The Little Scorpion (Escorpiana - Máfia)

Capítulo 34

Matteo já deixou o apartamento e foi para a casa de James. Assim espero.

Pego uma taça de vinho e me sento no sofá. A cada gole que tomo a minha preocupação só aumenta, e se o Matteo não conseguir segurar eles? E se ele fazer alguma idiotice?

Meu celular começa a tocar, pego o aparelho e um número desconhecido brilha na tela.

Com receio atendo a ligação.

-Alô.

-Pietra? Sou eu Rubi a mãe do James.

Estranho.

-Sim, é… aconteceu alguma coisa?

-Sim, eu pensei que estava tudo bem no trabalho, e chego na empresa e recebo a notícia que você foi demitida não pelo James, o seu chefe, e sim pelo Dominique!

Ok.

-É uma pena, eu realmente gostava do trabalho - mentira, mentira.

-É o que parecia.Pietra me fala a verdade! Aconteceu alguma coisa entre você e o James?

-O que?! Não, claro que não. A nossa relação era totalmente profissional.

-O que seria profissional para você? Transar no banheiro de um jantar beneficente ou se pegar nos beijos no meio da pista de dança?

Eu estou parecendo uma criança levando bronca. E como ela sabe do banheiro? 

Eu solto uma risada de nervosismo.

-Senhora Walker…

-Rubi!

-Ok, Rubi, foi uma coisa passageira sem sentimentos, foi só casual.

-Casual ao ponto do meu filho adiantar uma viagem para o Brasil, assim que a sua demissão foi emitida? Pietra, eu posso ser muitas coisas, mas não sou boba. Eu sei que você gosta do meu filho e eu sei que ele gosta de você, o que eu não quero é que vocês se magoem. 

-Eu sei.

-Então me faça o favor de parar de enrolar e comecem a namorar logo, eu não aguento mais ouvir o Dominique e o Dante falando sobre vocês dois, as suas brigas já viraram pauta aqui em casa.

Dou uma risada. Bem direta ela.

-Não posso prometer nada.

-Eu sei querida…

Levanto em um sobressalto, deixando o celular cair no chão. A porta do apartamento foi arrombada e cinco caras entram por ela.

-A porta estava destrancada, vocês podiam ter usado os poucos neurónios que restam em vocês, E SÓ TER VIRADO A PORRA DA MAÇANETA!

Quando me dei conta eles já estam avançando pra cima de mim, segurando os meus braços. Um deles me olha com um sorriso no rosto.

-Mattia, mandou lembranças, vadia!

Uma pancada, e tudo ficou escuro.

Desorientada e sentindo um cheiro podre que faz minhas narinas queimarem, tento enxergar onde estou, mas a minha visão demora para entrar em foco.Com esforço, tento me mexer, mas meus movimentos são limitados. Estou pendurada em uma cruz de ferro e os meus pés estão presos por correntes.

-Maravilha - sussurro, sacudindo meu corpo na tentativa frustrada de me soltar.

Minha cabeça estava pesada e doendo, não tinha muito a ser feito.

Olho o ambiente ao meu redor e consigo ver com nitidez; dois homens armados, um de cada lado da sala. Avistei Dante desacordado na mesma situação que a minha.