Halloween Parte 2

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Sirius estava encostado na parede externa do castelo, seus braços estavam cruzados e ele sorria pra cena. Peter segurava a mão da garota que gostava, e eles estavam conversando. E rindo. E ela olhava pra ele num jeito que fazia o coração de Sirius esquentar. Ele gostava dessas cenas nos livros que Remus lia para ele, aquelas cenas de momentos bobos e fúteis, mas que mostram o quanto o casal se ama ou gosta da companhia um do outro. A garota estava fantasiada de múmia, era até engraçado, mas com Pettigrew fazia sentido. Ele mordeu seu lábio e olhou pras outras garotas, seu coração pulou em seu peito. Era sinceramente impressionante o quão perfeitas garotas eram. Cada uma de seu jeitinho, todas encantavam Sirius. Mas nenhuma lhe dava a sensação dos livros. Não que ele não gostasse de garotas! Muito pelo contrário, ele amava garotas, de verdade. Amava as peles macias, os cabelos, as risadas... Por Merlin, como ele as adorava. Mas ele nunca teve aquela sensação de pertencimento, nunca se apaixonou por uma garota, ele nunca namorou, era considerado um "fuckboy", e sinceramente o título o agradava. Apesar de acharem que ele nunca vá querer algo sério, a verdade é que ele realmente quer algo sério, alguém que possa dormir de conchinha, dançar em bailes, que faça seu coração explodir no peito e borboletas dançarem em sua barriga. Ele quer que isso seja real, mas ninguém despertou isso nele, pelo menos o momento.

- Padfoot! Olha isso!- A visão de Remus correndo em sua direção fez seu coração pular. - Olha! Eu estava analisando a profecia que a senhora tinha feito e tá vendo essa linha? Eu tenho quase certez-
Sirius colocou sua mão sobre a boca de Remus, forçando o garoto a se calar. Ele recebeu uma careta do mais alto, não que isso o incomodasse muito.

- Insuportável.- Remus resmungou quando sua boca ficou livre.
Sirius tomou o caderninho de Remus da mão dele.
-Sem ver esse negócio de profecia, Remus! Pelo menos durante essa noite, por favor. - Ele disse escondendo o caderninho atrás de suas costas.
- Pads...- O mais alto se calou novamente quando Sirius colocou o dedo indicador em seus lábios.

- Por mim? - Black perguntou, com um biquinho, fazendo aquela maldita cara de cachorro perdido que ainda afetava Remus toda santa vez.
- Ugh, tudo bem. O que você quer fazer então?

Sirius sorriu e guardou o caderninho do amigo em seu bolso.
- É uma festa, Moony, vamos dançar.- Black disse, dobrando o braço para que Remus entrelaçasse o seu ali. O garoto hesitou, mas acabou cruzando seus braços e indo com Sirius.
Eles seguiram até um lugar mais afastado da festa, onde ainda se podia ouvir a música. Sirius pousou uma de suas mãos na cintura de Remus, enquanto a outra segurava a mão esquerda de Remus. Lupin sentiu borboletas em sua barriga e pousou sua mão direita no ombro de Sirius.

- Você é um idiota.- Ele resmungou, sentindo suas bochechas esquentarem.- E se alguém nos vir assim, Six?
- Qual o problema de verem dois amigos dançando?
- Você sabe o que eu estou querendo dizer, Pads.

Sirius colou seu peito com o de Remus e sorriu doce, com um pouco de travessura escapando no sorriso. Seus pés começaram a se mover junto com os de Remus.
- Desde quando você se importa com o que os outros pensam, Moony?
- Desde quando você sabe dançar sem pisar nos pés do seu parceiro?
A risada de Sirius ecoou pelo pátio e Remus sentiu as vibrações contra seu peito. Ele sorriu com a sensação.
- Touché.

Eles continuaram em silêncio, os pés se movendo sincronicamente, os corações batendo no mesmo ritmo, suas sombras se entrelaçando na grama. Sirius cheirava a menta e... Uma risada escapou do licantropo.
Sirius arqueou a sobrancelha.

- O que foi?
- Você está cheirando a álcool, Sirius. Você batizou o ponche outra vez?!
- Você pensa tão mal de mim, Remie. - Sirius disse, sentindo o canto de sua boca subir.
- Sabe, você faz 17 anos ano que vem, não seria preciso esperar muito pra beber legalmente.
- Ah, Moony, mas aí onde estaria toda a graça?
Remus revirou seus olhos.
- Nem para me oferecer então?- Sirius riu com a resposta e parou seus movimentos. Ele levou sua mão ao bolso de sua calça e dali tirou um frasco de Whisky. Ele tirou a tampa e tomou um gole, em seguida ofereceu ao garoto a sua frente.

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