- E sobre a saúde do seu pai?- pergunto baixinho ainda confusa com toda a situação.

     - Eu não posso deixar de viver minha vida por algo que eu nem sei se vai acontecer. - ele segura minhas mãos.- Se meu pai me ama, ele vai ter que entender que é com você que eu quero ficar, e torcer pela minha felicidade.

    Eu retiro meu cinto e me inclino em sua direção para poder beija-lo. Ele corresponde na mesma hora e quando vejo já estou em seu colo. 

             Aperto mais Fabi em meus braços, não consigo nem acreditar que ela esta comigo

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             Aperto mais Fabi em meus braços, não consigo nem acreditar que ela esta comigo.

            Já tinha dado a noite como perdida quando ela se recusou a falar comigo dentro da boate. Mas ainda assim fiquei de longe a olhando conversar com seu colega de serviço, me martirizando por não poder esta no lugar dele. Quando eu vi os dois saindo juntos da boate, em fração de segundos minha mente me mostrou imagens dela com ele construindo uma vida e eu só podendo a observar de longe. Isso contribuiu para que eu acabasse com a palhaçada que é esse noivado. 

        Mesmo que eu não tenha sentido que Fabi estava interessada em Tiago, não ia demorar para uma mulher linda e inteligente como  ela seguir sua vida. Ela mesmo disse que não esperaria  pra sempre até que eu resolvesse minha vida, nem seria justo pedir que ela esperasse.

       As pessoas podem achar precipitado o que eu fiz, mas eu nunca sentir o que eu sinto por ela por outra pessoa. Tudo em mim grita que É ELA.

      O celular dela começa a tocar interrompendo nosso momento.

     - Preciso atender é a Manu.- ela diz olhando o visor do telefone e tenta sair do meu colo, mas seguro em sua cintura a grudando em mim. - Oi Manu... sim, esta comigo porque?- ela diz e franzi a testa. - Tudo bem, vou falar para ele ligar o celular e estamos indo pra lá... Não amiga, eu vou com ele... Tudo bem, tchau.- ela desliga e me olha.- Liga o seu celular, sua mãe não conseguiu falar com você e ligou para o Mateus. - ela suspira e eu já imagino o que seja.- Seu pai foi para o hospital e ela esta esperando você lá.- Ela diz acariciando meu rosto com o semblante preocupado.

      Eu apenas aceno a cabeça e ela vai sentar no seu banco enquanto eu ligo o celular e leio as ultimas mensagens da minha mãe e ignoro todas as outras. Não vou dizer que não estou preocupado com meu pai, mas não deixo de pensar que é uma oportunidade de saber se ele esta falando a verdade.

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        Seguimos em silêncio até o hospital, eu dirigir o tempo inteiro com sua mão na minha perna. Algum tempo depois chegamos e saímos do carro, pego em sua mão e entramos sentido a recepção para saber onde esta meu pai. Depois de algumas confirmações a recepcionista nos informa o quarto do meu pai e seguimos até ele. Minha cabeça esta doendo e sei que vai piorar no momento em que entro no corredor dos quartos e  vejo quem esta do lado da minha mãe.

      - Eu não acredito que teve coragem de trazer sua amante para o hospital Guilherme. - Vivian grita assim que nos vê e eu aperto a mão de Fabi em um pedido de desculpas silencioso.

       - Primeiramente eu não tenho como ter amante se eu sou solteiro Vivian, e faça o favor de parar de gritar que eu não estou com paciência para os seus chiliques, o que eu tinha pra conversar com você foi dito ao telefone.- digo serio e olho para minha mãe para ver se ela começa a falar sobre o estado do  meu pai, só que Vivian não entende que não quero conversa com ela e continua falando.

        - Tem um pouco mais de uma hora que você me ligou terminando e vai me dizer que não estava com essa pu.ta antes de terminarmos? Seu pai esta quase morrendo por culpa de vocês!- ela ataca.

        - Meça suas palavras Vivian.- eu rosno e agora é a vez da Fabi apertar forte minha mão.- Mãe como esta a situação do pai? - decido ignorar Vivian e me direciono a minha mãe.

        - Não sei meu filho, ainda não tivemos noticias. - ela suspira e parece cansada.- Os médicos estão com ele no quarto realizando exames, ainda não autorizaram minha entrada. - ela olha para minha mão que esta unida a de Fabi e depois olha pra ela, quando ela abre a boca para falar uma medica e um medico sai discutindo de um dos quartos e nossa atenção vai para eles.

        -Eu não acredito nisso Robson.- a medica diz com raiva sem se importar de estarmos olhando.

        -Eliza vamos conversar em outro lugar.- ele diz a ela mas esta nervoso nos olhando. 

       - Não vou fazer parte disso. - ela se vira pra nos e pergunta.- Vocês que são a família de Antônio Almeida?- O medico tenta puxar o seu braço e eu dou um passo a frente curioso para saber o que ela tem a falar que ele quer impedir. Ela puxa o braço e se aproxima, o medico parece derrotado e abaixa a cabeça.-  Eu sou Eliza Guimaraes cardiologista do hospital, eu estava de licença maternidade e voltei a três dias e agora sou surpreendida com isso. - ela diz e aponta para o colega de profissão.

      - Como esta meu pai? - não resisto e pergunto, ela me olha e suspira.

     - Seu pai esta ótimo, ele tem uma saúde de ferro. - ela diz com a expressão fechada e meu  coração acelera.

    - Como assim doutora?- Minha mãe e eu perguntamos juntos.

    - Como eu disse estava de licença maternidade e voltei a poucos dias. Hoje passando pelos quartos e verificando os paciente, acabei entrando no quarto do senhor Antônio e escutei sua conversa com meu futuro ex colega de trabalho. Seu pai estava pagando meu colega para conseguir alguns exames falsos e mentir para vocês sobre a doença. Quando eu questionei eles, seu pai ainda teve a audácia de tentar me subornar também. Só que eu estou nessa profissão por amor e nunca me sujeitaria a isso. Enfim, ele está fingindo a doença, sinto muito por vocês terem sidos enganados. - ela volta a olhar seu colega. - Agora me dão licença que preciso fazer a denuncia da situação para averiguação. Tenham uma boa noite. - ela sai e o medico a acompanha cabisbaixo.

        Estou em estado de choque, eu suspeitava que poderia ser mentira, mas ter a confirmação é complicado. Uma parte de mim fica feliz por ele esta bem, mas a outra parte esta irada por ele ter mentido pra mim e brincado com minha vida desse jeito.

     - Eu não acredito que ele fez isso.- minha mãe diz com os olhos cheios de lagrimas.

    - Eu não acredito nela, Antônio esta doente e você quer só um motivo para se ver livre do nosso compromisso Guilherme. - Vivian diz me olhando com raiva.

     - Você sabia, não sabia? - pergunto entre os dentes e ela arregala os olhos confirmando o que já imaginava também. - Acabou Vivian, eu não quero ter que olhar para você e Antônio nunca mais. - olho para minha mãe.- O que vai fazer mãe?

      - Vou entrar e conversar com ele, acabar com essa palhaçada. - ela derruba algumas lagrimas. - Eu entendo seu lado meu filho, só não se esqueça de sua mãe.- ela se aproxima e segura a minha mão e de Fabi, depois se vira para entrar no quarto.

       Saio puxando Fabiana para fora desse hospital e quando chegamos em meu carro eu a abraço forte.

      - Acabou Gui, eu tô aqui com você.- não podia esta em companhia melhor.







Coração não te esqueceuWhere stories live. Discover now