23 | El Monstruo de Las Ramblas

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23 | El Monstruo de Las Ramblas – Facto delafé y las flores azules

— Vamos, Piro, antes que anoiteça por completo.

— Estou pensando em Isaac, por onde ele anda?

— Creio que é melhor não sabermos. Cuidaremos em beber mais da água e levar um pouco. Explique para Alana e Martin como devemos proceder dentro da caverna, para que não nos atrapalhemos e venha acontecer algo de errado. Eles vão te compreender melhor.

Piro assim o fez e logo todos se direcionavam para a entrada daquela pedra. Seguiam com atenção redobrada. Tinham achado a solução, mas teriam que cuidar para não colocar tudo a perder.

Estavam na entrada e dali, avistaram as tochas de fogo clareando todo o caminho.

— E agora? Eles estão lá dentro. – Piro comentou, demonstrando toda sua insegurança.

— Não podemos desistir, é a nossa única chance. Eles não podem com a gente, somos mais fortes que eles, temos que dominar Isaac e os ananias. Temos que seguir.

— Acho melhor sondar o que se passa lá dentro. Façamos o seguinte Zeca: eu vou bem à frente e você vem atrás com os meninos, caso eu veja algo de errado gritarei e vocês partem em retirada.

Piro seguiu na frente e Zeca ficou um pouco para trás. Aquele caminho nem parecia mais o mesmo com toda aquela iluminação, onde não pairava toda aquela tensão de anteriormente. Piro cautelosamente seguia a passos lentos tentando ouvir algum barulho. Tendo uma área de visão abrangente pôde ver uma bifurcação naquele caminho, porém ela não possuía iluminação e seguiu pelo caminho de luz. Mas a frente avistou um ananias que devia ter entrado há pouco e acendia as tochas com a sua que, em especial, tinha um cabo maior para poder alcançar as outras afixadas na parede. Tinha recém começado aquela tarefa e já havia um obstáculo, tinha de fazer algo rapidamente. A ideia era imobilizar aquele pequeno ser e amarrá-lo com suas vestes. Sem perceber a aproximação de Piro o ananias se tornou alvo fácil e sem muita luta, logo esse estava com os pés e mão amarradas e com a boca vedada. Piro pegou a tocha, deixada no chão e prosseguiu. A princípio ainda acendeu algumas tochas, mas logo tratou de chegar logo ao centro e ter a certeza de não haver mais ninguém ali. Caminhou guiado pelo fogo e adentrou aquele salão que agora podia ver todas suas características. Ali era o local onde Isaac dormia, viu muitos detalhes que jamais imaginava existir ali. O espaço era bem maior do que presumia e com aquele pequeno foco de luz, iluminava a parte que queria ver melhor: o canto onde havia colhido a água da libertação. Parecia-lhe estranho aquela parte toda trabalhada, possuía um arco esculpido na pedra. No chão, notou os cacos do vaso de flores que havia quebrado, olhou toda a extensão daquele depósito de água. Sua visão não estava preparada para o que logo veria. Com uma mão segurando a tocha, direcionou a outra para colher um pouco da água para beber, mas ao tocar a água seus olhos foram atraídos para o corpo de uma menina submersa, instantaneamente com o susto afastou-se abruptamente caindo no chão e derrubando a tocha que se apagou. Perguntava-se o que era aquilo. Estava chocado e assustado em pensar naquela imagem. Sabia que não podia ficar parado ali com seus medos, algo mais importante o motivava a se movimentar e tentar apagar aquela imagem. Tinha de voltar ao encontro dos outros e para não haver alarde, eles não saberiam da existência daquela garota.

Voltou a passos largos com a tocha já acessa novamente, passou pelo ananias que rolava pelo chão e não encontrava seus amigos. Tratou de chamar o nome de Zeca, mas não obtinha resposta. Gritou que estava tudo bem, o que fez como que Zeca se manifestasse e saísse de dentro de uma parte escura onde o caminho se dividia.

— Quando vimos o ananias amarrado os meninos hesitaram em ir.  Não consegui convencê-los e nem entender bem o que eles diziam e por não conseguir me comunicar, preferi não colocar eles em risco e nos escondemos.

E o céu de Miramar?Where stories live. Discover now