Continuação cap 40

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Pietra Mancini

Deus, eu não consigo respirar, minha garganta dói, parece que enfiaram um tubo na minha goela. Porra, eu quero respirar.

Sinto um alívio quando sinto algo sendo puxado pela minha boca. O desconforto que sentia se dissipa, e o ar invade os meus pulmões. Alguém abre os meus olhos e me cega com algum tipo de lanterna.

-Tira essa merda do meu rosto! - Minha voz está fraca. Mas por que? 

Meus olhos se adaptam a claridade do ambiente. Onde estou? Aqui parece com aquelas salas acolchoadas para manter os psicopatas.

Tem um monte de gente ao meu lado, me sinto até importante, demoro um tempo até entender que estou em um hospital, e que aquelas pessoas são médicos.

-Qual é o seu nome? - Olho para o homem moreno e alto ao meu lado que está segurando uma prancheta, que obviamente tem os meus dados. Isso não é nada bom.

-Beyonce. - falo fechando os olhos me sentindo desconfortável com a caridade do quarto. - Você está com a minha ficha na mão, ou você é disléxico ou burro mesmo.

Eles me obrigaram a sentar, e sinto o meu corpo reclamar de dor.

-Qual é o seu nome? - Ele repete a pergunta com mais veemência.

O que tem de bonito tem de chato.

-Pietra Mancini, satisfeito? - falo com a voz arrastada de propósito.

Ele anota algo e me olha.

-Você ficou em coma por dois meses, devido a uma complicação em sua cirurgia…

-Cirurgia? - repeti a última parte perplexa.

-Sim, uma cirurgia para tirar um projétil de arma de fogo. Acabou que você teve dois ataques cardíacos e uma convulsão.

Isso parece cena de filme. É hilário, Tiro? Cirurgia? Ataque cardíaco? 

Sinto a minha barriga doer de fome.

-Vocês não tem nada para comer? Estou morta de fome.

-Temos pudim, podemos trazer um para você assim que terminarmos os exames. - diz o médico chato.

-Tu é muito chato. - sussurro.Ele me olha como se quisesse me matar. - Brincadeira tu é um amor de pessoa. 

No quinto dos infernos.

JÁ FAZ MAIS DE MEIA HORA QUE estamos nessa de tirar sangue, olhe para o ponto preto, consegue ver a caneta. Estou me sentindo um objeto de estudos para um bando de universitários.

-Se eu ficar sem comer vou entrar em coma por falta de alimento na minha barriga. - resmungo enquanto ele coloca um objeto gelado nas minhas costas.

-A enfermeira já foi pegar algo para você comer. Agora respira fundo, por favor. - ele ordena.

Assim que o ar completa os meus pulmões eu sinto uma dor tremenda nas minhas costas.

-Mais uma vez. - faço o que ele pede. - Perfeito, pronto terminamos. Você está ótima.

-Que legal. - lhe dou um sorriso amarelo quando uma mulher entra me entregando um pote de pudim.

Com a maior cara de pau, pego o pote e lhe agradeço brevemente dando a primeira colherada. O gosto maravilhoso e doce aguça o meu paladar. Solto um gemido de satisfação.

-Isso é muito bom… 

A porta se abre abruptamente e James está em pé, estoico. Me olhando como se eu fosse um fantasma.

The Little Scorpion (Escorpiana - Máfia)Where stories live. Discover now