XXIII

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Massimo

No céu de Seattle se formavam nuvens escuras, um sinal de que a chuva estava vindo. O vento estava começando a ficar forte e pessoas corriam antes da tempestade chegar.

Estou sentado em uma mesa próximo a janela de um restaurante, esperando o momento exato para dar o bote em Christian Grey. Eu iria acabar com ele hoje!

- Você vai quebrar o copo daqui a pouco. - Domenico olha para minha mão que apertava o copo com whisky.

- Prefere que eu quebre o copo ou a cara daquele imbecil? - Aponto com a cabeça para Christian.

Depois de alguns minutos esperando ele sair da sua empresa, essa era a nossa oportunidade de pega-lo. O homem estava a caminho do seu carro, o motorista de óculos escuros abriu a porta para que Christian pudesse entrar.

Que homenzinho frágil, não? Ele não tem mão para abrir a porta do carro? Me questionei.

Antes de entrar no veículo, ele levanta a sua cabeça e olha para nós. Merda!

Tiros começam a ser disparados em nossa direção e os vidros do restaurante são estilhaçados, era uma emboscada! As pessoas do restaurante começam a gritar e correr.

Me abaixei em uma mesa jogada no chão, peguei minha arma em meu coldre e ao me posicionar para atirar, sinto o músculo de meu ombro rasgar-se.

- Cazzo!

Domenico atira e logo depois se abaixa. Ele rasga o tecido de seu blazer e amarra em meu ombro para conter a hemorragia.

- Está bem treinado, hein amigo? - Às vezes o sarcasmo de Domenico me irritava.

- Já mandei você calar a boca hoje? - Ele me ajuda a levantar e com a cobertura dos meus homens, conseguimos sair do restaurante e entrar no carro.

- Alvo ferido, alvo ferido! - Algum dos meus homens grita ao acertar Christian.

Eles correm até o corpo, verificam seus batimentos cardíacos e em seguida, colocam-no seu corpo dentro da SUV.

Vamos para a Itália, idiota!

Quinze horas depois...

Ao descer as escadas do jatinho, inspiro o ar de terras italianas. Aah esse lugar!

Vou até a Ranger Rover que nos aguardava, abro a porta do carona e faço um gesto para os guarda costas levarem Grey até o carro.

- Senta aí! - Ordena um dos meus homens.

- Qualquer gracinha que você fizer, eu arranco um dedo seu. - Fecho a porta e dou a volta pelo carro, entrando no lado do motorista. - Romana vai gostar de ver você. - Sorrio irônico.

- Ela também gostou quando eu fodi a boceta dela.

Aah Grey! Você está ferrado!

Dou uma freada brusca, infelizmente sua cabeça não bate no painel por estar de cinto, o que eu adoraria ver.

Ele solta uma gargalhada ao ver minha fúria.

- Eu disse que ia arrancar um dedo seu! - Puxo meu canivete do bolso, pressiono sua mão contra sua perna e corto seu polegar.

- AAAAH DESGRAÇADO! - Urra de dor.

- Antes de te matar, vou adorar fazer o mesmo com suas bolas. - O encaro.

Volto para a estrada novamente e quando estávamos chegando perto de casa, coloco um capuz preto em sua cabeça.

Os portões enormes de ferro se abrem. De longe posso ver as crianças, Romana, Alessia e Anne brincando no gramado.

Um sorriso cresce em meu rosto ao ver minha esposa e meu filho sem nenhum arranhão.

- Fique aqui dentro! Se você fizer alguma coisa, eu arranco seus outros dedos.

Desço do carro e sou recebido com um abraço forte do meu pequeno garoto. Sinto uma leve pontada no braço quando o pego no colo mas disfarço para que ninguém dali pudesse perceber.

- Oi meu amor! - Romana me dá um selinho demorado. - Estava com saudade! - Seus olhos tinham um brilho encantador, acaricio sua bochecha e dou um beijo na testa dela, puxando seu corpo para um abraço.

- Baby, você pode levar ele lá para dentro? - Infelizmente separo nossos corpos e entrego Bernardo.

Ela me olha confusa por alguns segundos mas quando se dá conta, rapidamente ela chama as meninas para irem arrumar a mesa do café.

Acompanho todas entrarem para que nenhuma delas pudesse ver o estado de Grey. Abro a porta do carona e seu corpo estava levemente inclinado para frente com um fio de sangue escorrendo. Levanto sua cabeça e vejo sua garganta cortada, aquele desgraçado se matou antes que eu pudesse dar um castigo à ele.

Ligo para meus homens e peço para que eles limpem a bagunça. Tiro minha camiseta que já estava manchada de sangue e vou para casa.

Enrolei a toalha em minha cintura e a outra fui secando meu cabelo até o closet.

- Massimo? - Levanto meu olhar, Romana estava parada em frente a cama e com os olhos direcionados para meu ombro.

- Que foi? - Pergunto.

- O que é isso em seu ombro? - Ela aponta e se aproxima. - Você levou um tiro?

- Sim mas não precisa se preocupar. Estou aqui com você e com nosso filho. - Seguro sua mão e beijo a sua palma.

Depois do nosso momento juntos, me visto com uma calça jeans azul e uma camiseta pólo branca. Bem diferente dos meus estilos atuais.

Desço as escadas e vou tomar café com minha família. Óbvio que os intrometidos ainda estavam aqui, parece que nem tem casa.

- Você já mostrou pra ele? - Alessia comenta.

- Já mostrou o que? - Me sento na cadeira da ponta e despejo um pouco de café na xícara.

- Ah uma foto sua que está circulando por aí. - Desvio o olhar do café para Romana e depois para Domenico, que tentava controlar seu riso.

- Que foto? - Passo a mão na nuca envergonhado e suplico mentalmente que a foto não seja a qual estou pensando que é.

- Uma que você está jogando cartas na praça. - Domenico fala. - Isso faz muito tempo, era quando você estava com a Paola ainda.

Todos param de comer e olham para Domenico. Linguarudo!

Alessia dá um belisco em seu braço.

- É mesmo, Domenico? - Romana desvia o olhar de Domenico para mim rapidamente, e volta sua atenção para o pedaço de bolo em seu prato.

- Vou matar você! - Falo entre os lábios para meu amigo que engolia seco e tinha um sorriso amarelo esboçado em seu rosto.

Que capítulo bombástico, não? Conte-me o que achou e não esqueça de votar para a história alcançar os rankings ❤️

Chamas do amorWhere stories live. Discover now