Continuação capitulo 13

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Depois do nosso estranho acerto de contas, fui escalada para ajudar Valentina a controlar as crianças – acho que isso foi uma forma de vingança, só pode –, passado poucos minutos eu já estava como ela, toda amassada e descabelada. Henri veio em minha direção serio, com sua cara de mal, quando chegou pegou-me pela cintura e plantou um beijo gostoso em minha boca.

-Olha as crianças! – o afastei.

-Você esta ótima ajudando, obrigado por ter vindo.

-Não vamos ter filhos – suspirei ajeitando o cabelo.

-De onde tirou isso?

-Daqui! – abri os braços – Olha esses pirralhos? Parecem pestinhas vindo diretamente do inferno para tirar todo mundo do serio.

-E é isso que quero, dúzias de pestinhas.

-Nem pensar!

-Ei! – segurou meu queixo – Esqueceu quem manda aqui?

Sua pergunta fez nascer calafrios no meu ventre, não sei por que diabos, mas Henri também percebeu e deu um sorriso sínico. Seria assim o resto da minha vida? Se fosse, eu não teria do que reclamar.

Cantamos parabéns, tiramos fotos, brincamos, rimos e cansamos. Fomos os últimos a ir embora, Henri colocou Charllote na cama e Bruce a Marie, fiquei ajudando Valentina a guardar as fantasias das meninas. Depois fomos embora, Henri subiu para meu quarto e matamos algumas horas de desejo, mas ele não ficou para dormir. No dia seguinte recebi um e-mail dele, com sete links de sites de fofoca, todos com nossa foto no restaurante, no shopping e na entrada do hotel. Em uma delas estávamos rindo, outra beijando, outra Henri me abraçava beijando minha testa e a ultima era o zoom na minha mão, fisgando a aliança.

 "Céus! Tinha que ligar para meu pai antes que ele ficasse sabendo".

Estava saindo do banheiro quando Henri me ligou.

-Oi meu bem! Como vai?

Derreti com a forma que falou e com o tom carinhoso da sua voz, por pouco não suspirei toda mole.

-Super assustada com tantas fofocas! Todos já sabem Henri.

-Sim, viram seu anel – comentou como se isso fosse algo normal.

-Preciso ligar para meu pai urgente. Ele acha que estou nervosa ainda.

-Como assim?

-Uai não conversamos depois daquele dia.

-Mas ele esteve na cidade, veio até meu escritório.

-Quando? Como assim?

-Na segunda ele esteve aqui para falar comigo e depois eu pensei que ele tivesse feito o mesmo com você.

-Não! – exclamei achando a atitude do meu pai estranha.

-Sinto muito, não imaginei. Se não teria dito antes querida.

Suspirei. Por que papai fez isso?

-Tudo bem Henri, vou ligar pra ele amanhã. – não queria falar mais agora. Bateu certo desanimo depois da noticia – Ligou pra dizer algo urgente?

-Vou te pegar aí para irmos trabalhar amanhã.

-Não precisa, tenho meu carro.

-Sei que tem carro, Jade. Mas quero que vá comigo.

-Não vou, desculpe. Vemos-nos lá.

-Por que não?

-Porque posso ir sozinha, somos noivos e não estamos grudados ainda. Tenho minha independência e podemos fazer algumas coisas separados.

-Certo... Boa noite - Desligou.

"Porra! Fiz algo errado? Acho que não"

Custei a dormir essa noite, tentando entender papai e angustiada por ter desentendido com Henri, mas ele teria que se acostumar com certas coisas também. Assim, tudo daria certo. Foi difícil entender que fui um pouco rude com ele no telefone, não deveria ter dito aquilo daquela maneira. Mas fiquei chateada com a notícia sobre papai e não pensei antes de dizer, mas agora já era. Teria que lidar com as prováveis conseqüências.



 OBS: Essa parte pequena era para ser postada juntamente com a anterior, mas infelizmente estou tendo alguns problemas com os capítulos desse segundo livro por causa da perda do meu notebook. Peço que vocês tenham um pouco de compreensão comigo nessa questão, prometo não deixar a desejar na história.

Obrigada!

 


Cor a Primeira Vista - Volume II da Série Dê-me AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora