Você lembra, tia, quando disse que eu seria como Dora e faria papai receber várias cartas? Bem, eles não precisam gastar papel para reclamar de mim! Não que eu cause muitos problemas, juro! São só algumas pegadinhas geniais, além disso, ter Pirraça o meu lado é muito útil.

Como você está, tia? E o tio Ted? Dora me escreveu na última semana, ela tem me atualizado sobre o trabalho dela, acha que assim vai conseguir me convencer a ser auror como ela. Mas eu não quero.

Eu sinto muito a sua falta, tia Andy. De tio Ted também, relaxa ai! Mas hoje parece pior. Lembra o que fazíamos no Dia das Bruxas? Biscoitos decorados para mandar para Dora, além dos que você pedia para que eu levasse para o Draco em segredo. O bolo de mirtilo com morceguinhos em cima.

Eu amo Hogwarts, tia Andy. Mas vocês são minha casa, e, mesmo que o papai e Draco estejam aqui, a casa não está completa.

Amo vocês!

Com todo o carinho do mundo, Jean!


Jeanine leu a carta e suspirou. Ela sentia uma falta enorme de casa, aquela casa que havia construído com o tempo, ao lado de suas tias, se tio e primos e, claro, do seu pai. A menina não havia mentido ao dizer que amava Hogwarts. Mas havia mais sobre ser seu lar envolvido.

Com preguiça, a Snape trocou o pijama azul cheio de abóboras e desceu as escadas em direção a comunal. Aquele lugar era lindo e fazia jus as qualidades de um corvino, haviam as prateleiras repletas de livros, alguns que não era encontrados nem na biblioteca da escola. A grande estátua de Rowena Revanclaw olhava para seus alunos com carinho. Mas Jean percebeu que, embora fosse sim encantadora sua comunal, a menina passava pouco tempo ali. Ou estava junto dos amigos sonserinos, Draco e Theo, ou estudando na biblioteca com Hermione ou, mais provavelmente, com George e Fred, no pátio.

A menina cumprimentou a estátua da fundadora e acenou para Terêncio e Anthony que eram os únicos corvinos com quem Jeanine mantinha contato constante. A menina também havia notado que, muitos de seus colegas não conversavam com ela, mas esse era um assunto do qual só se teria informações mais tarde.

Enquanto descia a torre da Corvinal, um par de cabeças ruivos surgiu em meio a uma passagem, encontrando com a menina.

-Dia, fofinha!- Fred piscou para a mais nova.

-Dia, Vega!- George sorriu para a menina, acentuando suas sardas. Jean bocejou e respondeu um bom dia nada animado,  o que alarmou os gêmeos acostumados a empolgação mesmo que matutina da menina. 

-Qual o problema?- Fred segurou Jeanine pelos ombros, olhando no olhos dela.

-Alguém mexeu com você?- Foi a vez de George segurar os ombros de Jean. A menina sorriu para os amigos e negou.

-Tudo bem, meninos. É só que eu não achei que sentiria tanta falta de casa, já que meu pai está aqui.- Os gêmeos se entreolharam, selando um acordo silencioso.

-Vamos animar você, fofinha!

-Vamos mesmo! Você só precisa esperar até o final de semana!- A menina encarou os gêmeos sem entender.

-Vocês vão a Hogsmeade no final de semana, esqueceram?- Os meninos deram de ombros rindo, enquanto guiavam a menina até a mesa dos leões.

- Hoje, você come aqui, Vega!- George, que servia uma fatia de torta para a menina(todos os amigos de Jeanine sabiam que não havia nenhuma outra comida no mundo que a deixasse mais contente do que torta de limão ou de chocolate), disse.

Sweet CreatureWhere stories live. Discover now