CORTE DE SOMBRAS DA LUA

By taaysbook

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A história de Maleah não é diferente das histórias de outras fêmeas nos acampamentos Illyrianos. Orfã ainda... More

1 - REFÚGIO NAS SOMBRAS
2 - A DECISÃO
3 - OS MACHOS ILLYRIANOS
4 - O MESTRE ESPIÃO
5 - ME DEIXE AJUDAR
6 - O GENERAL E A CAÇADORA
7 - AS CRIATURAS
8 - HÁ ALGO DE ERRADO AQUI
9 - O INÍCIO DA REDENÇÃO
10 - O NASCIMENTO
EXTRA: A ATRAÇÃO DAS SOMBRAS
11 - A VERDADE
EXTRA: FONTE DO DESEJO
12 - ERA UMA ARMADILHA
EXTRA: A CELEBRAÇÃO
EXTRA: SOMBRAS DO PASSADO
13 - REI E RAINHA DAS SOMBRAS
14 - RECOMEÇOS
16 - SEU MAIOR MEDO
17 - ELA SORRIU
EXTRA: EU NÃO DISPEDIÇARIA ESSA OPORTUNIDADE
18 - NÃO SERIA EU QUE CONTARIA
EXTRA: O ESPELHO
19 - ELA NÃO FOI EMBORA
20 - A BANHEIRA
21 - O OUTRO MUNDO
22 - DESEJEI QUE FOSSE UM SONHO
EXTRA: VOCÊ ESTAVA CERTO
23 - VOCÊ SABE QUE PODE CONFIAR EM MIM
24 - MAGIA DE SANGUE
25 - MAGIA DE SANGUE - PARTE II
26 - EM CHAMAS
27 - VOCÊ É CULPADA SIM
28 - AMOR DE IRMÃO
29 - O PIOR DIA DE TODOS
30 - TRÊS REIS
31 - GRÃO SENHOR
32 - PRISIONEIROS
33 - DEIXANDO A CULPA
34 - ELA NÃO ESTÁ AQUI
35 - ERA O GENERAL DAS FORÇAS ILLYRIANAS FALANDO

15 - NÃO VOU DESISTIR DE VOCÊ

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By taaysbook

Avisos

1) Chequem se vocês já votaram nos capítulos anteriores, comentem e compartilhem a fic com seus amigos. Ajudem a Tay a crescer aqui.

2) Me perdoem por todos os atrasos e polemicas.

3) O capitulo de hoje não tem nada a ver com meu desabafo nos stories ontem. Não fiquem com raiva do Rhys, só saibam que ele tem seus motivos e em breve vocês saberão.

Feyre

- Rhys - Disse ao parar em sua frente bloqueando o caminho até o quarto - O que de fato está te preocupando?

Rhys parou por um momento, como se pensasse uma segunda vez no que estava preste a dizer. E então disparou para mim através do laço.

"Azriel sofreu durante anos. Sempre se sentiu indigno, depois teve o lance com a Mor e ele ficou pior ainda. Agora estamos sob o risco desse Raoni tirar a única possibilidade de felicidade de meu irmão. Tenho medo que esse auto intitulado "rei das sombras" afaste Az de Maleah. Tenho medo de que ele afaste meu irmão de sua parceira..."

- Então aquilo - Balbuciei incrédula enquanto apontava para a sala que tínhamos acabado de deixar - Aquela onda entre os dois era o... laço?

Rhys assentiu em confirmação e fez sinal para que eu o acompanhasse até o nosso quarto.

O rosto do meu parceiro era uma máscara de seriedade.

- Sei que isso está te preocupando - tentei ser positiva em minhas palavras - Mas tenho certeza de que os dois ficarão bem.

Soltei uma risadinha.

- Em breve Cassian estará rolando no chão com Azriel logo após o laço dele e de Maleah se atar. Essa é a especialidade dele, não podemos dar a função para outra pessoa. Ele ficaria arrasado - Olhei para meu parceiro com um sorriso largo - Quem sabe eles não façam um novo priminho para Kale?

Rhys abriu um sorriso tímido que não chegou aos seus olhos.

- Com certeza seria maravilhoso - Meu parceiro disse sem emoção nenhuma na voz.

Quando alcançamos a porta do quarto, forcei minhas costas contra ela e impedi que ele entrasse.

- Só vai passar se me disser o que há de errado com você - Levantei um pouco o queixo em desafio - Podemos ficar parados aqui a noite toda, você sabe o quanto sou determinada.

- Não há nada de errado - seu tom não me convenceu.

- Rhysand...

- Eu já disse que não há nada de errado, Feyre - Ele nem mesmo permitiu que eu terminasse.

