Harry nunca pensou em se apaixonar por um garoto, ainda mais quando as circunstâncias eram inteiramente opostas. Louis Tomlinson mexe com seu psicológico sem fazer um único esforço; apenas sendo ele. E os problemas de ambos, pareciam a solução um do...
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Louis
— Será que as crianças vão perceber que pegamos os desenhos delas para colorir? — Proferi, concentrando-me no desenho, com alguns lápis em minha mão.
Liam estava a alguns passos longe de mim, deitado de bruço na maca, com seu caderno colorido apoiado no mesmo enquanto desenhava tranquilo. Mantive-me sentado na poltrona, com as pernas no braço da poltrona e meu caderno apoiado em minha coxa, colorindo.
Paro de desenhar e olhei brevemente para o resultado, gostando do que estava vendo. Até que não estava mal, as cores pareciam combinar com o desenho de um cachorrinho.
— Eu acho que não. — Disse Liam, com sua voz um pouco molenga e distante.
Percorri meu olhar até ele, vendo-o concentrado demasiadamente no que estava fazendo. Sorriu de lado, negando levemente com a cabeça.
Desde que cheguei ali, passamos a desenhar. Como Liam tinha ido ver as crianças, aproveitou o momento oportuno para pegar os cadernos e esconder em meio às suas roupas e subir como nada estivesse de fato acontecido.
— Eles tem muitos disso e toda semana eu vejo cadernos de desenhar novos. — Ele continuou, e, no final, deu de ombro. Ele parou de desenhar e olhou para sua folha por alguns segundos.
— Acho que vocês também deveriam ter alguma distração. — Menciono, agora recebendo a atenção de Liam em mim.
Ele anuiu. — Também concordo. Mas aqui não tem muito o que fazer. Digo, ter, tem, mas não é tão interessante e cativante.
Certamente, ficar ali dentro em sua maior parte do tempo, não era fácil para Liam, ainda mais saber que estava em um hospital especial. Cogitei que deveria ser deprimente passar sua maior parte do tempo dentro daquela quarto, esperando por exames e conclusões que poderiam ser tristes.
— E a maior parte do tempo você passa aqui dentro do quarto? — Questionei, retornando a desenhar, notando que faltava pouco para eu concluir.
— Sim, quando não, uma pessoa especial fica aqui comigo. — Suas últimas palavras saíram um tanto tímidas, fazendo-me no mesmo instante erguer meu olhar e sorri minimamente. Suas maçãs da bochecha ficam levemente coradas.
Poderia pensar que fosse a mãe de Liam ou algum parente querido, mas a forma como Liam ficou tímido e levemente acanhado com o meu olhar, eu poderia jurar facilmente que não era parente, e sim alguém que Liam estivesse gostando profundamente.
— E quem é essa pessoa? — Permaneço com o meu sorriso de canto, já sentindo-me desinteressado no desenho.
— Você provavelmente o conhece. — Suas maçãs ficam ainda mais vermelhas.
Enruguei a sobrancelha, não imaginando quem poderia ser. Talvez ele estivesse certo, eu até poderia convencer a pessoa – já que o mesmo disse com toda a sua segurança possível naquele momento –, entretanto, eu não fazia a mínima ideia. E por algum motivo veio Logan em minha mente, já que era o único que eu podia considerar que o “conhecia”, mas esvaziou esse pensar ao recordar que não havia lembrado que alguma vez toquei no assunto de “Logan”.
