Melhor Que Nunca

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O olhar de Fred ainda está preso no meu, e o meu sorriso aumenta mais.

- Eu vi professora, ela me mostrou a marca no braço dela. - ele fala mesmo me olhando.

- Está aqui a prova. - eu mostro mais o meu braço, o virando. - Aqui a prova de que eu não estou fazendo nada, que ninguém aqui está fazendo nada.

- Bem. - a professora McGonagall começa a falar mas eu não deixo de olhar para Fred. - Você tem que começar a ter mais cuidado sr. Weasley, quando acusa alguém, principalmente quando é algo tão sério.

O meu sorriso aumenta ainda mais, e eu olho finalmente para a professora.

- Posso sair professora? - ela acena e eu viro as minhas costas, saindo do gabinete. Desço as escadas e quando estou no corredor, sinto o meu braço ser puxado para trás. - Você pode me largar Fred?

- Por que razão você mentiu Lilith? - ele continua a apertar o meu braço e eu o puxo com força.

- Eu não menti em nada. - ergo o braço para ele. - Você tá vendo alguma coisa aqui? Não pois não. Então acho, que aqui o mentiroso é você. - abro um sorriso e lhe pisco o olho.

- Não sei o que fizeram com você.

- Para com isso, para de andar atrás de mim Fred, me deixa. - eu coloco as mãos nos meus ouvidos. - Segue o caralho da sua vida e me esquece. Nós não temos mais nada, aliás, nós nunca tivemos. - eu retiro as mãos e ele continua a me olhar. - Não foi à toa que eu desejei a cada dia que o seu irmão fizesse aquilo que fez na Toca.

Viro as costas e volto a caminhar, indo até as masmorras. Entro na sala, e Draco me olha assim como Grindelwald.

- Como correu, querida? - ele coloca a mão no meu pulso, e o ardor da marca aparece de novo e eu a vejo.

- Correu bem. - mantenho o sorriso e Draco não desvia o olhar de mim. - Inventaram mentiras sobre nós, mas eu provei que nada era verdade.

- Maravilhoso. - Grindelwald se coloca atrás de mim, e eu consigo sentir o seu toque no meu braço enquanto olho para Draco. - Você foi perfeita, Lilith, como sempre.

Eu baixo ligeiramente a minha cabeça, como se fizesse uma vénia.

- Podemos ir embora? - Draco se levanta e agarra a minha mão. Grindelwald se mantém atrás de mim mas se coloca na minha frente.

- Você quer ir embora Lilith? - as palavras são ditas e eu sorrio.

- Não professor, eu não quero.

- Lilith, vamos embora por favor. - Draco fala de forma repentina e puxa a minha mão, mas eu a retiro dos seus dedos, mesmo ouvindo ele reclamar.

- Você não me ouviu Draco? Eu não quero ir. - consigo ver o sorriso de Gellert aumentar e ele estica a mão para mim, e eu encaixo a minha na dele.

- Você a ouviu Malfoy. - ele me senta numa cadeira. - Pode ir saindo.

Draco continua a olhar para mim, e abana a sua Cabeça, completamente decepcionado mas eu aumento ainda mais o meu sorriso, quando o vejo caminhar até à porta e sair. Gellert me olha, e ergue o meu queixo com os seus dedos.

- Você foi perfeita hoje Lilith, como eu sempre imaginei que você fosse. Me diz. - ele junta os seus lábios ao meu cabelo. - Quem foi fazer queixa de nós à Minerva?

- O Fred Weasley. - ele me encara e o sorriso aparece no seu rosto. - Ele falou para ela.

- Muito bem Lilith, muito bem. - sinto o seu corpo se afastar de mim, e entrar por uma porta. Quando ele volta, nas suas mãos, um pequeno ser se debate, mas sem conseguir escapar. - Já que você, por vários motivos, anteriormente não conseguiu executar com precisão a maldição, agora é o seu momento Lilith.

Eu sorrio ainda mais, e ergo o meu corpo da cadeira vendo ele pousar o pequeno ser no chão. Ele ergue a sua varinha e pronuncia alto, que o faz ficar imóvel. Eu pego na minha, e a levanto um pouco, sentindo ele se aproximar de mim.

- Vamos Lilith, só pensa na pessoa que mais magoou você, só pensa no quanto você foi machucada por todos na sua volta, do quanto você foi usada, no quanto ninguém nunca demonstrou verdadeiramente gostar de você. - os seus lábios se encontram com a minha pele enquanto ele fala e eu levanto mais a varinha, e fecho os meus olhos.

- CRUCIO.

O único som, mesmo que baixo, é o do pequeno ser a se contorcer no chão, enquanto eu mantenho o feitiço. Abro os olhos, e vejo Gellert do meu lado, sorrindo e eu faço o mesmo. Consigo sentir o poder que emana das minhas mãos, o quanto eu me sinto viva e bem.

- Acaba com ele Lilith, vamos. - o sussurro em meu ouvido, me faz retrair a varinha e o feitiço para. Olho para o lado, abro novamente mais um sorriso e de novo para a frente.

- AVADA KEDAVRA.

A luz verde quase me cega, mas a ausência de respiração me faz sentir em paz.

- Você está mais que preparada Lilith.

- Obrigada professor. - volto a baixar a minha nuca.

- Me trate por Gellert, minha querida. - eu sorrio. - Agora pode ir descansar, você foi uma ótima escolha.

Eu sorrio e viro costas, saindo da sala. Passo pelos corredores, já vazios, mas não sinto o medo de ser apanhada. Chego à comunal, vendo duas figuras femininas no salão.

- Lilith, o que se passou? - Mione fala e eu a olho sem entender.

- O QUE CARALHOS VOCÊ ANDA FAZENDO, SUA IDIOTA? - Ginny se aproxima de mim e bate com as suas duas mãos no meu peito, me fazendo andar dois passos para trás, e eu num instinto, pego a varinha e lhe aponto, vendo ela ficar estática.

- Não voltes a fazer isso Ginny. - o sorriso aparece em meus lábios. - Você claramente não sabe do que eu sou capaz.

- Lilith. - Mione fala baixo e eu recuo a varinha e subo as escadas até ao dormitório, me sentindo melhor do que nunca.

¬ O Gémeo Improvável ¬× George Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora