— O nome dele é Thomas – ela me corrige antes de continuar. — E foi legal. A gente foi ao cinema e depois ele me levou de moto até em casa. Nunca tinha andado de moto antes; foi incrível! – ela sorri.
Fico feliz por ela.
— E quando vocês vão sair de novo? – Alice pergunta.
— A gente não vai – ela responde e começa a enrolar uma mecha do cabelo.
— Como assim? – eu quero saber, sem entender.
— Percebi que a gente não combina muito… – ela encolhe os ombros.
— Você disse que o encontro foi legal e agora diz que vocês dois não combinam? – eu rio. — Ai, amiga. Você é muito confusa…
— Olha só quem fala, né – ela crispa os olhos para mim. Ela tinha um ponto, então nem me dou ao trabalho de contestar. — Ah! Tinha esquecido de contar para vocês. A maratona de filmes que marcamos para esse sábado está cancelada.
— O quê?
— Por quê? – Alice e eu perguntamos ao mesmo tempo.
— Lembra do Afonso, aquele primo do Arthur que mora em Portugal? – ela pergunta e eu assinto com a cabeça, me lembrando vagamente de já ter ouvido o Arthur falar sobre ele. — Ele virá para São Paulo para passar o fim de semana, e o Arthur é quem vai mostrar a cidade a ele – explica.
Dá para notar pela sua voz que ela não está nada contente com essa ideia. Cris e Arthur fazem quase tudo juntos: trabalham no mesmo lugar, estão sempre na casa um do outro, estudaram nas mesmas escolas e estão planejando cursar na mesma universidade no próximo ano. Por isso, não é de se estranhar esse tipo de reação quando um faz planos sem o outro. É só o ciúme falando mais alto.
— Mas a gente pode fazer a maratona assim mesmo. Só nós três – dou a ideia.
— Tem razão. – Cris concorda.
— Por mim tudo bem também – Alice se manifesta. — Só não me venham com aqueles filmes cheios de drama, tá? – ela avisa, e eu e Cristine damos risada.
Nessa questão, a ruiva e o Arthur são do mesmo time. No fim, nosso amigo ganhou mesmo uma aliada para a votação de categorias. Cris e eu estamos ferradas.
— Será que o Diogo vai querer ir? – Alice pergunta.
— Com esse clima entre ele e a Helô? Duvido!
— Mas nós dois vamos conversar hoje e, possivelmente, resolver essa situação. – Tento ser positiva, mesmo sabendo que as coisas não serão iguais depois de conversarmos.
Tomara que, ao menos, possamos continuar sendo amigos.
— Pode ser. Mas eu tenho outra ideia – Cristine sorri, empolgada. Eu tenho até medo quando ela começa com essa história de "ideia". — Que tal uma noite das garotas? Só nós três; nada de meninos. A gente pode ver filmes, conversar a madrugada inteira, comer besteiras, fazer skincare... Tipo uma festa do pijama. O que acham?
— Eu topo. É melhor do que passar o sábado sozinha.
— E você Alice? Topa? – Cristine a encara com expectativa.
— Acho melhor não – ela dispensa, e é perceptível seu desconforto.
— Qual o problema, Alice? Percebi que você sempre dispensa os convites de dormir nas nossas casas – não me contenho e solto a pergunta que estou guardando há semanas.
— E-eu – ela para de falar e engole em seco.
— Tudo bem se você só não gosta de dormir fora, mas, se tiver passando por algum problema, saiba que pode contar com a gente. – Cristine alcança sua mão que está em cima da mesa e a segura. — Somos suas amigas e vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para te ver bem.
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Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01
أدب المراهقينO que você faria se um estranho descobrisse um segredo seu? Heloísa nutre um amor platônico pelo mesmo garoto há quase três anos. Ela nunca criou coragem para declarar seus sentimentos para Paulo, nem para contar sobre isso a ninguém. Mas ela não...
Capítulo 35 - Estava sentindo tanta falta dele!
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