Capítulo II

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— E como você tem tanta certeza de que eles vão vir para cá? — Liam quis saber, um pouco incomodado por alguma razão desconhecida.

— Você devia acreditar mais na minha intuição, Payno — Aconselhei — Ela já ajudou em muitas coisas. Além disso, tenho motivos concretos e sólidos para acreditar que Londres é o próximo alvo.

— Ficou maluca? Você precisa de provas, não de motivos! — Retrucou — Ninguém vai autorizar essa operação.

Sorri no instante em que várias viaturas cercaram o local, como o solicitado.

— Já autorizaram, querido.

— Mas quem...?

— Seu pai acredita em mim mais do que você — Expliquei — Ele tem bastante influência com os policiais, sabia?

— O.k., mas Londres tem tantos lugares que podem ser o alvo. Por que você acha que eles viriam para um museu? — Indagou.

— Esse museu tem muitas peças caras, peças insubstituíveis — Argumentei — Além disso, a forma de agir e escolher os lugares, se encaixa com esse aqui. Nesse belo museu.

Liam balançou a cabeça descrente, e então ajeitou sua arma que estava apontada para o museu, da mesma forma que a minha, e voltou a encarar o lugar.

— Espero que esteja certa. Metade dos policiais de Londres estão aqui e...

Meu melhor amigo foi impedido de continuar seu discurso pessimista no instante em que uma forte explosão veio do museu.

— Merda, eles já estão lá dentro! — Observei me recuperando do susto — Pessoal, verifiquem se os malditos ainda estão lá e se há reféns — Pedi a todos os envolvidos na ação.

Um grupo de policiais se aproximou com cautela da barreira que fora feita mais cedo e logo uma outra explosão os afastou para longe. Era muita sorte que todos estivessem bem.

É o seguinte, Louise Moreau — Uma voz masculina e marcante ecoou pelo rádio de um dos policiais ao meu lado, minutos depois de um silêncio ensurdecedor — É engraçado como sei seu nome, não é?

O policial tirou seu rádio de comunicação que estava preso na farda e levou-o mais próximo de mim. Uma policial — descabelada e que tossia muito, por sinal — correu até nós, vinda da parte de trás do museu.

— Fomos atacados, fomos atacados! — Ela gritou — Eles levaram todos os policiais que cobriam a retaguarda e um investigador!

Olhei para o lado e só então notei que na primeira explosão, Liam havia corrido para tentar ajudar quem estava fazendo a proteção atrás do local. Ele tinha sido pego.

— Droga! — Exclamei completamente irritada. Peguei o rádio da mão do policial e olhando com determinação para a faixada a minha frente, iniciando um diálogo — Escutem aqui, seus bandidinhos de merda. Soltem agora os policiais e o investigador que estão aí. Posso pensar em pegar mais leve com vocês se fizerem isso, assim que os prender.

Uma série de risadas de várias pessoas preencheu o som que saída da pequena caixa em minha mão.

Alguns deles não parecem tão infelizes aqui, senhorita — O homem respondeu. Não tive tempo de perguntar o que ele gostaria de dizer com aquilo — Sua fama lhe procede, detetive. Você parece bem esquentadinha. Que tal se acalmar? Temos mais companhia aqui além dos soldadinhos e do outro detetive.

Reféns? Estávamos perdidos.

— Não somos detetives — Neguei — Somos investigadores de polícia e as futuras pessoas a aparecer em todos os noticiários como aqueles que conseguiram prender vocês. Sugiro que comecem a soltar todos os reféns antes que aconteça o pior.

Stockholm Syndrome? I [Z.M]Where stories live. Discover now