Cap. 37 - A Gente Nunca Sabe

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Pov Camila Cabello

Acordei na cama vazia.

Tinha deixado o meu celular em algum lugar da sala e não havia relógio sobre a mesinha de cabeceira. As persianas estavam baixadas, mas não fechadas e, como não havia luz lá fora, eu me perguntei se já era de manhã. Mas onde estava Lauren? Esperei alguns minutos para ver se ela só tinha ido beber água ou ao banheiro, mas ela não voltou e não havia nenhum som no apartamento.

Sem conseguir dormir de novo, eu me embrulhei no lençol e fui procurar pela mulher em cujos braços eu tinha adormecido.

Todas as luzes estavam apagadas, mas a cidade do outro lado das portas de vidro da varanda iluminava o apartamento o suficiente para eu ver que Lauren não estava ali. Achei meu celular, vi o horário – quatro e meia da manhã.

Tínhamos dormido só umas duas horas. Talvez Lauren fosse um rato matutino de academia?
Bom, eu certamente não era, então decidi voltar para a cama e descobrir a resposta quando acordasse, dali a algumas horas.

Eu estava quase na porta do quarto quando vi movimento lá fora, na varanda. Lauren estava sentada lá. Eu a observei por alguns momentos. Ela estava olhando para o nada.
Parecia concentrada nos próprios pensamentos, de maneira quase conflituosa.

No fim, abri a porta. Ela virou ao ouvir o som.

– Ei. O que está fazendo aqui fora? – perguntei.

– Só tomando um ar.

Eu me embrulhei direito no lençol.

– Tá frio pra caramba.

– Nem notei.

– Você pareceu perdida nos seus pensamentos. Quer conversar?

Os olhos dela encontraram os meus. Ela pareceu considerar a possibilidade por um momento, mas depois balançou a cabeça e olhou para o outro lado enquanto falou:

– Não. Só não consegui dormir. – Ela se levantou. – Vem. Vamos levar você de volta para a cama.

Ela se dirigiu em silêncio para o quarto e ficou mais silenciosa ainda quando deitamos de volta na cama. Assim como na noite anterior, ela deitou e me puxou para eu encostar a cabeça no peito dela.

Ouvi a sua respiração por um tempo e, embora eu achasse que tinha um efeito calmante, eu ainda estava com uma pulga atrás da orelha.

Virando de bruços, coloquei as duas mãos no peito dela e me apoiei para levantar a cabeça e fitá-la enquanto falava:

– Você sempre tem problemas para dormir?

– Às vezes.

– São para adormecer ou para continuar dormindo?

– Os dois.

– É porque você tem muita coisa na cabeça?

– Talvez.

– Sabe o que eu ouvi que ajuda com isso?

– O quê?

– Responder com mais de uma palavra – repliquei sarcasticamente.

Os lábios dela franziram.

– Sabe o que ouvi que ajuda?

– O quê?

Ela fez um movimento ninja, me virou e ficou por cima de mim.

– Atividade física vigorosa.

–Hmm... Com que frequência você acorda? Porque, dependendo da resposta, não vou conseguir andar na segunda-feira.

CAMREN: Amigas Com Benefícios (G!P)Where stories live. Discover now