CAPÍTULO BÔNUS - Parte 2

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             Convidei-a para sair. Já esperando um não. Ela não gostava de vida noturna. Meu coração quase explodiu quando ela respondeu que sim. Sim, ela queria sair comigo. Eu sei que já passávamos a maior parte do tempo juntos. Mas aquela noite era diferente. Era como um encontro. Demorei uma hora para escolher a roupa. Nada do que eu vestia ficava bom. Não queria parecer um engomadinho como ela dizia que eu me parecia. Fiquei com as pernas bambas quando cheguei à frente do prédio, morrendo de medo que ela desistisse na última hora. Ela não desistiu.

            Quando a vi atravessando a rua e vindo até mim, meu coração quase saiu pela boca. Ela estava deslumbrante. Linda naquele vestido vinho. Abraçamo-nos e senti o seu perfume. Demorei para sair daquele abraço, queria aproveitar cada segundo tão perto dela. O seu cheiro. A sua pele macia. A sua boca estava tão irresistível com aquela cor forte. Até mordi o lábio de tanta vontade de tocar seus lábios.

            Chegamos ao bar. Percebi que ela se entristeceu com algo. Disparei meus olhos para todos os cantos. Reparei num cochichar num grupo de mulheres, próximas a nós. Eu a trouxe para mais perto de mim. Ouvi algumas baboseiras ditas por elas. Mas não iria deixar que estragassem aquele momento. Eu só queria saber de uma pessoa àquela noite; Elisa. E disse a ela:

            — Nada de tristeza esta noite. Só sorrisos. Só alegria. Esquece os outros. Pensa só em nós dois e em mais ninguém. Eu não te trocaria por nenhuma delas.

            Não trocaria mesmo. Ainda mais aquela noite em que ela estava tão linda. Não tinha olhos para mais ninguém. Como poderia, se ela me deixou hipnotizado. Fomos dançar na pista. A banda começou a cantar Just Breathe. Na letra dessa música o cantor diz: Fique comigo, você é tudo o que vejo. Eu já te disse que preciso de você? Eu já te disse que quero você? Oh, se eu não disse, eu sou um tolo. Ninguém sabe disso mais do que eu. Eu a fitei. Ela mirava na minha boca. Nós dois desejávamos nos beijar. Abracei-a, entrelaçando a sua cintura. Ela não se afastou. Aproximei-me ainda mais. Senti o calor da sua respiração. Eu precisava de um sinal. Ela fechou os olhos. Enfim, meus lábios tocaram os dela, tão quentes e tão macios. A espera valeu a pena. Não queria mais soltá-la. Nossas bocas e nossos corpos se encaixaram tão perfeitamente. Se eu pudesse ficaria assim para sempre. Nós dois como um só, abraçados.

            Não entendi a sua reação ao final da canção. Parecia arrependida. Será que ela achou meu beijo ruim? Ela tentou soltar a minha mão. Fiquei imaginando que ela quisesse ir embora. Quando sentamos percebi que ela tinha medo de externar suas emoções. Seus olhos me diziam que ela queria ficar comigo, mas as suas palavras falavam o oposto disso. Nem ela mesma acreditava no que dizia. Somos só amigos. Capaz. Mas ao nos beijarmos outra vez ela se desarmou e se entregou aos seus sentimentos. Que eram os mesmos que os meus por ela. Ficamos abraçados e nos beijamos muitas vezes. E eu sentia uma felicidade inexplicável. Meu coração se enchendo de amor.

A Menina do CasuloWhere stories live. Discover now