22 de Junho de 2016

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A água estava fria, fato, mas eu e Natasha queimávamos, um pelo outro e por causa dos sentimentos que a gente despertava. Acabou que a temperatura da água se tornou um fator irrelevante. Nada no exterior interferia mais.

Baixei os beijos pro pescoço de Natasha e ela tombou a cabeça, facilitando meu acesso. Afastei de leve sua roupa do ombro, mas ela me parou e eu não entendi porquê.

— Não aqui. Não agora. — ela parecia estar com dor em dizer, mas parecia estar certa e convicta. Só ela.

— Mas eu...

— Só vai ter o que quer se conseguir me pegar. — Natasha subitamente saiu do meu colo e começou a nadar em rumo as ondas, voltando pra margem. 

Precisei de um segundo pra entender que Natasha fugia de mim — ou ao menos tentava, estava quase tendo certeza que aquela era a primeira vez dela nadando no mar — e eu comecei a ir atrás dela.

Ela podia ser boa em várias coisas, mas uma eu tive certeza: eu era, plenamente, um melhor nadador do que ela.

Natasha gritou quando eu agarrei seu corpo por trás e o impulsionei pra cima. Eu ri enquanto ela se debatia nos meus braços.

— Combinado é combinado. Vai ter que cumprir. — falei no ouvido dela com a voz rouca e eu consegui desarmá-la.

N-não agora.

Ri mordiscando a orelha dela. Natasha não mais debatia, mas estava completamente rendida nos meus braços; eu quem a sustentava.

— Por que? — passei a mão pela barriga dela e eu senti o calafrio, a corrente elétrica do corpo dela pro meu.

— O-os meni-ninos...

Ela nunca chegou a terminar a frase. O motivo? A onda bateu forte demais nas minhas costas, me impulsionando pra frente e me fazendo soltá-la. Quando consegui me recuperar, Natasha tinha tomado um caldo e agora estava completamente molhada e me olhava com raiva.

— ... bem vinda ao mar! — ela jogou água nos meus olhos, como se compensasse o que ela tinha passado — Eu esqueci das ondas, Nat.

— Palhaço. — revirou os olhos e começou a andar pra margem e eu fui atrás. Quando chegamos na areia, corri na direção dela e a peguei no colo de novo e novamente ela começou a protestar. — Me larga, Steve! 

— Não. Não acho que vou não.

— Me põe no chão.

— Não. — ganhei uma cotovelada na barriga — Ah, qual é Nat, deixa ser carregada ao menos uma vez.

— Odeio você. — reclamou quando viu que eu tinha imobilizado suas pernas, a carregando como se ela fosse uma cadeira. Mesmo assim, podendo usar os braços, Natasha se permitiu ser carregada.

— Achei que teríamos que enrolar mais no quinjet. — a voz de Sam soou atrás da gente, divertida — A Wanda é péssima no jogo da velha.

— Você perdeu quatro vezes.

— Desculpem por isso. — pedi me virando — A gente se distraiu um pouco.

— A gente percebeu. — ele deu um sorriso como se dissesse: 'eu sei o que vocês estavam fazendo' — A Nat parece confortável aí. — ela resmungou em russo baixinho e como eu não falava a língua, não entendi nada além de um sussurro estranho.

Num movimento que eu não previ, Natasha firmou a mão no meu ombro e se ergueu. Como não entendia o que ela queria e muito menos desejava que ela caísse, firmei os pés no chão pra que não acabasse desequilibrando nós dois. No final, Natasha só pendurou nas minhas costas, enroscando as pernas na minha barriga.

— Assim é melhor. Posso estar no comando agora. — soltei um riso leve enquanto balançava a cabeça — Quais são seus planos pra agora?

— Como assim? A gente pensou que vocês iriam querer decidir...

— Vocês que nos trouxeram pra cá e pesquisaram. Aonde vocês forem, estaremos atrás. — respondi e Wanda e Sam começaram a conversar pelo olhar, fazendo caras e bocas, num rito silencioso.

— Nós achamos que como estamos num lugar mais quente e de praia, seria adequado fazer jus à paisagem. Estamos no inverno, mas...

— Inferno? Você disse inferno? Parece mesmo, mas só se ignorarmos a água do mar.

— Não, eu disse inverno, não inferno. — Wanda corrigiu Natasha — Mas como estamos perto da linha do Equador, a estação não é notoriamente marcada, é por isso. Aí nós pensamos em comprar umas roupinhas... Até porque não dá pra andar com essas roupas mais quentes o tempo todo.

— Por mim tudo bem. E por você, Nat?

— Pode ser. Eu não trouxe meus biquínis.

— Meu Deus, finalmente vou te ver usando um. — comemorei de olhos fechados.

— ... certo. As lojas ficam pra esse lado que vocês estavam indo.

— Pode me dar a minha mochila e da Nat, eu levo.

— Vai mesmo. — a loira sussurrou.

A área comercial não ficava longe da praia, igual qualquer outro lugar que tinha mar. O caminho só foi mais longo porque estávamos maia afastados da ocupação.

Natasha desceu das minhas costas antes que chegássemos e nos dividíssemos em dupla — eu e Sam, ela e Wanda — pra comprarmos algumas coisas.

Eu e ele não demoramos muito, a dificuldade foi na hora de pagar, mas ele resolveu não insistir depois de um tempo.

Sentamos do outro lado da rua e pegamos dois sorvetes de casquinha, enquanto esperávamos as duas. Estava de noite, mas realmente estava quente.

Wanda saiu com três sacolas e Natasha com sete. Eu e Sam entramos num acordo silencioso de não perguntar e não dizer nada.

Quando voltamos a andar de novo, os dois nos guiaram pro hotel que eles tinham reservado, só precisávamos apresentar a identidade.

— Fanny Levinson? Sério? — perguntei pra Natasha. Wanda e Sam já tinham subido tinha alguns minutos.

— Se é pra fingir, que seja direito.

— Até que não é um fingimento ruim. — peguei a chave em formato de concha do quarto 312 — Esperando virar realidade. — beijei a bochecha dela, mas Natasha estava dura como pedra. Ri de sua expressão, peguei as malas e fui pro quarto.

Eu queria ter tomado banho, curtido um pouco Natasha, ter saído pra jantar com todo mundo, mas a única coisa que eu fiz foi colocar as malas no chão e me jogar na cama sem pensar em mais nada.

Que confusão que eu arrumei, misericórdia

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Que confusão que eu arrumei, misericórdia. Não tinha ideia do que se tratava o capítulo de hoje, não sabia se era o de antes ou o que vem depois desse — apostei mais no próximo, mas errei feio. Sinal que minha memória tá tão debilitada que num lembro nem do que escrevi — mas vale um desconto, fiz ano passado.

Pra quem esperou o dia inteiro, desculpa a demora, o wattpad literalmente ME odeia porque não queria me deixar ver meus rascunhos nem nada e eu passei o dia fora, só deu tempo de postar agora.

Vejo vocês na quinta, com a Thay e aviso QUE O MOMENTO DE GLÓRIA TÁ PRA CHEGAR.

Bjs,

A💙

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