¬ O Gémeo Improvável ¬× George Weasley

Eu Tenho Que Ir

110k!!!! Eu amo vocês

Um aviso, este capítulo terá menções a gatilho, especialmente estupro e auto mutilação. Aviso já, pois foi complicado para mim escrever e sei que para muitos de vocês será difícil de ler.

AMO vocês

Coloco o meu corpo atrás do de Draco, mantendo a minha mão na dele, e fecho os meus olhos quando os primeiros sinais de uma crise se aproximam.

- Que merda. - ele sussurra e eu mordo o lábio. - Lilith, você tá bem?

- Não Draco, eu tou me sentindo mal, o ar tá começando a ficar mais fraco e, as minhas pernas estão a tremer. - ele vira o seu corpo e me encara, melhor, ele puxa a minha face para eu o encarar.

- Nós vamos sair desta, você sabe disso. - ele tenta passar uma positividade que nem eu tenho, e que acho que a dele também é de fachada.

- Eu espero que sim Draco, eu espero que sim.

Fecho novamente os meus olhos e coloco a minha face junto ao peito do loiro, e os meus pensamentos estão na Toca, no que eles devem estar a pensar pois eu e Draco desaparecemos de repente.

- Nós vamos começar esta guerra. - a voz de Grindelwald se sobrepõem até aos meus pensamentos. - Já esperamos demais, já passou tempo demais para que tudo continue como estava. - ouço os passos dele se aproximarem de nós, enquanto as restantes pessoas gritam um sonoro sim. - Oh, que cena linda.

Mantenho os meus olhos fechados e a face colada no peito de Draco, mas sinto ele elevar a sua cabeça e tenho a certeza que Grindelwald tem no rosto um sorriso cínico.

- Professor. - Draco fala mas a sua voz se cala imediatamente.

- Não lhe dei permissão para falar Malfoy. - Grindelwald fala repentinamente e eu sustenho a minha respiração. - Minha doce Lilith. - sinto ele passar a mão nos meus cabelos, e Draco andar uns passos para trás, me tentando tirar do toque dele, mas o meu braço é agarrado e o meu corpo separado do de Draco e eu sou obrigada a o encarar.

- Por favor, você está me machucando.

- Ah minha doce Lilith. - vejo a varinha passar em seus dedos, e apontar para mim. - Quantas vezes eu já lhe disse que não é muito bom que você me contrarie ou que recuse algo?

Eu sustenho a respiração, mesmo sentindo todo o meu corpo tremer. Ele me encara e eu somente desvio o meu olhar para o chão, quando ele anda dois passos para a frente e encosta a varinha na minha pele, e começa a passar a mesma pelo meu braço, até chegar perto da minha camiseta.

- Não. - dou um ligeiro tapa na mesma, a afastando de mim, e uma gargalhada alta sai dos seus lábios.

- Você não quer mesmo repetir o que nós fizemos tempos atrás, doce Lilith? - eu ergo o meu olhar, encarando o dele e as memórias do passado que eu estava sobre a maldição ocupam a minha cabeça.

Sinto cada vez mais o meu corpo começar a ceder aos sinais da crise, e os meus pés caminham alguns passos para trás. Draco agarra a minha mão, e quando eu o olho, só vejo ele me agarrar e eu começar a chorar compulsivamente, no mesmo momento que os risos ecoam pelo espaço.

- Lilith, Lilith. - Draco retira um pouco do cabelo junto à minha testa, e se abaixa comigo no chão, me abraçando enquanto eu choro alto. - Fala comigo Lilith?

- Ele, ele me. - eu não consigo exprimir as palavras mas olho as minhas mãos e começo a passar elas pelos meus braços com força, e coloco as unhas na minha pele, passando para cima e para baixo.

- Para com isso Lilith. - Draco me faz o olhar e limpa algumas lágrimas.

- Eu tenho que sair daqui, eu tou sufocando. - falo entre os soluços.

Sinto a sua cabeça abanar, e ele me apoia mais em seu peito, e se ergue comigo no colo. Fecho os olhos, e sinto tudo se elevar por meros segundos.

- Abre os olhos. - a sua voz aparece no meu ouvido, e quando eu o obedeço, olho para a Toca na minha visão. Draco caminha comigo nos seus braços, e mal chega perto da porta, nem precisa de fazer mais nada pois a mesma se abre.

- Que se passou? - reconheço a voz dos gémeos e Draco entra comigo.

- Onde a posso deixar? - ele fala baixo, enquanto eu volto a fechar os olhos e chorar baixo.

- Vem connosco.

O meu corpo é colocado de uma maneira mais fácil nos braços do loiro, e eu o sinto caminhar, subir escadas e consigo sentir e ouvir o seu coração bater forte. O barulho de uma porta a ser aberta capta a minha atenção, e mais uma vez sinto os seus passos, e finalmente o meu corpo é pousado numa cama. Abro os olhos e encaro os três me olhando.

- O que se passou? - Fred fala e se senta do meu lado, agarrando a minha mão. George se coloca do outro lado e faz o mesmo.

- Grindelwald nos chamou de novo. - Draco fala rapidamente e eles o olham, e eu começo a chorar novamente, e viro o meu corpo, ficando em posição fetal. - Ele quer começar a guerra o mais rápido possível. Por isso que nós sumimos de repente.

Sinto duas mãos acariciarem o meu cabelo.

- Shh pequena. - George fala.

- Nós não vamos deixar que nada aconteça. - Fred completa.

- Ela não ficou assim tão mal, até ele falar uma coisa.

- O que? - os dois perguntam em uníssono.

Eu soluço mais alto, e agarro o travesseiro junto à minha face. As lágrimas molham todo o tecido.

- Grindelwald abusou dela enquanto ela tava sobre a maldição. - Draco fala pausadamente. - E ele resgatou essas memórias nela.

Mal ele termina de falar, um grito alto sai da minha garganta, e eu só tenho tempo de ver os gêmeos rodearem o meu corpo e agarrarem as minhas mãos, antes que eu voltasse a marcar a minha pele.

- Para Lilith, para com isso. - eu tento controlar o choro mas não consigo. - Você não teve culpa de nada, de nada mesmo. - George diz e Fred acena com a cabeça.

- Ele deve nos chamar novamente em breve. - a voz de Draco aparece quando ele se senta na cama.

- Ela não vai. - Fred nem o deixa terminar.

- Eu tenho que ir. - tento falar alto mas é um breve sussurro que sai dos meus lábios. - Se eu não for ele virá atrás de vocês.

O colchão se mexe, e só os sinto me abracarem, cada um do seu lado. Aninho a cabeça no peito de George, e sinto a cabeça de Fred no meu ombro.

- Nós vamos arquitectar um plano. - o ruivo na minha frente fala.

- Sim, vamos. - Fred continua. - Nós vamos salvar você e o mundo bruxo.