Em um silencio atônito me movi lentamente para o lado e deixei que ele entrasse no quarto. Meu parceiro entrou e rapidamente se dirigiu ao berço improvisado de Kale em nosso quarto. Elain o havia deixado ali poucos minutos atrás, o bebê dormia tranquilamente alheio ao que estava acontecendo entre seus pais.

Fechei a porta atrás de mim e permaneci ali. De costas para mim Rhys perguntou:

- Se não me engano, ontem você havia mencionado algo sobre a parceira de nosso filho - Podia sentir no seu tom de voz que falar era um esforço tremendo para ele.

Rhys sempre me deu espaço, sempre deixou que eu lidasse com minhas coisas. "A escolha sempre foi sua" ele dizia. Se era um tempo que ele queria, então daria esse tempo a ele. Se não queria tocar naquele assunto, então eu o respeitaria. Com isso em mente, ignorei o que acabara de acontecer e o respondi como se não houvesse uma linha tensa entre nós.

- Sei que vai me achar louca, mas enquanto dava á luz meu corpo visitava um outro corpo... em um outro reino... acho até que em outro mundo.

Rhys olhou para mim abruptamente.

- O que tinha na bebida que aquela fêmea te deu para induzir o parto? - Um pouco da diversão havia retornado para os seus olhos.

- Estou falando sério - me defendi entre risadinhas - Ontem antes da festa, quando me deitei para dormir sonhei com eles mais uma vez.

- Então aquela bebida foi realmente muito forte.

Fiz cara feia e mostrei minha língua para ele.

Ele levantou as duas mãos como se dissesse "eu não falei nada".

Continuei olhando séria para ele.

- Tudo bem, sem mais provocações - Ele fez biquinho - Quero ouvir seus delírios. Quer dizer, suas histórias Feyre querida - O sorriso em seus lábios se intensificou.

Havia algum fantasma do passado que Rhysand estava tentando afastar. Sentia através do laço uma inquietação que insistia em dominar seu corpo. Ele estava usando seu senso de humor como uma arma contra isso.

"O que havia de errado com meu parceiro?"

- Era uma mulher loira. Ela também estava em trabalho de parto - Recomecei - Tivemos os bebês ao mesmo tempo. Vi quando sua filha nasceu, vi quando apresentou á sua corte e vi um macho de cabelos prateados que cheirava a pinho e neve.

- E esse macho era bonito? - Rhys cruzou os braços - E qual era a importância dele na hora do parto?

- Rhys era uma criança nascendo, pela Mãe - Exclamei incrédula - Você vai criar caso por conta disso?

Ele levantou as sobrancelhas e cruzou mais ainda os braços.

- Provavelmente era o parceiro dela, ela se sentia bem perto dele, ela sabia que estava segura - Fiz força para lembrar.

Os olhos se Rhys se arregalaram um pouco, mas antes que ele falasse alguma coisa intervi:

- Isso não é relevante, Rhysand - caminhei até ele e me sentei em seu colo - O único macho que me interessa está aqui bem na minha frente.

Dei um beijo quente em sua testa.

- No sonho de ontem a tarde, ela não estava se sentindo segura como no dia do nascimento - Puxei na memória cada mínimo detalhe daquele sonho - Ela reclamava com um tal de Dorian sobre...

"Nossa! eu nem tinha bebido, mas era como se as lembranças escapassem da minha mente"

Rhys fazia carinhos círculos leves em minhas costas.

- Sobre um tal de Sartaq, montanhas e aranhas. Medo, senti medo nas palavras dela. Ela disse algo sobre não querer entrar em uma outra guerra.

Meu parceiro ficou imóvel. O rosto corado pela diversão de alguns minutos atrás ficou pálido.

- O que foi? - Perguntei preocupada.

Rhys estava boquiaberto como se tentasse assimilar tudo o que estava acontecendo.

Ergueu um dedo para mim pedindo um minuto.

"Não sei se sobreviveria a mais revelações hoje" Pensei.

- Lembra quando Nestha perguntou se os precursores da escuridão já haviam se negado a lutar?

Fiz que sim com a cabeça.

- Morrigan disse que eles se negaram por duas vezes - Acrescentei.

- Exatamente - Rhys confirmou - Mas na primeira vez que negaram, não eram nossos pais que estavam no comando. Nem o meu e nem o dela. Muito menos nossos avós ou alguém próximo a nós.

Um breve silencio pairou no ar e então Rhys continuou:

- Essa guerra aconteceu há milênios atrás. Foi essa que não perdemos por muito pouco. Nossa infância foi aterrorizada com canções distorcidas dessa guerra.

