Á caminho (11:00hrs)
Finalmente, tocamos no solo parisiense. Já se passaram mais ou menos 1 hora desde que chegamos, esperei Dimitry e Vladimir cuidarem da parte burocrática para entrar no país, deu tudo certo! E agora estamos aqui sentados um ao lado do outro num táxi a caminho da "mansão Smirnoff", a casa de Sophia.
Vlad e Dimitry conversam entre si enquanto eu aprecio tudo que meu olhar alcança! Em primeiro lugar, o carro em que estamos, é um modelo moderno chamado "táxi de la marne", dito aqui na França! Disseram que é um nome histórico e significativo, mas eu não dei muita importância pois o que mais me atraiu não foi o nome! E sim o conforto e aparência desse carro, ele é belíssimo! Os bancos são de couro preto, sua cor é vermelha, o teto é dobrável e sem contar que também é bastante confortável.
Sempre quis entrar num desses para sentir a sensação; me sinto realizada.
Apoio as mãos na beira da janela e observo tudo á fora! A lindeza de Paris é indescritível, a cada dez pessoas que vejo oito delas estão sorrindo, a moda é deslumbrante e as residências maravilhosas! O carro vira uma rua onde na calçada á somente lojas e mercados.As vitrines roubam muitos olhares com seus vestidos cintilantes que mais parecem lustres, aqui tudo é belo! Aqui tudo é lindo.
Também há lugares lindos na Rússia! Mas não tanto, como a revolução terminou a pouco tempo o nosso país ainda está se reestruturando das guerras e destruições, lá não há as mesmas modernidades de Paris, mas eu ainda tenho esperanças de que tudo vai se resolver com o tempo, e a Rússia vai ficar tão linda e bela quanto este lugar, ou até mais.
Passamos em volta de um monumento em formato de arco que me chama bastante atenção.
— Gostou? Esse é o arco do triunfo. — Comenta Vladimir, eu começo a reparar em cada detalhe nas paredes, parece ter um grande significado.
— Annya! Lembre-se da postura. — Diz Dimitry, chamando minha atenção. Quando me dou conta vejo que realmente estou sentada como a mesma desajeitada de três dias atrás, mas não me endireito! Pois quero tirar proveito da situação.
— Só se você abrir o teto do carro...
— Quê? Nada disso! Precisamos revisar nossas aulas e lá fora está muito barulhento.
— Se você não abrir o teto do carro, eu não me sento, e nem estudo. — Vlad sorri e olha para Dimitry que está de cara feia.
— Você nunca vai ser uma grã-duquesa sendo teimosa e chantagista desse jeito.
— E quem disse que não estou agindo como uma? Eu como uma grã-duquesa ordeno que abra o teto do carro, súdito insolente.
— Hahahahahaha. — Vlad cai na gargalhada e Dimitry franze o cenho, quase convencido.
— Quer ser uma grã-duquesa ou uma ditadora?
— Com o público uma grã-duquesa! Com você uma ditadora. — Ele fica boquiaberto e Vladimir que antes já estava gargalhando agora se derrama em risos.
— Ela te pegou Dimitry. — Ele revira os olhos e se levanta.
— Olha, eu vou abrir! Mas só porque estamos nos afastando do barulho da cidade. — Ele abre o teto do carro e se senta novamente entre mim e Vlad, o vento esvoaça meus cabelos e o barulho é ainda mais alto, depois de tanto encarar as ruas e parar em sinais fechados, o que eu mais vejo são casais apaixonados por todo lugar! Homens dando rosas as mulheres, jantares românticos, cavalheirismo por toda parte. Logo me lembro daquela velha frase...
— Vlad! — chamo.
— Diga querida. — Ele troca a atenção de Dimitry pela minha.
— Porque dizem que Paris é a "cidade do amor”? — indago.
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Duquesa Anastásia - Era Uma Vez Em Dezembro
RomanceGrã-duquesa Anastásia. Quarta filha e segunda mais nova do czar Nicolau II da Rússia e da czarina Alexandra Feodorovna, os últimos governantes autocráticos da Rússia Imperial. Após sua família ser amaldiçoada por um feiticeiro chamado Rasputin, tod...