me distrair, e me acalmar pra dirigir.

Comecei a dirigir, não queria voltar pra casa, só queria sumir, e nunca mais voltar...

Parei no sinal vermelho, sentindo meu coração apertar, e um choro se prender em minha garganta.

Começou a tocar uma música, que me matou mais ainda, por dentro.

- Amar é deixar ir
É saber sair de cena
É ficar longe
Pra não te causar
Nenhum problema.
Cantei junto, com o Luan Santana.

Chorando feito uma condenada.

Parei no posto de gasolina, e desci, e fui até a loja de conveniência.

Coloquei meu óculos escuro, pra disfarçar minha cara.

Andei até o frizer, e abri pegando uma vodka pura.

E fui pagar no caixa, e sai dali.

Entrei no meu carro, e abri a garrafa, bebendo no gargalo.

Virei a chave, e sai com o carro, bebendo.

Sabia muito bem, dos riscos que corria, por dirigir bebendo, mas não ligava.

Afinal, não tinha sentindo... continuar viva, com um pai manipulador!

...

Deixei o carro na frente, estava sem condições, de colocará dentro da garagem, o álcool já tinha, me dominado um pouco.

Entrei em casa, com cuidado, não queria dar explicações, ou falar sobre o meu estado.

Só queria ir pro meu quarto, e dormir, até o fim do mundo.

Mas o meu azar foi, que o meu cachorro começou a latir, quando me viu.

- xiu! Por favor...
Implorei, subindo as escadas com ele, na minha cola.

Ou não tinha ninguém em casa, ou não ligaram pros latidos.

Entrei no meu quarto, e deixei lupi entrar de atrás fechei a porta, e larguei minha bolsa na cama.

Sentei no chão, com a garrafa ao meu lado, lupi deitou sua cabeça em meu colo, e me olhava atentamente, com aqueles olhinhos tristes, como se sentisse a minha dor.

Passei a mão em seu pelo, voltando a chorar, e o soluço veio junto.

- agora, é só nois dois, lupi!
Falei baixinho.

Ele deu uma choramingada, lambendo minha mão.

- eu sempre vou amar ele... só que mais uma vez, nos separaram.
Falei,fitando o porta retrato nosso.

...

Despertei com batidas insistentes na porta, e me dei conta, que tinha dormido no chão com lupi.

Levantei com um pouco de tontura, e uma infernal do mr de cabeça!

Abri a porta, e me escorei na parede, fechando meus olhos.

- não sei, se mato você, ou te consolo.
Douglas falou.

Abri meus olhos, e forcei um sorriso.

- fico com a primeira opção...
Falei, caminhando até a minha cama, e jogando nela.

- encheu a cara!
Ele falou, pegando a garrafa vazia no chão.

- precisava esquecer.
Falei

- Alicia, que foça é essa... porque terminou com ele?
Ele me fitou.

Me sentei na cama, brincando com o lençol.

- estava nas minhas mãos, a carreira dele...
Falei, ficando com os olhos marejados.

- como assim?
Ele perguntou, não entendendo.

- meu pai, conseguiu tirar ele das olimpíadas. E disse que a culpa era minha, e ele só voltaria, se eu desse um fim.
Falei.

- mas que velho cretino! Eu sei é seu pai, mais que filho da puta!.
Falou Douglas, irritado.

- eu sei, meu próprio pai... tem noção disso. Como tá doendo em dobro!
Falei, voltando a chorar.

- ali, estou aqui!
Ele falou me abraçando.

- isso podia ser um pesadelo, onde vou acordar, e olhar pro lado e ver ele, com aquela cara de bobo me olhando.
Falei.

- vamos dar um jeito nisso.
Ele falou.

- não tem como Douglas!
Exclamei.

- tem sim, e vamos resolver.
Ele disse.

- como ficou sabendo?
Perguntei.

- lucão e Lucarelli, tiveram que passar a noite consolando, aquele homem. Ele tá na bad, assim como você!
Falou.

- só queria ter evitado isso... se não tivesse me envolvido.
Falei.

- não vem com essa! Vocês se amam!
Falou.

- um amor, que nunca vai ter um final feliz!
Falei, forçando um sorriso.

( CONTINUA...)

Eu e Você- Bruno Rezende!Where stories live. Discover now