XV

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Romana

Duas semanas haviam se passado, eu e Massimo não estávamos se falando. Suas atitudes eram despressíveis e suas desculpas eram que mais ainda. Ridículo!

Bernardo não fazia ideia do que estava acontecendo, para ele seus pais era um casal que tinha amor recíproco e eu tinha pena por isso, desde seu nascimento ele não teve a chance de ter um momento descente com sua família.

- Sra.Romana?... Sra.Romana está tudo bem? - A nova governanta, Eugênia, entrou no quarto e me deu um leve empurrão com suas mãos delicadas.

- Ah desculpe, Eugênia! - Balanço a cabeça negativamente afastando os pensamentos. - Aconteceu algo?

- Suas amigas estão na sala esperando pela senhora. - Eugênia era uma mulher não muito idosa, ela tinha 55 anos, nasceu e cresceu na Itália e é amiga da minha tia, desempregada ela se informou com a amiga se sabia de alguém para trabalhar e no momento que estou com Massimo, Bernardo, restaurante e a filial na América, resolvi contrata-la.

- Por favor, Eugênia, vou falar pela última vez, não quero ver você me chamando de senhora.

Me levanto da cama e desço as escadas junto com Eugênia.

- Eu nem vou perguntar como você está. - Alessia faz um gesto com a mão.

- Vamos lá na piscina, ele está no escritório. - Cochicho a última frase para que Massimo não possa escutar nossas conversas.

- Depois do acidente ele voltou diferente. - Anne fala e bebe um gole de suco.

- Eu já sabia que isso iria acontecer, avisei pra você aquela noite, Romana! - Alessia aponta para mim.

- Aah meninas, vamos esquecer esse assunto. Eu vou mergulhar!

Me levanto e desamarro a saída de praia branca que cobria meu corpo, deixando a vista meu biquíni vermelho.

Desço os degraus da piscina e mergulho até a outra ponta, ela era enorme e funda e por sinal, nunca vi Massimo usar ela.

Aquele momento debaixo da água fez com que todos os pensamentos afundassem.

Enquanto no escritório...

- Você arruinou a vida dela, Massimo! - Domenico estava sentado à minha frente e cuspia as palavras na minha cara. - Você não pode lembrar dos momentos juntos mas você sabe que se você e ela tiveram um filho é porque ela foi especial. E você sabe mais que todos que se engravidasse uma mulher que não amasse, tanto ela e tanto o bebê seriam mortos.

- Mas quem é ela, Domenico? - Viro meu rosto para a porta de vidro que tinha visão para a piscina e vejo Romana tirando sua saída de praia, o tecido deslizou pela sua pele bronzeada e caiu no chão.

Domenico percebe que eu observava os movimentos da mulher que se direcionava à piscina.

- Cabe a você descobrir! Como conselheiro e seu amigo, não perca essa mulher por bobagens. Eu vou no banheiro. - Ele se levanta da cadeira e sai do escritório.

Minha cabeça explodia, os neurônios estavam a mil e eu tentava me lembrar de algum momento que eu e Romana tivemos juntos.

- MALDITO ACIDENTE! - Passo o braço pela mesa, derrubando todas coisas que estavam sob ela. Vou até a mesa de bebidas e despejo um pouco de whisky no copo.

Caminho até a porta e vejo Alessia e Anne sentadas no sofá enquanto Romana estava dentro da piscina conversando com suas amigas.

Romana

- Vocês ouviram? - Anne pergunta com seu corpo parado feito estátua após escutarmos o som de algumas coisas se quebrarem.

- Ele é louco! - Gesticulo os dedos ao lado da cabeça.

Alessia e Anne vão ao quarto de visitas para trocar de roupa, já que iriam almoçar conosco.

Visto a saída de praia novamente e entro em casa para me arrumar.

Subo as escadas, tomo um banho relaxante e visto um vestido rosa bebê com alguns detalhes, o decote V eram bem avantajado.

Subo as escadas, tomo um banho relaxante e visto um vestido rosa bebê com alguns detalhes, o decote V eram bem avantajado

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Enquanto Eugênia cuidava da comida, eu colocava a mesa. Bernardo iria chegar daqui a pouco da creche e preparei seu prato ao lado do meu.

Com a mesa pronta, fui chamar as meninas para almoçar e pedi para que Eugênia fosse chamar seu chefe e Domenico no escritório. Eles estavam a manhã toda lá.

- Mamãe! Mamãe! - Quando eu ia me sentar, Bernardo vinha correndo da porta que Isaque havia aberto para ele.

- Oi meu amor! Como foi seu dia? - Deposito um beijo em sua testa.

- Olha, a mamãe, eu, irmãzinha, o papai! - Mostrou um desenho em que havia uma família porém tinha uma menininha também.

Pobre Bernardo! Como você é inocente, meu amor!

- Que lindo, filho! Eu amei! Vamos lavar as mãozinhas antes de comer? - Pego o desenho de sua mão e coloco em cima da mesa.

O banheiro era ao lado do escritório, antes que pudesse entrar, a porta do outro cômodo se abre.

- Papaaai! - Larga minha mão e vai abraçar seu pai que se abaixa.

- Oi filhão!

- Vem lavar as mãos, Bê!

Bernardo larga seu pai e vai até o banheiro, ele puxa seu banquinho e sobe, passa sabonete nas mãos e enxuga em seguida.

- Muito bem! - Sorrio. - Quem chegar por último não vai comer sobremesa. - Grito e corro mas o atentadinho puxa meu vestido.

- Ganhei! Mamãe não vai ganhar sobremesa! - Mostrou a língua para mim.

Todos na mesa riram, inclusive o ser sério que habitava nesta casa.

Coloco o desenho ao lado do meu prato e vejo Massimo pegá-lo. Ele olha para o desenho e depois olha para mim, desvio o olhar para meu prato.

Chamas do amorWhere stories live. Discover now