Dezenove

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Liam 

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Liam 

Mexi em meus dedos impaciente, respirando, calculando, contando em minha mente para os segundos serem passados. Olhar pela janela virou algo habitual desde o dia em que estive no hospital. Estar dentro de um quarto e permanecendo em silêncio, parecia ter virado algo comum para os meus dias medíocres ali dentro. 

Confesso que estou louco para sair dali e saber que irei ter um resultado daqui algumas horas, e isso me deixava mais ansioso do que já estava. 

Eu queria, demasiadamente, voltar com minha vida de antes. Queria meu quarto. Queria minhas coisas. Queria respirar ar puro. Queria me despreocupar que estava ali dentro, na qual poderia acontecer qualquer, seja positivo ou negativo. 

Acredite, constantemente eu pensava positivo. Sempre. Mesmo quando estive em momentos deploráveis, eu pensava em algo que me fortalecesse. Pensava em Zayn. Pensava em minha família. E pensava até mesmo em Louis, que desde então formou um belo companheiro e amigo. 

Gostava de sua presença e saber que ele estudava no mesmo colégio que eu, me deixava ainda mais esperançoso em voltar. 

Louis tinha entrado há algumas semanas em minha vida, porém foi o suficiente para chamá-lo de amigo. Ele estava ao meu lado, juntamente com meus pais e Zayn. Embora sentisse saudade de Niall, Harry e Amberley, mas eu não queria os preocupar. Eles já tinham enfrentado muitas vezes hospitais por minha causa e eu não queria que suas vindas novamente fossem por minha causa. 

Eu sou profundamente agradecido por tê-los em minha vida. 

Se não fosse por Niall, eu nunca teria conhecido a melhor risada do mundo. 

Se não fosse por Amberley, eu, talvez, nunca saberia ao menos fazer uma maquiagem, já que eu era discretamente curioso para saber usar maquiagem. 

Se não fosse por Harry, eu nunca teria conhecido Zayn e nunca teria conhecido o outro lado de um ser humano. 

Também se não fosse por Louis, nunca saberia que, até mesmo no fundo obscuro de uma tempestade de tristeza e pânico, poderíamos achar amizade incríveis e acolhedores.

E se não fosse por Zayn, eu nunca teria conhecido o verdadeiro significado da palavra: esperança.

Agora vê-lo encostado na maca com uma pequena carranca em seu rosto, me fez acreditar que o céu parecia bem mais atraente que o moreno. 

— Desde quando você tem amizade com esse Louis? — Ele diz, parecendo visivelmente enciumado. 

Olho para ele incrédulo por não ver motivos para sentir ciúmes de Louis. 

— Irá fazer um mês! — Digo, sério. — Por que você está assim? Não acredita em minha fidelidade? — Cerro o olhar, sentindo uma pequena raiva ao notar que ele estava desconfiando de algo.

Por céus, nunca ao menos pensei em perversidade com Louis e ver Zayn duvidando de tudo, me deixou irritado. 

— Eu confio em você, não nele. — Ele rebate. Quase reviro os olhos. 

— Garanto que Louis nunca pensou perversidade em nossa amizade. Não há do que você ficar enciumado, Zayn! — Digo zangado apertando o lencinho em minha mão. 

— Mas eu fico! Você deveria ter me informado antes, por que só agora venho me falar? — Ele ergue as sobrancelhas.

Era notório que uma pequena discussão estava começando a se formar ali e eu não gostava disso. Odiava discutir com Zayn, ainda mais em um assunto tolo como esse. 

— Porque não achei que isso iria trazer revolta para nossa relação! Sério que vamos discutir por causa disso? — Jogo o lencinho de lado, profundamente irritado. — Se veio aqui para me entristecer, por favor, vá embora! — Sinto meus olhos lacrimejarem. 

Viro meu rosto no lado oposto de Zayn, retornando a olhar através da janela. Respiro profundamente, não querendo derramar nenhuma lágrima. 

O quarto voltou a ficar em silêncio e eu honestamente esperava ouvir os passos de Zayn e a porta se abrindo e fechando. 

Limpo uma lágrima antes que chegasse até a minha bochecha. Odiava ficar nervoso, pois sempre acabava chorando, como um frágil encurralado. 

Sinto os dedos de Zayn tocar em minha mão. Afasto, não querendo nenhum contato com ele, não desejando me estressar como estava naquele momento. 

— É normal eu sentir ciúmes. — Ele para minha frente, agachando até em minha altura. Olho para ele. — Ainda mais quando envolve você. 

Suspiro, achando aquilo um pouco cômico na situação em que estávamos. 

— Você não tem motivos para ficar enciumado! — Digo, repetidamente, sério, porém mais calmo. — Você pode sair para todos os lados e mesmo assim eu não fico zangado com quem você anda ou deixa de andar. Eu estou aqui dentro desse hospital trancado, tendo apenas a compaixão das pessoas que vêm me visitar. 

Ele abaixou o olhar, respirando fundo e com seu rosto menos severo. Seu ombro relaxa e ele novamente segura em minha mão, apertando meus dedos suavemente. 

— Eu sei. Me desculpa. — Ele me olha. 

Respiro fundo, olhando em seus olhos. — Esqueça isso. — Digo. 

Avanço meus dedos até em seu rosto, deslizando até em sua barba que parecia teimosamente querer nascer, sentindo os pelos grossos cutucar minha pele. Ele cheira minha mão, arrastando seu nariz levemente e com os olhos fechados. 

— Eu sei que às vezes sou duro com você. — Ele diz. — Mas odeio me sentir inseguro de algo. Me entenda. — Zayn proferiu as últimas palavras baixinho. 

— Louis não é nenhuma ameaça. Confia em mim. — Ele me olha e seus olhos estavam brilhantes, parecendo calmos, mas cheio de emoções. 

— E eu confio…mais do que você possa imaginar.

Ele inclina seu corpo para cima, tomando meus lábios em um delicado selar. Fecho os olhos para sentir melhor seus lábios nos meus e seu perfume. 

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Acho que vou fazer atualização dupla...

Provocations | l.sWhere stories live. Discover now