- Mas o que isso tem a ver com meus sonhos?

- Como disse a você, gosto de visitar a biblioteca quando quero um pouco de paz. Aqueles tagarelas nunca me seguem até lá. E em uma dessas visitas, um livro negro com a insígnia da corte noturna me chamou a atenção. Eu pensei que era só um livro simples, mas sentia o livro cantando para mim. Ao abri-lo vi era o diário de meu ancestral e fundador de Velaris.

- O livro cantou para mim como se soubesse que eu era o Grão Senhor daquela corte e ele pertencesse a mim.

Não sei por que um arrepio percorreu minha espinha.

- Em sua grande maioria o livro era composto pelo dia a dia na cidade em construção, dos desafios, de suas amantes etc. Estava prestes a desistir da leitura monótona quando suas anotações ficaram mais curtas, datadas com maior espaço de tempo e mais... assustadoras.

- "Coisas estranhas começaram a acontecer", "Nossa corte foi acometida com mortes inexplicáveis", " A escuridão em pessoa no visitou", "Ela está aqui" etc...

Um sentimento estranho tomou conta do ambiente.

- Ele ficou semanas sem escrever nada. E então uma única frase "A montanha Sagrada de Prythian foi violada, e de uma fenda pútrida um exercito de aranhas surgiu"

- Por anos ele não escreveu. Talvez ele tenha se esquecido do diário, ou talvez a guerra tenha durado anos. A última folha do livro estava manchada com algo negro e vermelho. Me parecia ser sangue negro e vermelho. E como se estivesse escrito às pressas entre sangue negro e vermelho duas palavras: Cura e Luz.

Meu coração batia de forma retumbante.

- Você acha que isso é uma coincidência? Acha que o fato de eu ter escutado "montanha" e "aranhas" em meu sonho signifique alguma coisa?

- Para ser sincero, não sei. Mas me deixou apreensivo - Rhys admitiu - Até ler aquele diário a única coisa que sabia sobre essa primeira guerra, era que quase morremos. Nunca achei nada sobre ela nos livros. Tudo deve ter sido queimado quando os feéricos queimaram os livros com medo de que os humanos os usassem contra eles.

- Não sabemos nada sobre o reino dessa fêmea que vi, seu mundo ou sobre essa guerra - Frustação enchia meu peito - Deixamos para lá e esperamos algo acontecer, ou buscamos mais informações com o pouco que temos?

- Não somos do tipo que se senta e espera - O canto do lábio do meu parceiro se levantou em um sorriso.

- Vou ver se Helion ainda está por aqui e perguntar se podemos fazer uma visitinha a sua biblioteca.

- Sua mente é brilhante - Disse contra seus lábios

- Eu sei - Sua voz era sensual

Rhys deu um tapinha carinhoso em minha coxa para que eu me levantasse de seu colo. Ficamos de pé e ele disparou pelo laço enquanto me envolvia em um abraço apertado.

"Amo você"

"Amo você também"

Rhys beijou minha testa e saiu na direção do corredor vazio.

Me joguei de costas na cama.

"Será que não teremos um único momento de paz?"

Kale chorou no berço, provavelmente porque estava faminto. Tomei alguns segundos antes de levantar e meu filho chorou com mais força.

"Genioso como o pai"

Em um segundo o quarto estava iluminado e no outro envolto em escuridão.

Me levantei abruptamente em desespero procurando a fonte daquele poder, até que vi exatamente de onde vinha. Kale, de birra encheu o quarto com sua escuridão.

"Ele definitivamente puxara ao pai então" - Pensei entre sorrisos - Mas então o sorriso sumiu e meu estomago embrulhou. Lembrei da forma com que o Entalhador falou sobre meu filho. Como o desejou pelo o que ele seria, pelo poder que possuiria. Pode que abalaria mundos e que seria capaz de atrair muitas coisas para o nosso.

Se com dias de vida Kale já demonstrava seu poder dessa forma, as previsões do Entalhador estavam certas.

Meu filho superaria o pai e seria o Grão Senhor mais poderoso que já existiu.

................................................

Rhysand

Dei um longo suspiro quando deixei o quarto. Não podia revelar o que verdadeiramente afligia meu coração. Não poderia confessar a minha parceira o porquê da minha frustação. A razão do enorme vazio que se instaurava no meu peito.

Eu tinha vergonha, mas não poderia me culpar por ter esperança.

Eu deveria ser um idiota por ter tido o mínimo de esperança.

Afastei esses pensamento de martírio e fui em busca de Helion. Se havia um lugar onde poderíamos encontrar essas informações era em uma de suas incontáveis bibliotecas.

