Cap. 29 - Quais São os Seus Limites?

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Eu a segui até a cozinha e ofereci ajuda. Mas ela já tinha pré-preparado o macarrão tipo gravatinha com frango e pesto de brócolis.

Colocou tudo numa frigideira grande e só precisou aquecer. Ela acendeu o cooktop e encheu a minha taça de vinho. Eu me sentei à ilha da cozinha, observando-a.

– Você cozinha com frequência? – perguntei enquanto bebia o meu vinho e admirava a bunda dela dentro da calça jeans.

Ela olhou para trás e me pegou no flagra.

Sorrindo daquele jeito metido, replicou:

– Só quando quero comer.

– Você não pede comida?

– Gosto de comer de forma saudável quando estou em casa. Já que viajo bastante, como demais na rua. Então, em casa, tento evitar comer porcarias. Gosto de cozinhar. E você?

– Cozinho quase toda noite para a Izzy, sempre refeições balanceadas. De manhã, ela pega uma barrinha de cereal às seis e meia, para comer a caminho da escola, e, na maioria dos dias, só chega às sete da noite, depois do treino. O jantar é a única chance que tenho de vê-la comer de maneira nutritiva. Além disso – sorri –, gosto de cozinhar também.

– Você é ótima com ela.

Bebi o meu vinho.

– Obrigada. Eu blefo, na maioria das vezes. Não faço ideia de como criar uma adolescente.

– De qualquer forma, você não saberia.

– A minha mãe sempre diz que ser bons pais significa gastar a metade do dinheiro que você acha que deveria gastar e dobrar o tempo que você passa com os filhos. Sorte da Izzy, porque estou sempre sem grana e não tenho vida social.

Lauren riu e voltou à panela, tirando-a do fogo e a movimentando no ar para refogar a comida. Ela baixou o fogo e sentou do outro lado da ilha, de frente para mim, com a taça de vinho na mão.

– Quais são os seus limites?

– Os meus limites? – Dei um gole.

– Na cama. O que você não faz?

Eu estava quase engolindo o vinho e a maneira casual com que ela perguntou me pegou de surpresa, então engasguei. Tossi e gaguejei.

– Tudo bem aí?

Assenti e fiz um sinal com a mão enquanto retomava o fôlego. A minha voz saiu irregular quando finalmente falei:

– Pare de fazer isso comigo. Quem fala assim?

– Como?

– Você acabou de perguntar sobre os meus limites sexuais de uma maneira tão casual quanto se estivesse perguntando se eu queria um copo d'água.

– Como você queria que eu perguntasse?

– Não sei, talvez de um jeito menos profissional e mais pessoal.

Ela assentiu.

– Ok. Vou fazer isso. – Estendendo o braço sobre o balcão, ela pegou a minha mão. – Ervilhinha, você tem uma bunda muito gostosa. Você gostaria que eu desse uns tapinhas nela?

Ao saber que ela estava sorrindo, senti o meu rosto corando.

– Você é muito babaca.

– Acho que isso não é novidade pra você.

Um ingrediente pulou da panela, forçando a atenção dela se voltar para a comida. Assisti enquanto ela se movimentava com desenvoltura pela cozinha. Ela serviu a comida em dois pratos e completou-os com fatias de pão de semolina.

CAMREN: Amigas Com Benefícios (G!P)Where stories live. Discover now