Capítulo 35 - Estava sentindo tanta falta dele!

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— O nome dele é Thomas – ela me corrige antes de continuar. — E foi legal. A gente foi ao cinema e depois ele me levou de moto até em casa. Nunca tinha andado de moto antes; foi incrível! – ela sorri.

Fico feliz por ela. 

— E quando vocês vão sair de novo? – Alice pergunta. 

— A gente não vai – ela responde e começa a enrolar uma mecha do cabelo.

— Como assim? – eu quero saber, sem entender.

— Percebi que a gente não combina muito… – ela encolhe os ombros. 

— Você disse que o encontro foi legal e agora diz que vocês dois não combinam? – eu rio. — Ai, amiga. Você é muito confusa…

— Olha só quem fala, né – ela crispa os olhos para mim. Ela tinha um ponto, então nem me dou ao trabalho de contestar. — Ah! Tinha esquecido de contar para vocês. A maratona de filmes que marcamos para esse sábado está cancelada. 

— O quê? 

— Por quê? – Alice e eu perguntamos ao mesmo tempo. 

— Lembra do Afonso, aquele primo do Arthur que mora em Portugal? – ela pergunta e eu assinto com a cabeça, me lembrando vagamente de já ter ouvido o Arthur falar sobre ele. — Ele virá para São Paulo para passar o fim de semana, e o Arthur é quem vai mostrar a cidade a ele – explica. 

Dá para notar pela sua voz que ela não está nada contente com essa ideia. Cris e Arthur fazem quase tudo juntos: trabalham no mesmo lugar, estão sempre na casa um do outro, estudaram nas mesmas escolas e estão planejando cursar na mesma universidade no próximo ano. Por isso, não é de se estranhar esse tipo de reação quando um faz planos sem o outro. É só o ciúme falando mais alto. 

— Mas a gente pode fazer a maratona assim mesmo. Só nós três – dou a ideia.

— Tem razão. – Cris concorda. 

— Por mim tudo bem também – Alice se manifesta. — Só não me venham com aqueles filmes cheios de drama, tá? – ela avisa, e eu e Cristine damos risada.

Nessa questão, a ruiva e o Arthur são do mesmo time. No fim, nosso amigo ganhou mesmo uma aliada para a votação de categorias. Cris e eu estamos ferradas.

— Será que o Diogo vai querer ir? – Alice pergunta.

— Com esse clima entre ele e a Helô? Duvido! 

— Mas nós dois vamos conversar hoje e, possivelmente, resolver essa situação. – Tento ser positiva, mesmo sabendo que as coisas não serão iguais depois de conversarmos. 

Tomara que, ao menos, possamos continuar sendo amigos.

— Pode ser. Mas eu tenho outra ideia – Cristine sorri, empolgada. Eu tenho até medo quando ela começa com essa história de "ideia". — Que tal uma noite das garotas? Só nós três; nada de meninos. A gente pode ver filmes, conversar a madrugada inteira, comer besteiras, fazer skincare... Tipo uma festa do pijama. O que acham?

— Eu topo. É melhor do que passar o sábado sozinha.

— E você Alice? Topa? – Cristine a encara com expectativa.

— Acho melhor não – ela dispensa, e é perceptível seu desconforto.

— Qual o problema, Alice? Percebi que você sempre dispensa os convites de dormir nas nossas casas – não me contenho e solto a pergunta que estou guardando há semanas.

— E-eu – ela para de falar e engole em seco.

— Tudo bem se você só não gosta de dormir fora, mas, se tiver passando por algum problema, saiba que pode contar com a gente. – Cristine alcança sua mão que está em cima da mesa e a segura. — Somos suas amigas e vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para te ver bem.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01حيث تعيش القصص. اكتشف الآن