26 | Algo está cambiando

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26 | Algo está cambiando – Julieta Venegas

Despertam em meio à frondosa floresta tropical.

— Chegou a hora de descobrirmos o que é aquela torre de madeira meninos. – Piro falava em tom gentil.

— Espero que possamos chegar ao fim disso tudo. Às vezes parece que minha cabeça quer ficar vazia, não sei o que é, tenho medo de me esquecer da minha mãe.

— Hei! Mana, estamos no fim disso tudo, logo acharemos a mamãe e voaremos de volta para casa.

— Tudo vai acabar bem. Vamos seguir e descobrir o que nos aguarda.

Caminharam, para prontamente acharem aquele grande depósito de troncos, cercado por pequenos casebres de madeira.

— Vamos observar só um pouco e iremos lá falar com eles, precisamos de ajuda para sair disso.

Não demorou muito para visualizarem o movimento daqueles homens preparando-se para voltarem ao trabalho.

— Na dúvida não vamos arriscar. Faremos como na outra vez: eu irei lá e vocês me aguardam aqui.

— Olha, Piro, 3 caminhões estão saindo. – Alarmou Martin.

— Que bom só restou um quem sabe esse seja complacente e aceite nos ajudar!

— Fiquem com a minha mochila e irei lá, se tudo estiver OK, chamo vocês, fiquem atentos que farei sinal com a mão.

— Boa sorte, Piro. – Desejou Alana.

Pirou adentrou aquele terreno, tentando formar frases em sua cabeça para tentar ser amigável com aquele temível madeireiro. Não sabia como abordá-lo, mas seguia confiante de que teria êxito. Chegou à primeira porta daquelas 6 casas. Atreveu-se a bater na porta, mas não houve resposta. Encaminhou-se até a segunda e voltou a golpear a porta com mais intensidade. Porém já chegava lhe parecer que não havia ninguém naquela habitação. Insistiu pela segunda vez naquela porta. A porta da terceira casa se abriu e de lá saiu uma mulher em trajes surrados. Ao trocarem olhares os corações daqueles dois, em sincronia perfeita, aceleraram juntos.

— Miranda! Finalmente eu te encontrei. – Piro avançou rapidamente na direção dela para envolvê-la em um forte abraço. Mas logo percebeu a indiferença daquela mulher ao ser abraçada. – Miranda, o que houve? Sou eu Piro!

Aquela mulher não expressou alegria alguma ao ver aquele rapaz, mas seu coração estava em disparada, como se estivesse sido descoberta pelo inimigo.

— Seus filhos estão lá na mata. Vamos, eles estão loucos para vê-la! – Do ponto onde eles estavam os filhos não conseguiam ter visão da mãe.

— Tenho que entrar! – Miranda resumiu-se a essa frase.

— Miranda, não sabe quem eu sou? Alana e Martin estão bem, passamos por maus bocados, mas finalmente te encontramos, estou tão feliz! Vamos ao encontro deles! – Piro ousou segurar o braço dela e fez menção de puxá-la na direção da floresta. Miranda se soltou.

— Vá embora e não volte aqui. Eu não quero saber de nada. Estou feliz aqui. Tenho um homem. – Falava com muita rispidez.

— Como assim? E seus filhos? Miranda, eles estão te obrigando a ficar aqui? Vamos fugir, vamos voltar para Argentina.

— Me deixa e saia da minha vida. Eu não sou mais aquela!  – Disse aos berros.

Da mesma porta que ela saiu, apareceu um homem se vestindo.

— Você não a escutou? – Aquele homem apareceu já deferindo um soco em Piro que caiu ao chão.

— Hei! Calma eu sou amigo dela, os filhos dela estão aqui para vê-la.

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⏰ Last updated: Feb 28, 2015 ⏰

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E o céu de Miramar?Where stories live. Discover now