¬ O Gémeo Improvável ¬× George Weasley

A Loucura

- Isto aqui Draco, isto aqui vai ser a minha desgraça. - os seus lábios tocam o meu cabelo. - Eu entrei para salvar você, mas sou eu que estou morrendo aos poucos. Morrendo e perdendo tudo e todos.

- Nós vamos sair desta Lilith, nós vamos.

- Eu sei, nem que seja mortos, mas vamos.

Draco coloca os seus braços em volta do meu corpo, e me abraça forte e em tanto tempo, eu me sentia ligeiramente protegida.

- E como você está loirinho? Eu sei que não tenho sido uma boa amiga.

- Eu estou Lilith, eu estou. - o ouço suspirar. - Eu estou começando a ver que isto não era nada que a minha mãe queria.

- Não era não. - olho o lago. - A sua mãe queria que você fosse o que você sempre foi.

- Eu vou orgulhar ela, eu prometo.

Passo os meus dedos na sua mão, e desvio um pouco a face o encarando.

- Eu sei que você vai Draco, eu sei. - ele sorri e eu faço o mesmo, sentindo os seus lábios na minha testa. - Hoje tem reunião? - ele acena e eu volto a olhar para a frente.

- Grindelwald está possuído pois você falhou as últimas.

- É. - respiro fundo. - Eu tive que recuperar de algumas coisas, mas eu estou preparada para o que vier.

Sinto ele me apertar mais, enquanto o sol se vai colocando no horizonte.

Draco caminha a meu lado, enquanto andamos pelos corredores a caminho das masmorras, em direção à sala. A porta está aberta, mas a sala ainda está vazia, e mal nós dois entramos, a porta é fechada com toda a força. Eu me viro, assim como Draco e Grindelwald nos olha.

- Somente quem eu estava esperando. - ele sorri e eu volto a sentir os arrepios na minha pele, e sinto a mão de Draco apertar o meu pulso.

- Não vai vir mais ninguém? - ele fala, de forma calma e Grindelwald ri.

- Não Draco, hoje seremos somente nós os três. - ele começa a andar pela sala, e nós dois acompanhamos com o olhar os seus passos. - Hoje, vocês dois, as duas peças que eu acho mais importantes neste puzzle que será esta guerra, irão aprender como se tortura alguém, mesmo que essa pessoa seja o mais querida possível para você. - em alguns segundos, Grindelwald está atrás de Draco, com a varinha apontada no pescoço dele, e um grito baixo sai dos meus lábios. - Agora, senhor Malfoy, pode ficar quietinho e largar a sua varinha. - só ouço o som da mesma a bater no chão. - Se sente ali. - ele o empurra até uma cadeira e eu fico estática. Grindelwald se aproxima de mim, e coloca a ponta da varinha na minha face. - Minha doce Lilith, a maldição Cruciatus, lembra?

- Não. - abano a cabeça não por não saber do que se tratava, mas porque eu não a iria usar em ninguém que eu goste. - Não.

O ouço rir, e forçar mais a varinha na minha pele.

- Melhor você não brincar comigo Lilith. Melhor.

Eu engulo em seco, e pego a minha varinha, a apontando para a frente.

- Isso minha querida. - eu olho para Draco que tem os seus olhos o mais abertos possível. - Você já sabe o que tem que fazer.

- Me perdoa Draco. - sussurro baixo. - Crucio.

Nada acontece, e Draco continua no mesmo estado e posição e eu ouço Grindelwald rir alto.

- Ah sim, o fato de que a pessoa tem que desejar que o adversário sofra. - ele ri mais. - Como eu me esqueci disso. - a sua varinha volta a encostar na minha pele. - Nada que não se resolva.

Duas batidas na porta me fazem estremecer e Grindelwald se afasta de mim abrindo a porta, revelando a professora McGonagall.

- Gellert. - ela fala mas nota a minha presença e a de Draco. - Senhorita Lilith, estava mesmo à sua procura. Pode me acompanhar?

Eu respiro fundo, e baixo a varinha, começando a caminhar, mas antes de passar a porta, Grindelwald agarra o meu pulso e uma calma toma conta de mim.

Sigo a professora até ao seu gabinete e mal a porta se abre, eu só vejo duas cabeças ruivas.

- Senhorita Lilith, aqui o senhor Weasley veio me falar de uma coisa. - ela aponta para Fred, e eu olho para ele e para Molly, mas a calma continua em mim. Eu sorrio.

- O que professora? - falo delicadamente.

- Que o professor Grindelwald estaria recrutando alunos para uma nova guerra, e que a senhorita fazia parte.

Eu solto um riso baixo, abanando a cabeça.

- Que coisa de doidos Professora. O professor Grindelwald é uma excelência e uma pessoa com um enorme coração.

- Lhe mostra a marca Lilith. - Fred se levanta e aproxima de mim, puxando a manga. - Mas? Mas?

O meu braço está completamente limpo e eu ergo os olhos para o ruivo.

- Você tem que aprender a não contar mentiras Fred.