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Sábado -Porra de jogo incrível!- Meu pai entrou na sala gritando, enquanto seu braço estava ao redor do pescoço de Suna. Os dois estavam com camisetas, bonés e luvas super grandes, com o símbolo de times de baseball. Abaixei o livro que estava lendo encarando os dois.
-Vocês saíram sozinhos... de novo?!- Arqueei as sobrancelhas incrédula.
-Sim.- Responderam simplesmente, se jogando no sofá a minha frente.
-Ah, aquele último passe foi incrível.- Meu pai suspirou encarando o teto encantado.
-E quando o corredor foi salvo no último minuto.- Suna o acompanhou no delírio.
-Vocês beberam?- Os questionei pensando se eu realmente queria saber a resposta.
-Não.- Responderam juntos outra vez. Seria melhor se eu não soubesse.
-Alguém pode ir ao shopping comigo?- Mamãe apareceu na sala, mexendo em sua bolsa sem nos olhar.
-Estou cansado querida, desculpe.- Meu pai sorriu tristonho, ela então ergueu o olhar, sorrindo pra Suna.
-Suna, querido! Que bom vê-lo!- Se aproximou beijando seus cabelos.
-Também é bom lhe ver, Emi.- Sorriu educadamente.
-Mãe, eu posso...- Iria me voluntariar, quando ela saiu arrastando Suna.
-Venha me ajudar, Sunarin.- A mais velha puxou Suna porta afora. Bufei correndo atrás dos dois.
***
Minha mãe jogou mais uma sacola em cima de mim, enquanto Suna apenas tomava o sorvete que ela havia comprado para ele por "estar quente demais". Olhei irritada para o garoto, que sorriu sínico para mim.
-Ande, Amaya, eu ainda quero passar naquela loja antes de fechar.- A mais velha falou animada.
-Mas, mãe...- Tentei contrariar a mulher, mas ela saiu em disparada para a loja. Ouvi a risada baixa de Suna e o fuzilei com o olhar.
-Vem, chérie, eu te ajudo.- Ele se aproximou para pegar as sacolas, mas eu desviei emburrada.
-Fica com o seu sorvete, idiota.- Resmunguei voltando a andar com dificuldade.
-Não seja teimosa, Amaya.- Me olhou risonho.
-Sabe, Rintarou... eu devia arrancar aquilo que você chama de pau!- Rosnei olhando em sua direção.
-Você não faria isso, quem sairia perdendo é você de qualquer jeito...- Brincou lambendo seu sorvete.
-Arg! Você é impossível!
***
Segunda
Fechei a porta do carro de Suna após entrar no automóvel. Ele se aproximou deixando um selar em minha bochecha antes de ligar o carro. Sorri me ajeitando para colocar o cinto, até que vi algo embaixo do banco. Arqueei uma sobrancelha desconfiada, puxando a peça em minhas mãos.
