George passa a sua mão no cabelo, e se ergue da cama, dando dois passos até junto de mim. Eu o olho nos olhos quando ele para e ergue uma das suas mãos, acariciando a minha face.

- Ainda bem que você está feliz Lilith. - seus lábios beijam a minha testa e eu fecho os meus olhos. - Só me desculpe.

Eu mantenho os meus olhos fechados e soluço um pouco. Quando os abro, estou sozinha e parece que o ar todo se torna pesado. Eu deixo que os meus joelhos toquem no chão, e baixo a minha cabeça junto a eles, e respiro fundo, o mais fundo que posso. O ar não vem, e eu me sinto a sufocar a cada instante mais, e eu sinto os meus olhos pesarem, e os fecho.

A dor de cabeça me atinge e eu abro os meus olhos por conta da dor, e encaro o teto do dormitório, notando que estou na cama. Mexo, lentamente a minha cabeça vendo Ginny sentada, e ela me olha se assustando.

- Lilith. - ela fala e vira a cabeça para o lado. - MIONE, ELA ACORDOU.

Ouço mais passos e vejo Mione me encarar e passar a mão na minha face.

- Você está bem Lilith? - a sua voz preocupada, e eu aceno com a cabeça.

- Eu acho que sim. - tento me mexer mas a dor de cabeça aumenta. - O que aconteceu?

- Nós chegamos aqui e você estava desmaiada no chão do dormitório.

- Quanto tempo eu fiquei assim?

- Quase um dia inteiro. - abro a boca mas antes de falar, sinto uma mão na minha que aperta com força.

- Meu amor, como é que você está? - Fred me olha e deixa um beijo lento na minha testa.

- Acho que bem. - ele se senta na cama, do meu lado e eu vejo as meninas saírem do dormitório. - Quando você chegou?

- Ginny me falou mal encontraram você, e eu vim no mesmo momento. O que se passou meu amor?

- Nem eu sei. - ele me encara. - Eu tive uma crise, sem saber o porque.

Fred levanta as cobertas, se deita do meu lado e aconchega o meu corpo no dele, e eu sinto a sua respiração na minha cabeça.

- Eu fiquei tão preocupado com você. Parecia que você não ia acordar, tive medo que elas tivessem chegado tarde demais. - ele sussurra junto à minha pele.

- Você não vai se livrar de mim assim tão rápido. - ouço ele rir e também eu solto um riso, antes dos seus lábios tocarem os meus.

- Amo você Lilith. - as palavras são ditas contra os meus lábios.

- Amo você Fred. - fecho os meus olhos, sentindo ele me apertar mais.

Quebra de tempo

- Você falhou a nossa última reunião.

A voz de Grindelwald surge quando eu passo da porta da sala.

- Aconteceu um imprevisto professor. - mantenho o meu olhar no chão, pois eu não o consigo encarar. Fecho a porta e caminho até à mesa, vendo Draco sentado.

-Tudo bem Lilith? - ele pergunta e eu aceno, me sentando mas deixando as minhas pernas mais afastadas dele. Merlin, não preciso de mais surtos.

- Hoje vocês, irão demonstrar que estão aqui de corpo e alma. - Grindelwald fala e eu não tiro os olhos da mesa, mas sei que ele passeia pela sala, pois ouço o som dos seus passos. - Hoje vocês irão ostentar a marca.

Elevo a cabeça o encarando. Marca?

- Marca? - pergunto baixo para o loiro ao meu lado. - Ninguém me falou nada disso.

- Sim Lilith, quase igual a esta. - ele eleva a manga mostrando novamente a marca negra, e eu engulo em seco. Que merda.

Vejo um a um dos alunos se levantarem, ir até Grindelwald e mal eles param na sua frente, ele agarra o seu pulso e aponta a varinha.

- Vocês ostentaram isto com orgulho. - ele fala quando eu caminho até ele. - E quando for a hora, isto será o vosso chamado. Aliás, será o vosso chamado sempre que necessário. - paro na sua frente mas desvio o olhar para o chão e mantenho a minha mão ao longo do corpo.

Ouço ele rir, e agarrar o meu pulso com força, e a sua varinha se colocar no meu queixo me obrigando a olhar para ele, se desviando em seguida para a minha pele, onde um ardor surge, e entre as faíscas, ali está ela. A marca.

¬ O Gémeo Improvável ¬× George Weasley Where stories live. Discover now