Lugar errado, hora errada...ou certa

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Dois dias atrás. Sexta-feira.

Kim TaeHyung

Observei a morena em minha frente com o rosto visivelmente marcado em uma feição de decepção, tal expressão facial que foi causada por algo tão estúpido de minha parte e uma estupidez que fora feita em forma de palavras...palavras ditas sem o mínimo de nexo e coerência em relação ao que passamos até agora e isso acabou fazendo com que meu corpo inteiro quase ardesse em arrependimento.

Arregalei meus olhos assim que notei o que havia lhe dito, pois foi uma das únicas coisas que fiz além de ter calado a boca.

Aquele "não temos nada" foi uma das maiores mentiras que pude proferir para alguém e principalmente para ela, logo para a garota de personalidade marcante, logo para essa garota pela qual tenho olhos e coração totalmente virados em sua direção.

_____: TaeHyung-ah! Ficou louco é? — Ela disse em um alto tom, parecia mais raivosa — Por que está dizendo coisas assim? Você quer mesmo que briguemos por causa do seu ciúme? — nos ver nessa situação pelo meu ciúme fazia eu me sentir cada vez mais mal, odeio a ideia de brigar com Lee, assim como odiei os dias em que fiquei longe dela e não estava a fim de que isso acontecesse outras vezes — E no lugar de ciúmes, por que merda você não substitui por mais confiança em mim? Acha mesmo que eu daria mole para outro garoto por pura boa vontade a não ser você? É isso mesmo que pensa?

Escutei o que ela dizia. Estava parado e podia pressentir que o arrependimento iria me rondar por um bom tempo. Sentia minhas mãos tremerem e acabei fechando-as em um aperto; queria falar que eu estava completamente errado, mas minha voz não saia... oh céus por que diabos eu não consigo falar nada?

O olhar dela me deixava ansioso e triste, podia ver que ela estava com raiva de mim e sentia meu coração acelerado, mas não de um jeito legal.

_____: Nós realmente não temos nada? — repentinamente senti como se estivesse conversando com a Lee dos primeiros dias em que cheguei aqui, ela parecia fria e totalmente sem graça para as coisas.

Arfei e respirei fundo.

_____-ah, não foi o que eu quis dizer, e-eu-

_____: Mas foi o que você me fez entender — ela voltou a falar quando viu que eu não iria conseguir formular uma frase direta. Seu estado melancólico parecia querer me afetar de todas as formas e logo curvei minha boca para baixo, sentindo meu corpo pesar assim que vi a menor começar a se afastar de mim —, eu sabia...

Quase não escutei seu murmúrio, mas entreabri a boca após entender sua fala. Ouvi melhor quando a mesma fungou e com aquilo franzi o cenho dando um passo em sua direção. A partir dali meu coração começou a doer por ver que ela estava começando a liberar a raiva em um possível choro, não sabia que vê-la assim me doeria tanto; meus olhos começaram a esquentar e minha vista começou a ficar um pouco embaçada enquanto via Lee se afastar cada vez mais ao ponto de sair do terraço.

O que foi que eu fiz?

Mordi meu lábio inferior com força por aquilo que havia acabado de acontecer, não consegui acreditar que falei aquela merda para ela. Meus pensamentos estavam em uma guerra enquanto meu subconsciente me repreendia a cada respiração que eu dava. Continuei parado no local, olhava para um ponto específico, mas eu só conseguia rever a melancolia de _____ e isso estava me torturando.

Sentia os raios solares batendo em mim e o calor que sentia não me importava em nada no momento. Escutei passos corridos se aproximando, então Hyuna apareceu em minha frente. Pude olhar em sua direção e a vi com um olhar quase transbordando em curiosidade e preocupação.

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