34- Bad Intentions

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18 de dezembro. Praticamente menos de uma semana para o natal, algumas horas para o julgamento de Lauren. 20 dias sem vê-la.

Depois do dia de ação de graças, eu sempre ia dormir com a janela aberta, esperando acordar com ela aqui do meu lado de novo.

Já eram oito horas e Veronica e Lucy me buscariam aqui em casa para irmos juntas as oito e dez. Como Vero continuava no mesmo colégio que eu, e já havia passado aqui algumas vezes, era só dizer que íamos para a aula.

Por conta do frio, estava com uma blusa social e um casaquinho por cima, a calça e meu conhecido all star branco completavam o figurino. Peguei um dos meus cadernos e uma bolsa, afinal, pretendia ir para a aula se não demorasse muito e me encarei no espelho.

-Hija? Estamos saindo! -Ouvi a voz da minha mãe como sempre agitada de manhã e sai do meu quarto, a encontrando no corredor. -Não esqueça de trancar a casa, e que, hoje quem busca Sofi no colégio é você, por conta..

-De que você e o papa vão a um almoço de negócios. Eu sei. -A interrompi para falar o que eu já havia escutado milhões de vezes e mama sorriu fraco comigo, dando um beijo em minha bochecha e gritando por Sofi.

Não demorou muito para que alguns minutos depois que todos saíssem, minha companhia fosse tocada. Já sabendo quem era, levantei do sofá e abri a porta com calma, dando de cara com Veronica e Lucy de mãos dadas e expressões abatidas como a minha, porém ambas sorriram fraco pra mim e eu retribuí as abraçando.

-Eu..

-Não foi sua culpa. -Lucy se protestou.

-Tenho medo do que ela irá falar.

-Eu também, mas apenas diga a verdade. -Veronica acariciou minhas costas e as duas se afastaram.

Tranquei a casa e fomos direto para o carro. No caminho elas tentavam me acalmar, dizendo que Chris e Alexa haviam conversado com Lauren, para não falar nada demais, mas eu tinha certeza que ela falaria.

Subimos calmamente as escadas que levavam a gigantesca porta do tribunal. Lucy disse nossos nomes e subimos mais dois andares de elevador, e bem, aqui estávamos. Sentadas na segunda fileira, de frente ao juiz, mais dez jurados, o promotor, e Chris, advogado de defesa de Lauren.

-Tragam o réu. -A voz autoritária do juiz que, já era um senhor, me despertou de meus pensamentos e depois de alguns minutos da saída de dois dos policiais e nenhum sinal de Lauren, eu apertei o braço de Vero.

-Ai! -Ela murmurou e eu a soltei rapidamente, vendo que tinha a machucado com minhas unhas.

-Desculpa, é que eu estou tão nervosa. -Respirei fundo e virei minha atenção aos apenas dez jurados. -Não são onze jurados?

-Algum deve ter se atrasad..

-Me desculpem pela demora. -Arregalei os olhos ao ouvir a voz mais do que conhecida do meu pai e se não fosse o barulho de chaves, eu com certeza teria enlouquecido.

Lauren entrou na sala algemada e de cabeça erguida, sendo segurada por dois brutamontes do triplo de seu tamanho e foi forçada a se sentar próxima ao juiz.

-Todos aqui? -O mesmo perguntou e eu engoli em seco. -Primeiro, o caso do senhor Stromberg. Onde ele esta? -Keaton se levantou e se sentou do lado contrário de Lauren. -Conte-nos o que aconteceu.

-Eu havia parado meu carro no acostamento para trocar meu pneu, quando logo em seguida o carro da senhorita Jauregui parou a minha frente. Ela desceu do carro e começou a me xingar, dizendo que meu irmão mereceu morrer daquele jeito e.. -Nesse mesmo segundo, enquanto Keaton mentia para o tribunal, Lauren soltou uma alta gargalhada e se levantou.

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