Lidaria com minhas frustações mais tarde, a segurança de minha família era a minha prioridade.

.............................................

Maleah

Rhysand e Feyre haviam sumido no fim do corredor, Agnes e Lucien balbuciaram algo sobre caçar borboletas reluzentes, Kaila e Mikael estavam... Bem o que parceiros fazem quando firmam parcerias, Elain estava na cozinha com as gêmeas e Nestha e Cassian treinavam alguns golpes do lado de fora da casa.

Olhava pela janela para os dois treinando quando ele me tirou do transe.

- Quer se juntar a eles? - Azriel ofereceu com uma voz rouca que tremeu cada parte do meu corpo - Podemos adiantar seu treino para a parte da manhã se preferir.

Me virei na direção daquela voz.

- Para ser sincera, prefiro dormir um pouco - Admiti - Passei a noite toda em claro depois de tudo o que aconteceu.

- Tudo bem.

- Mas... Hmmm - Fiquei muito sem graça, não sabia nem como pedir - Será que eu poderia dormir aqui? - Disparei antes que me arrependesse - Kaila e Mikael vão me odiar se eu entrar naquela tenda agora.

Azriel curvou a cabeça para trás e urrou uma gargalhada.

Eu seria um mentirosa se não admitisse que era um cena linda. Corei só com esse pensamento.

- Mas é claro - Ele disse contendo a risada - Pode dormir na minha cama se quiser.

- Não, não quero atrapalhar - Me apressei ao me explicar.

- Você não me atrapalha, Maleah - seu tom ficou um pouco mais grave - Nunca me atrapalha.

Abaixei a cabeça um pouco sem graça e dei de ombros.

- É o quarto a esquerda - Ele me informou ao apontar na direção de seu quarto - Vá se acomodando, vou até a cozinha pegar algo para você comer.

- Obrigada, mas não prec...

Ele já havia disparado para a cozinha e nem ao menos tinha me escutado. Então deixei a sala e caminhei até seu quarto. O quarto de Azriel.

Abri a porta o seu cheiro impregnado em cada objeto no quarto me deu boas vindas. Me sentei em sua cama e esperei. Um, dois, três, cinco, dez, quinze minutos...

Estava quase pegando no sono quando algo fez meu coração acelerar, um par de olhos curiosos me observava da janela. Olhos como de corça.

Elain. De forma assustadora a irmã mais nova de Feyre me oberava sentada na cama do Mestre Espião.

- Demorei demais? - Azriel disse ao abrir a porta com uma bandeja nas mãos que continha uma tigela de mingau e pão fresco - Tive que pedir Nuala para que fizesse mais um pouco para você. Cassian comeu quase tudo no café da manhã, acredita? A desculpa dele foi que na festa de ontem não haviam servido comida o suficiente.

Azriel reparou em meu rosto e perguntou:

- O que aconteceu?

Olhei para a janela, mas a fêmea não estava mais ali.

- Nada - Menti.

Azriel colocou a bandeja no meu colo e arrastou uma cadeira para se sentar em minha frente.

Mas antes que se sentasse perguntou sobressaltado:

- Se incomoda? Quer ficar sozinha? - Ele se enrolou com as palavras - Eu nem ao menos perguntei se você me queria aqui. Me perdoe.

- Ei - Segurei em uma de suas mãos - Está tudo bem. Nunca gostei de comer sozinha mesmo.

Abri um sorriso para ele e o agradeci novamente pela comida. Tomei uma colherada do mingau e mais do que meu estômago foi atingido por aquele sabor.

- Está ruim? - Azriel se precipitou - Eu posso arranjar uma outra coisa.

- Você definitivamente precisa relaxar - gargalhei - O mingau está bom, na verdade está ótimo. O gosto dele me lembrou o mingau que minha mãe fazia para mim, não que eu tenha muitas lembranças dela, mas essa é uma das que mais me marcou.

- Sério? - Ele perguntou com curiosidade

- Depois que me tiraram dela, por muito tempo não tive uma refeição decente. Talvez por isso o sabor tenha se tornado algo tão marcante para mim, nas casas em que servia sempre comia o que havia sobrado dos dias anteriores - Confessei entre duas colheradas.

- Tem outras lembranças dela além dessa?

- Não muitas, eu era bem pequena quando nos separaram. Muito do que sei sobre ela foi o que as pessoas que me usavam me contavam.

Fúria encheu meu coração.

- Que ela era uma vagabunda por ter aceitado ser amante de um senhor casado, que era um ser mais imundo ainda por esse homem ser casado com sua própria irmã.

