14 | Um lugar celestial

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14 | Um lugar celestial - Jaci Velásquez

O fim de semana acabava trazendo uma noite de domingo friorenta.

Ornella passara esses dois dias em um magnífico SPA. Estava precisando de uns tratamentos de beleza e se deu esse momento de recompensa.

Depois que saiu do SPA, passou pelo banco para tirar um extrato bancário. Estava contente com o valor ali impresso, daria para fazer uma bela viagem pela Europa. Antes de ir para sua casa inóspita, veria Bridget para receber as novas instruções após ter entregado o relatório na sexta.

— Boa noite, Ornella. – Disse Bridget ao abrir a porta.

— Boa noite. – Adentrou naquela casa que possuía uma ótima calefação.

— Como foi no SPA? 

— O que posso dizer é que foi revigorante. Estou totalmente renovada. Você precisa conhecer aquele lugar, com suas águas termais maravilhosas. – Fez uma pausa e lançou uma pergunta no ar. — Mal lhe pergunte a que você dedica suas horas vagas?

— Eu gosto muito de assistir bons filmes, tenho o hábito de escrever... Adoro estar comigo mesma. – Estavam sentadas naquela luxuosa sala. ’

— Não vou tomar seu tempo, vim apenas saber quais são os novos projetos. Pois ainda tenho que sair em busca de um novo hotel, já me cansei do El Baron e aquela reforma lá em casa nunca termina. – Divagou Ornella, pois não havia mínimos vestígios de reforma naquela casa.

— Por que não se hospeda no Saigon? É excelente, sempre está no guia dos melhores hotéis mundiais.

— Passarei por lá!

— Então, direto ao ponto: preciso que você vá a Buenos Aires fazer umas fotos de uma área que será destinada a construção no nosso mega empreendimento. Enviarei por e-mail ainda hoje todas as informações da localização e outros dados. Ah! E por sinal seu relatório foi maravilhoso, através dele tive várias ideias e comecei a agilizar alguns processos. Por isso preciso das fotos para iniciar a composição do projeto. Quero esse material antes do fim de semana.

— Sim perfeito, posso embarcar quando desejar.

Não se prolongaram muito com a conversa e logo Ornella saiu.

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Solano estava no apartamento de uma moça que tinha conhecido em uma festa. Ela era um passatempo bom, mas ela tinha viajado às pressas e ele passou o fim de semana todo sozinho. Tinha sido bom ela ter partido, ele precisava descansar, pois a segunda-feira estava chegando e teria muito trabalho e correria pela frente até vender toda sua cota do shopping.

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Estavam em meio a mata fechada desde a hora em que almoçaram. Caminhavam e conversavam até decidirem que estavam sem rumo certo, já não tinha porque olhar o mapa, não havia mais referências exatas. Dali para frente focariam nas pesquisas.

Ao fim da tarde encontrariam um bom local para montarem o acampamento e ficariam nessa base e dedicariam-se totalmente nos objetivos que os trouxeram até ali. Depois procurariam o pequeno afluente do rio que o mapa sinalizava.

Por onde andavam não havia trilhas, há muito tempo estavam andando entre a vegetação, se esgueirando dos galhos e buracos.

— Acho que meu relógio parou Miranda! – Disse Piro olhando para o pulso.

— Já passam das 4h. – Miranda seguia olhando atentamente para o chão, atrás dos filhos.

— O que acha de pararmos por aqui? – Piro vinha atrás.

E o céu de Miramar?Where stories live. Discover now