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Romana

Buon anno! Buon anno!

A felicidade das pessoas vestidas de branco era imensa. Todos comemoravam sorridentes, abraçados com os amigos e suas famílias... Já alguns se beijavam romanticamente.

Eu estava observando os fogos enquanto Alessia e Domenico se beijavam, Anne e Isaque faziam o mesmo e o pai do meu filho abraçava seus amigos.

- Feliz ano novo, prima! - Isaque passa seu braço pelo meu ombro e beija o topo da minha cabeça. - Eu te amo muito!

- Feliz ano novo! Que nosso ano seja repleto de coisas boas, afinal eu estou esperando por mais uma criança na família né? - Brinco.

- Tá doida? - Ele se separa e faz o sinal da cruz olhando para o céu.

- Feliz ano novo, amiga! - Anne e Alessia se aproximam e me envolvem em um abraço apertado.

Retribuo o feliz ano novo e vamos para a pista de dança. A cada vez que o garçom passava por nós, o deixávamos sem bebida nenhuma.

- Meninas, vou ao banheiro! - Grito por conta da música alta. Elas assintam e eu saio um pouco cambaleada.

Faço minhas necessidades e vou ao espelho retocar meu batom. Ao corrigir os minúsculos borrões, dois corpos entram pelo banheiro se beijando enlouquecidamente e um deles era Massimo, que me vê olhando incrédula e com lágrimas nos olhos prontas para cair. Sem saber como reagir, enfio meu batom na bolsa e saio furiosamente daquele maldito banheiro.

- Espera! - Massimo grita mas não dou ouvidos.

Caminho discretamente para o elevador para que as meninas não me notassem e aperto o botão do térreo. Assim que as portas do elevador se abrem, eu vou em direção para a rua e sem cogitar, saio no meio na multidão de pessoas.

Massimo

Alguns minutos depois que os fogos iluminaram o céu, Paola começou a me provocar e então fomos para o banheiro carregados pela euforia quente dos nossos corpos.

Abri meus olhos para certificar de que estávamos sozinhos mas não esperava que Romana estaria parada feito estátua nos olhando sem acreditar. Ela coloca algo no bolsa e sai com raiva. Merda!

- Espera! - Grito na esperança de que ela parasse para me escutar.

- Continua. - Paola resmunga baixo.

- Agora não dá, Paola! - Me solto dela e vou atrás de Romana mas não consigo a ver, havia muitas pessoas.

Resolvo ir falar com Isaque pois só ele poderia saber onde ela está.

- VOCÊ O QUE? - Isaque grita e me acerta com um soco.

Ok, eu mereci! Sinto tudo ao meu redor girar mas aos poucos vou voltando ao normal.

- Calma, Isaque! - Anne tentava acalmar Isaque que nitidamente estava fervendo de ódio.

- Como que vou ficar calmo se esse idiota quase comeu outra mulher na frente da Romana? - Ele passa as mãos em seu cabelo a ponto de arrancar.

- Mantenha a calma, ok? O ponto principal é achar Romana, ela está lá fora e sem nenhuma segurança. - Anne fala.

Coloco todos meus seguranças atrás de Romana, a polícia também estava pela procura dela e Isaque queria me espancar por inteiro e poderia deixá-lo fazer isso mas também não imaginei que ela estaria no banheiro.

Já havia se passado 2 horas após o desaparecimento da Romana, meus convidados tinham ido embora. Anne e Alessia dormiam em um sofá, Isaque estava sentado em uma cadeira com um copo de whisky na mão e Domenico estava ao meu lado verificando as câmeras das ruas.

De repente as portas do elevador abrem e Romana sai de lá caminhando para o sofá mas Isaque corre até ela.

- Você está bem? Onde você se enfiou? - Segura seus ombros.

- Eu estou bem, Isaque, e para de me tratar como uma criança. - Ela fala baixo mas sua voz estava enrolada, ela estava bêbada.

- Você bebeu? - Ele pergunta incrédulo.

- Vai se foder, Isaque! - Empurra ele, seus olhos percorreram o cômodo até encontrar com os meus. - E você também, cretino! - Aponta para mim. - Você acha que não é culpado porque não se lembra de nada? Mas você é um verdadeiro babaca! - Se aproxima. - Eu te odeio, Massimo Torricelli! - Bate descontroladamente em meu peito.

Eu via uma pequena mulher que sofreu muito, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto estava inchado. Eu sou o culpado e preciso fazer com que ela me perdoe!

Isaque leva Romana e Anne para a casa deles enquanto eu, Domenico e Alessia fomos para minha casa e assim começamos nosso ano.

Chamas do amorWhere stories live. Discover now