Os olhos de Azriel se arregalaram.

- Minha mãe não teve escolha, foi forçada por ele. Sei bem por que ficávamos em um calabouço escuro de uma das muitas casas desse senhor. O desgraçado queria ter as duas, tanto minha mãe como minha tia. Mas mesmo que muitos soubessem, ele gostava de manter as aparências.

As mãos de Azriel se fecharam com força. Eu tinha certeza de que ele provara pesares semelhantes aos meus.

- Eu não me lembro de uma única vez que ele tenha ido me ver, minha mãe só era requisitada quando ele a queria em sua cama. Era um verme nojento.

- Sinto muito, Maleah.

- Tudo bem, já faz muito tempo mesmo - engoli o resto do mingau - A única coisa que não entendia, era como eles tiveram a capacidade de culpá-la por algo que ela não teve escolha.

Azriel colocou uma mão em meu ombro.

- Quando fiz quatro anos fui vendida a uma família que precisava de uma companhia para sua filha. Minha mãe não pôde fazer nada, lembro de espernear enquanto me arrancavam dela. E das inúmeras chicotadas que ela levou por ousa gritar meu nome.

- Anos mais tarde aquele senhor morreu e minha mãe foi morta por ter se permitido ser amante de um homem casado. Ela morreu por um crime que foi forçada a cometer.

Azriel cuidadosamente tirou a bandeja do meu colo e me envolveu em um longo abraço. O abracei de volta. Não sei por que, mas o gesto fez com que lágrimas queimassem em meus olhos.

- Você está segura agora, Maleah - Ele disse ao meu ouvido - Não precisa mais se preocupar.

Azriel lançou sombras na direção da janela para que a claridade não entrasse, ou para que ninguém visse o que estava acontecendo ali dentro.

- Deite-se - Ele disse carinhosamente enquanto me deitava em sua cama - Agora descanse.

Ele já se encaminhava novamente para a cadeira quando pedi:

- Poderia se juntar a mim?

Ele enrijeceu o corpo com surpresa, mas então se deitou na cama de frente para mim.

- Não precisa ter mais medo. Estou aqui por você agora, Maleah - Seu hálito era quente contra o meu rosto.

- Só Ma, me chame de Ma.

- Então me chame de Az.

Assenti com um tímido sorriso nos lábios.

Azriel me olhava com tanta ternura no olhar que meu coração doeu. E em poucos segundos seus lábios estavam grudados nos meus. Mas dessa vez suas mãos ficaram somente em meu rosto. Como se temessem tocar onde as feridas da minha alma pudessem ser abertas.

Quando terminamos aquele beijo eu disse:

- Eu não quero te magoar, Az. Mas eu tenho tanto medo - Admiti enquanto olhava em seus olhos - Tanto medo de que minha feridas acabem te ferindo também. Que minha escuridão te consuma.

- Então providenciarei que todas elas se sarem o mais rápido possível, porque não estou disposto a abrir mão de você por qualquer coisa. Se tem medo da escuridão, então serei sua luz. Esperei mais de quinhentos anos por essa felicidade - Os olhos de Azriel brilhavam - Marcharia até o além mundo se a cura de sua alma estivesse lá.

- Não vou abrir mão de você - Ele repetiu e seus lábios encontraram os meus mais uma vez - Agora durma, Ma. Durma porque o dia será longo.

Repousei minha cabeça em seu peito e o obedeci.

......................................

Oi meus bebes, me desculpem pela demora.

Não, não vai ter dependência emocional de Az e Maleah. Podem ficar calmos.

Vocês já sabem o motivo, não vou ficar aqui repetindo. E tenho certeza de que super me entendem. Muito obrigada, amo cada um de vocês.

Fiquem bem, e eu vou tentar ficar bem.

.................................................................

Mais uma vez eu peço, se vocês virem alguém copiando o menino que seja da minha história por favor me avisem. Isso está me deixando muito triste e desanimada.

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VOTEM MUITO E SIGAM A TAY AQUI NO WATTPAD ❤

Gostou da História? Então comenta e curte bastante. Muitas das minhas teorias estarão presentes nessa fanfic. Abordaremos inúmeras histórias aqui, espero que vocês se divirtam.

Todo sábado teremos capítulos novos, mas se vocês baterem as metas capítulos extras serão postados na quarta.

PLÁGIO É CRIME

O livro é da Sarah J. Maas, mas a história é minha. Se eu vir pessoas utilizando os meus textos, ou parte deles denunciarei. Não só no site, mas criminalmente. O Texto é minha propriedade intelectual e isso se configura plágio. Cuidado!



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