IX

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Romana

Era 6:30 da manhã, o sol saía entre os prédios da cidade de Washington e eu estava sentada mergulhando em meus pensamentos.

Sou acordada dos desvaneios quando meu celular começa a tocar, olho no visor e a foto de Massimo está estampada na tela do aparelho eletrônico.

- Meu filho está bem? - Pergunto assim que deslizo o dedo para atender a chamada.

- Oi pra você também. - Sua voz era baixa e rouca. - E respondendo sua pergunta, sim, ele está bem. Está dormindo do meu lado.

- O que? Dormindo a tarde? Bernardo não consegue dormir a tarde. - Me levanto da cadeira com indignação e posso ouvir a risada sexy de Massimo do outro lado da ligação.

- Nós brincamos muito! Ensinei ele a jogar futebol e comprei uma bicicleta para ele aprender a andar. - Seu tom era de entusiasmo.

- Que bom que você não colocou nenhuma arma na mão dele.

- Como está sendo a viagem? - Ignora minha fala.

- Machuquei meu pé no segundo dia. - Reviro os olhos. - Deixei cair um vaso e pisei em cima mas o Chris...

Ops, acho que você falou demais, Romana!

- Quem? - Seu tom calmo e tranquilo logo se transforma.

- Eu tenho que ir, tenho muitas coisas pra fazer.

- Espe... - Desligo a chamada e coloco as mãos na cabeça.

O que eu fiz? Arrumei uma baita encrenca!

Me levanto da cadeira e vou trocar de roupa. Eu soube que Christian era empresário de uma das empresas com melhores sucessos de Seattle e com isso surgiu uma pequena ideia. E se Christian fosse meu sócio?

Pego minha bolsa e desço para tomar café. Liguei para as meninas mas elas não atenderam, com certeza elas aproveitaram a noite.

- Eu vou acabar com a vida dele. - A voz feminina de ontem reaparece, a mulher estava indo em direção à uma mesa com um celular na orelha.

Ela era linda, parecia uma modelo. Era alta, tinha cabelos loiros e andava como em uma passarela. Ao se sentar com suas sacolas de compra, ela pega o cardápio e demora alguns minutos para fazer seu pedido.

Meu celular vibra novamente e vejo a imagem de Massimo voltar na tela mas ignoro. Eu não queria me incomodar agora.

Assim que termino de tomar meu café e de comer minhas panquecas, dou uma olhada nos imóveis com Elliot Grey, ele era imobiliário e me mostrou alguns lugares.

- Todos estes imóveis são da empresa Grey Holding, foram feitos com os melhores arquitetos e engenheiros dos Estados Unidos. - Ele fala atrás de mim enquanto eu olhava a vista daquele imóvel. - Você gostou?

- Eu preciso de algo mais, sabe Elliot? - Ainda não estou satisfeita com esses lugares. - O meu restaurante tem uma vista para a praia, preciso que você tenha algo assim para me mostrar.

- Posso ver algo com meu irmão, só um instante.

Ele pega o celular e sai. Estes imóveis são lindos mas eu queria que a filial tivesse uma lembrança do restaurante principal.

Elliot volta com um sorriso largo no rosto e disse que conseguia algo para mim em Seattle. A minha ida para a cidade estava marcada às 14:00 já que amanhã eu voltava para Itália, queria ficar mais um pouco mas eu já estava com saudades do Bernardo e minha tia ligou me falando que Massimo tinha deixado o filho lá e saiu com uma cara não muito agradável.

Voltei para o hotel e fui direto para o quarto das meninas. Eu não vi o Christian hoje. Abri a porta do quarto de Alessia e ela estava conversando com a filha no telefone.

- A mamãe tem que ir, okay? Te amo! - Desliga o celular. - Você machucou o pé ontem ou foi se encontrar com alguém? - Vem na minha direção.

- O que? - Pergunto sem entender nada.

- Aah você sabe muito bem do que eu estou falando. Massimo contou tudo para Domenico e agora ele me ligou furioso. Você tem noção do quanto isso vai me incomodar, Romana?

- Espera ai! Eu não me encontrei com ninguém de propósito. E outra, Massimo contou para Domenico porque quis e se ele está furioso com você, eu não tenho nada a ver com a falta de confiança dele. - Cuspo as palavras na cara de Alessia e depois que paro de falar, levo a mão na boca assustada comigo mesma.

- O que você disse? - Alessia se aproxima de mim.

- Meninas! - Anne sai do banheiro correndo e entra no nosso meio antes que nós pudéssemos se grudar uma na outra. - Alessia, a Romana está praticamente solteira e não cabe a mim, você, Massimo ou Domenico saber sobre a vida amorosa dela. Você é a melhor amiga dela e sabe que ela sofreu mais que todos nós aqui.

Assim que Anne termina de falar, Alessia pega sua bolsa e sai do quarto. Contei sobre a noite passada para Anne e ela ficou muito surpresa com o que aconteceu.

Saio do elevador e uma Mercedes C180 me esperava na entrada do hotel. Quando me aproximo, um homem loiro vestido de terno preto abre a porta do carro luxuoso. Entro e dou um pequeno gritinho ao ver Christian sentado ao meu lado, ele tinha um sorriso satisfatório em seus lábios.

- Muito esperto, Christian! Muito esperto! - Falo e acabo rindo da situação.

- É muita gentileza da sua parte, Sra. Keilani. - Arruma sua gravata. - Para a Grey, Taylor! - Ele fala assim que o motorista entra.

- Como você sabe meu sobrenome? - Me sobressalto do assento do carro.

Será que ele era mais um mafioso?

- Senhorita, eu sou Christian Grey! Acredito que você não me conhece mas logo irá me conhecer muito bem. - Vira seu rosto para mim e engulo seco.

Durante o caminho, Christian me contou que tinha uma empresa chamada Grey Holding em Seattle e que o imóvel que eu iria ver era dele. Para minha sorte, o mesmo disse que não está à venda mas que poderia fazer negócios comigo e para isso, eu teria que ficar mais dias aqui para ver e assinar os papéis.

Prontas para a diversão? É agora que vai começar a fogueira, pessoal kkkkk
Quero agradecer pelas interações de vocês, estou gostando muito de ler o que vocês estão achando dos capítulos. Obrigada mesmo 🙏🏻❤️
Não esqueçam de votar e comentar! Bjinhos 😘

Chamas do amorWhere stories live. Discover now