O Bosque - (Taekook - Vkook)

Eu e Você Pela Eternidade

Já estou com uma fic novinha em folha no meu perfil, dêem uma olhadinha lá ✊🏻

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Ahm... Oi...? Estou um pouco tímido, me dêem um desconto. Meu nervosismo é tanto que nem sei por onde começar, assustador.

— Talvez se começasse pelo começo, já serviria de algo!

Jimin, é a minha hora de brilhar, se mantenha calado por favor.

Bem, desculpem por isso. Voltando ao assunto; hoje vim para contar o meu ponto de vista sobre tudo que aconteceu desde o meu primeiro encontro com Taehyung! Para isso, precisaremos voltar ao dia da minha expulsão:

~ Flashback ~

Olhei chocado para aquela que carregava a coroa, a mesma que me dirigia palavras ofensivas sem se importar com mais nada. Duas de suas fiéis me prendiam com força, fazendo pressão com os braços me impedindo de tentar escapar. Tive o azar de aparecer no lugar errado e na hora errada...

— Use seu sangue em nome do reino, prove ao menos uma vez que é digno de algo! - Foi a última coisa que pude ouvir antes de me jogarem para o lado de fora das muralhas mágicas, ignorando todas as minhas lágrimas e pedidos de misericórdia.

Caí em uma poça repleta de terra e algumas folhas mal cheirosas, me levantei em uma velocidade surreal temendo que alguma outra criatura subisse em mim, mas tal velocidade não pareceu ser suficiente para as pedras que vieram em minha direção, acertando com perfeição.

— Encontramos uma, peguem ela!

Me desesperei assim que ouvi o primeiro grito estridente, inutilmente tentando levantar vôo para fugir, mas voltei ao chão em um baque quando acertaram minhas asas. Não vou poder contar com elas se quiser sair vivo.

Corri como se a minha vida dependesse daquilo - e de fato dependia -, perdi as contas de quantos buracos e esconderijos tentei me esconder, não tendo sucesso em nenhum deles. Bem, era a primeira vez que eu tinha contato com trolls, mas não me lembro deles terem alguma agilidade ou rapidez.

Ou talvez, quem estivesse com defeito fosse eu.

Minha alimentação sempre fora bem rigorosa, fruto do preconceito da rainha Sohui e todos os seus seguidores, baseada em somente dois frutos específicos. Isso quando eu e os outros do sexo masculino não éramos punidos com dias sem comer.

Desde o meu nascimento até o dia em que completei minha décima nona primavera, acreditei cegamente que eu era sim um erro, um falha, uma gafe... Não me culpem por pensar assim, como agiriam em um lugar onde é praticamente colonizado por fadas do sexo feminino? Beirei a loucura com tanta pressão e rejeição.

Felizmente abri meus olhos, de maneira alguma eu seria um erro. O que tinha de errado comigo para não poder degustar de uma mísera maçã? Eu sentia fome como elas, chorava como elas, sorria como elas, mas não era tratado como um semelhante. Tanto eu como os outros, nunca tivemos atenção para um treinamento decente, o que resultou na minha falta de habilidades e desenvolvimento. Quando cheguei a marca de vinte primaveras eu não tinha idéia de como se usava magia, mesmo tendo sangue mágico correndo em minhas veias. Minhas asas tiveram um crescimento tardio, vieram a aparecer depois dos meus dezoito anos de vida, atrasando mais ainda meu processo de aprendizagem.

Constantemente pensei no dia em que deixaria aquele reino para trás, o dia em que eu poderia viver sem ter a sensação de estar sendo monitorado a cada passo que dou. Se é que isso poderia se chamar viver. Parece que a minha alma foi vendida, sem eu nunca ter colocado-a à venda.