Vejam o "book trailer" que está na capa do capítulo, ele simboliza o início de uma nova fase da fic.
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Quarta-feira 21:07 p.m. Mansão Miya Suna Rintarou
Aquilo não estava acontecendo, estava? Como eu deveria me sentir? Eu honestamente não sabia. Era apenas um grande vazio, que ia aumentando cada vez mais e consumindo tudo ao seu redor. Tudo estava indo tão bem.
Eu finalmente me sentia bem, me sentia acolhido. A família Miya havia se tornado minha família, Hiroshi e Emi eram como pais para mim. Eles me acolheram e em tão pouco tempo me deram mais amor do que meu verdadeiro pai me deu em 17 anos.
Eu sabia que doía em mim, mas não conseguia imaginar o quanto aquilo doía na minha garota. Céus, Amaya estava devastada, mas seu silêncio me assustava. Ela aparentava estar calma enquanto seus olhos esbanjavam a mais pura dor. Aquilo me quebrava. Eu estava com medo, medo por ela. Após a ver quebrada, chorando no túmulo de Sayuri, a única coisa que consegui fazer foi chorar, porque me doía vê-la sofrer.
Não era mais segredo para ninguém, e nem para mim mesmo, que a muito tempo o que eu sentia por Amaya havia deixado de ser paixão... era amor. Eu a amo como nunca pensei ser possível amar alguém. O episódio de mais cedo não me doeu, eu disse que a amava sem esperar receber nada em troca, mas me doeu saber que ela estava se privando do sentimento por conta do medo. Me doeu não poder fazer nada pela minha garota.
-Todos já sabem o que aconteceu...- Amaya estava em pé, apoiada na ponta da grande mesa da sala de reuniões. Estavam todos ali reunidos, todos já sabiam do ocorrido.- Amanhã mesmo eu irei assumir oficialmente.- Ela suspirou encarando a mesa, todos possuíam olhares baixos.- A viagem será adiada, novas ordens serão passadas...
Como ela podia ser tão forte em momentos como este?
-Amaya, você precisa descansar.- Kita quebrou o silêncio pela primeira vez.
-Estou bem, Shinsuke, apenas siga as ordens.- Seu tom de voz soou frio, fazendo com que o platinado me encarasse em silêncio outra vez e eu me assustasse, afinal, ela amava tanto Kita, que era o seu melhor amigo, nunca havia a visto levantar a voz para ele.
-Chérie...- Chamei preocupado. Ela suspirou outra vez, direcionando seu olhar para mim.
Ela se calou pensativa, seus olhos demonstravam inquietude e medo, parecia travar uma batalha interna consigo mesma, mas foi então, que seu veredito saiu.
-Pode ir para casa de manhã se quiser, depois peço para alguém lhe entregar suas coisas.- Falou desviando o olhar para o chão e fechando os olhos com força. A olhei confuso, entreabrindo os lábios em surpresa.
