25 | Avalancha

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25 | Avalancha - Soraya

— Vamos parar um pouco. – Disse Piro sentando sobre um velho tronco de árvore. – Precisamos achar logo aquela estrada...

— Piro, será que aquele velho ainda vai nos achar?

— Não, Alana! Zeca está cuidando disso. Mas ele está com muita raiva de nós. O melhor que fazemos é sair dessa floresta. Temos que encontrar logo a Miranda!

— Onde estará a mamãe?

— Acredito que esteja com os madeireiros. Temos que ficar atentos a qualquer barulho de motor.

— Piro e aquela menina o que aconteceu? – Perguntou Alana.

— Ela já se foi, não vai aparecer mais... Ela estava presa aqui... – Piro baixou a cabeça, seus pensamentos estavam envoltos em um turbilhão de perguntas. – Hei! Mas vamos caminhar, temos que achar algo antes do anoitecer. – Partiram novamente sem destino preestabelecido.

— Gente! Estão ouvindo o barulho... Acho que é de motor de um caminhão! – Alertou Martin.

— Silêncio! Vamos ouvir de que direção vem! – Ficaram atentos por uns segundos. – Não sei bem qual a direção, mas vamos correr para frente e tentar localizar.

Correram entre aquelas árvores, o som do motor aumentava cada vez mais, sinalizando que estavam na direção correta. Logo conseguiram avistar o caminhão passando lá na frente, estava carregado de madeiras.

— Chegamos tarde.

— Mas, Piro, eles são do mal!

— Ah! Nem sei mais, Alana, quero muito sair daqui. Quem sabe alguns deles possam nos ajudar. Temos que apelar... Já estamos nesta floresta há dias ou meses, temos que tentar! Ou ficaremos para sempre perdidos aqui. – As palavras de Piro não eram animadoras, parecia começar entrar em franco desespero.

— Vai dá tudo certo, Piro! – Disse Martin abraçando o amigo.

— Assim espero! Não vejo a hora de voltar para casa...

— O caminhão passou carregado, sinal que deve haver alguma coisa para frente, vamos seguir essa estrada, devemos estar próximos!

Prosseguiram por aquela estrada da esperança, não demorariam muito a avistarem uma torre feita de madeira antes do anoitecer.

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Ornella e Bridget estavam na estrada há algum tempo e o relógio já se aproximava da meia noite. Fazia bastante tempo que tinham passado por Mar del Plata e começava a cair uma leve chuva.

— Eu nunca havia viajado para esses lados. Parecesse ser incrível a paisagem, uma pena que não podemos contemplar toda essa exuberância. – Disse Ornella.

— O que acha de procurarmos um hotel e descansar um pouco e ao sair do sol continuaremos a viagem? E assim poderemos ver a paisagem local.

— Tudo bem. Confesso que estou quase com minhas forças esgotadas. – Ornella guiava o carro de Bridget.

— Eu vi uma placa há pouco que avisava sobre um posto de abastecimento logo a frente. Lá é possível que tenha uma pousada por perto.

E assim ocorreu e logo Ornella estacionou o carro naquele grande pátio vazio.

— Bridget, veja se há quartos disponíveis, ficarei aguardando, pois estou muito cansada.

— Pelo que vejo não há ninguém hospedado aqui, não há nenhum carro.

Bridget não demorou a voltar com a chave de um quarto. Ornella estacionou o carro em frente àquela pequena sequência de habitações, distante da recepção.

E o céu de Miramar?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora