Dancing with the Devil

By larrysindromw

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É 1967 e Harry está cansado de ser o menininho religioso que todo mundo tira sarro. Cansado de Deus fingindo... More

Prólogo
Prólogo II
I. "Invocação"
II. "Deus te abençoe"
III. "O mal em pessoa"
IV. "Menino favorito"
V. "Ataque do Coração"
V. "Ataque do coração II"
VI. "Os Castrati"
VI. "Os Castrati II"
VII. "Língua afiada"
VII. "Sharp Tongue II"
VIII. "Dançando com o Diabo I / II"
VIII. "Dançando com o Diabo II / II"
IX. "Troca de almas"
XI. "Halloween"
XII. "Confissões da meia-noite"
XIII. "Fogo Interno"
XIV. "O Príncipe do Inferno"
XV. "Puro mas Culpado"
XVI. "Destruidor de corações"
XVII. "Na hora da minha morte"
XVIII. "Lá em baixo"
XIX. "Lar, não tão doce, lar"
XX. "A promessa do diabo"
XXI. "Pelos bons tempos"
XXI. "Pelos bons tempos II"

X. "Amar o Diabo dói"

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By larrysindromw


N/a: voltei!! sonhando todos os dias com o harry em mais um filme aiai,,,,,, e vcs??

comentem pff :)

**

Será que a morte extraiu o desejo que ele tinha de viver? Será que ele costumava ter um desejo de viver antes que essa dor no seu peito surgisse?

Depois de deixar a igreja, sua família fingiu não perceber que ele estava estranho. Anne perguntou algumas vezes se ele estava bem porque seu filho parecia estar tendo sérios problemas para caminhar, mas desde que a reunião com sua família lavou o seu cérebro - embora o que eles pensassem fosse verdade, Harry realmente tinha o diabo com ele - ela não queria chegar muito perto. Ela seguiria tudo como planejado.

Era literal demais para ele voltar para casa, descer os degraus e dormir. Ele nem mesmo percebeu quando adormeceu. A inquietação era muito forte, a dor no peito muito visível. Ele se perguntou se estava morrendo. Ele rezou para que sim, para que ele nunca mais sentisse esse vazio.

Ele acordou no dia seguinte e não sabia há quanto tempo estava olhando para o teto, respirando pesadamente, fracamente. Louis não voltou, e isso acabou ainda mais com ele. Ele não queria morrer sozinho. Ele não se sentia tão mal quanto no dia anterior, pelo menos ele podia ficar em pé, contanto que estivesse apoiado em alguma coisa.

O dia passou como se nada tivesse acontecido, e ninguém, a não ser sua irmã, perguntou o que estava errado. Ele podia até ouvir sua mãe a mandando ficar quieta e continuando a fingir que estava tudo bem. Ele diria isso a Louis, se ele não o matasse.

Ele foi para a escola e vestiu um grande casaco cinza com botões. O frio perfurou seus ossos, mesmo no outono. Um dia atrás, ele estava de shorts e agora tremia de frio, os lábios roxos e a pele pálida. Felizmente, Fionn não estava lá naquele dia, e ele podia evitar as perguntas que ele não tinha respostas.

Ele voltou para casa no carro do pai com a mãe dirigindo algumas horas depois. Ele não comeu nada o dia inteiro porque a primeira coisa que bebeu - uma caixa de suco de laranja, já que não estava com disposição para o café da manhã - estava agora no banheiro. Ele vomitou imediatamente, aparentemente seu corpo rejeitava qualquer coisa que o fizesse se sentir bem.

Quando chegou em casa, ele nem cumprimentou sua tia e seu tio, que estavam bebendo chá na sala de estar. Ele notou que seu pai estava prestes a repreendê-lo por ser rude, mas ele voltou atrás instantaneamente porque se lembrou das palavras do diabo. Ele tinha que ser muito cauteloso.

Finalmente, desceu os degraus com cuidado, abrindo a porta do quarto, acendendo a luz e girando para trancar a fechadura. Ele não queria ver ninguém. Ele suspirou e se virou, com o coração acelerado ao notar o diabo a alguns centímetros de distância, no outro extremo do quarto, para ser exato.

Ele parecia diferente.

Seus olhos estavam arregalados e vermelhos, suas pupilas muito dilatadas, sua mandíbula trincada e seus punhos cerrados enquanto ele continuava observando Harry com um olhar sombrio. o menino ficou paralisado quando o viu assim, porque, por favor, ele era tão estúpido por não ter pensado em como o diabo seria quando estivesse com raiva. Ele pensou que seria o precioso Louis? Aquele que o segurou nos braços enquanto fazia amor com ele? Aquele que aliviou suas lágrimas com palavras doces? Não.

O silêncio reinou na sala por alguns segundos. Harry não ia falar nada, seria muito desrespeitoso.

"...O que você fez?"

Alguém acreditaria nele se ele falasse que nunca teve o medo que todo mundo tem de Louis? Se ele jurar que apesar de ele ser o diabo, Harry nunca viu ele como horrível, aterrorizante e cruel? Será que ele estava tão apaixonado assim? A voz do diabo tinha saído tão baixa, rouca e quieta que era muito arrepiante. O menino sentia vontade de chorar, mas sequer conseguia. Até seus olhos, mesmo embaçados de lágrimas, não liberava nem mesmo uma.

Ele não podia mais chorar.

Ele tentou engolir com força e, em um ato de desespero, ele queria fugir. Ele precisava se refrescar. Um banho, sim.

Ele correu para o banheiro, com as pernas tremendo, mas antes que conseguisse entrar, pulou em seu lugar quando a porta se fechou abruptamente. Ele se encolheu antes de se virar para ver Louis, e Louis apareceu na sua frente, fazendo-o andar para trás e bater as costas contra a madeira da porta.

Uma leve risada no meio de uma expiração escapa dos lábios do diabo "Você está tentando fugir de mim?" Sua respiração era tão forte que um quadro caiu no chão, e os outros tremeram levemente na parede "De mim? O único que te protegeu"

"N-não estou tentando fugir de você." Harry gagueja, erguendo o rosto e olhando nos olhos de Louis, implorando para que ele acreditasse nele.

As sobrancelhas do diabo se ergueram, fingindo surpresa. Ele não gosta desse Louis, esse Louis é mau e sarcástico, "Não? E o que você estava tentando fazer correndo para um outro cômodo?" Ele se aproxima abruptamente do rosto do adolescente e o cheira antes de se afastar. "Você está com um cheiro diferente. Você parece diferente. O. que. você. fez?"

"Lou...."

A respiração abrupta e profunda que Louis solta o faz afundar mais contra a porta, assustado enquanto o pequeno beicinho no seu lábio inferior se tornava muito visível. "A quem diabos você deu parte da sua alma?" Seus pensamentos se tornaram reais. "Você e eu tínhamos um acordo"

Oh

A maneira que ele disse isso...

"Você e eu tínhamos um acordo." Apenas um acordo.

Sem amor, sem sentimento. Nada. Harry se perguntou se alguém realmente já sentiu o coração se quebrar. A sensação pesada no estômago, as mãos ficando frias, o peito apertado e a esperança se despedaçando. Até os pensamentos sobre a pessoa que o quebra mudam, e não porque você pensa que ele é um um idiota. Apenas... tudo se torna distante.

Ele não conseguia respirar. Louis escorregou por entre os seus dedos e agora ele não era nada.

Como ele podia ser tão burro para acreditar que Louis o amava? Ele repetiu para si mesmo milhares de vezes. O Diabo é um mentiroso. O Diabo é um mentiroso.

O Diabo é um mentiroso.

"- Eu poderia fazer com que ninguém te machucasse novamente ... nunca mais."

O Diabo é um mentiroso.

- Louis, acho que estou virando uma má pessoa.

- Impossível, ainda sinto cheiro de pureza em você.

- Mesmo que eu tenha invocado o diabo?

- Isso não foi um ato mau. Foi um ato de desespero diante da maldade dos outros. Muitos não entenderiam.

- Ninguém entenderia.

-Eu entendo."

Doía muito.

"Uma parte de mim adora ver você perder sua vida aos poucos. Mas outra parte de mim faz todos os esforços, chegar a serem até divertidos, só para te ver sorrindo. Isso nunca aconteceu comigo antes.

Mentiroso.

Inexpressivelmente, ele se vira e abre a porta do banheiro, fechando-a rapidamente atrás dele. Ele sabia que Louis poderia simplesmente aparecer lá dentro, mas, oh, ele não queria vê-lo. Ele não conseguia. Ele se esforçou tanto para respirar quando se inclinou trêmulo na banheira e começou a enchê-la com água. Ele não conseguia nem chorar, e sentia que estava prestes a entrar em colapso.

Ele simplesmente tira seus suspensórios, e um calafrio percorre sua espinha quando sente alguém parado atrás dele o observando.

"Você não cumpriu a sua parte do acordo."

Harry nega lentamente, respirando pela boca e tentando parar de ver os pontos pretos que apareciam em sua visão. "Você também não" Ele sussurra, sufocado. Ele não pode tirar a roupa, ele não tem forças pra isso. "Você disse que eu queria alguém que me amasse verdadeiramente."

"E você tem isso"

"Mentiroso." Ele não pode chorar, então ri sem entusiasmo, fechando os olhos por alguns segundos antes de abri-los novamente. Tudo está tão escuro. Ele sente que vai cair a qualquer momento "Você me disse que era um mentiroso e que não tinha sentimentos. E é tudo verdade. Você não cumpriu nada porque nunca me amou."

Ele pode jurar sentir a raiva de Louis em seu próprio peito, mas ele tinha que dizer como se sentia. De qualquer maneira, esses podem ser seus últimos minutos. Ele mal estava de pé, assumiu que era o desespero que o mantinha acordado e um pouco são.

"Você ousa julgar o que eu penso ou sinto?" Harry o ignora quando se sente desesperado por ar. Ele rapidamente levanta as pernas e entra na banheira, mas não consegue se sentar porque Louis agarra o braço dele, virando-o e colocando-o de frente pra ele. "Pare de fugir e me responda" Ele levantou a voz um pouco e pareceu um pouco perdido assim que viu a expressão de cansaço em seu garoto favorito.

"Louis..." Harry disse suavemente, como se toda a raiva e dor tivessem passado. Ele levou as duas mãos ao peito do diabo, tocando-o. Ele não podia mais continuar. Era hora de dizer adeus. Ele respirou fundo, o que não foi bom. "Tudo o que eu queria desde que descobri que você era real era ter você por perto. Eu... eu nunca iria fugir de você." Ele balança a cabeça lentamente enquanto descansa a bochecha no peitoral quente de Louis, incapaz de manter os olhos abertos. "Não importa se isso é apenas um acordo para você, ou se você vai me matar da maneira mais cruel possível. Você pode me usar se quiser, não importa. E-eu... eu nunca fugiria de você. Eu te amo."

O diabo envolve os braços em volta da cintura de Harry quando o menino relaxa as pernas completamente, quase inconscientemente. Como essa doce criança pode viver tanta coisa ruim? Como um anjo como Harry poderia amar alguém como ele? O próprio diabo.

Como o diabo podia ser tão tolo por se apaixonar pelo garoto? Ele não sabia como dizer, não sabia como provar isso porque era um demônio. E nada de bom vinha deles. Eles apenas tocam, abusam, destroem, machucam e estão em lugares que não deveriam estar.

"Harry" ele chamou, sacudindo-o um pouco nos braços, mas ele não respondeu. Com desespero no peito, ele carregou o menino encaracolado melhor nos braços e entrou na banheira. Ele se sentou, encostado na beirada com o pequeno corpo gelado de Harry em cima dele.

Ele segurou a cintura do adolescente com um braço e, com a mão livre, pegou o queixo do garoto. Ele molhou o seu rosto pálido e deu tapinhas na bochecha do menino.

"Abra seus olhos, ei... " Ele deu um tapa um pouco mais forte e os olhos de Harry se abriram um pouco, mesmo que ele não pudesse respirar tão bem. "Olhe para mim. Olhe para mim, garoto."

Louis olha para ele enquanto palavras ininteligíveis saem lentamente de seus lábios. Harry não pode tirar os olhos do diabo e ele não quer. Ele sente que suas bochechas começam a esquentar, assim como todo o seu corpo, ele não sente seus lábios congelados mais e o ar fluía para o seu peito novamente, forçando-o a respirar fundo enquanto seu batimento cardíaco acelerava. Ele pode manter os olhos bem abertos agora, tudo não parece mais tão escuro e a horrível inquietação que ele sentia se foi.

Em choque e impressionado com tudo o que já havia sentido, ele simplesmente olhou para Louis, os olhos cheios de lágrimas e (para seu grande alívio) algumas caindo pelas bochechas.

"O que você fez?"

"Você não vai morrer hoje" Ele simplesmente respondeu, com determinação.

Os soluços de Harry começam pequenos, silenciosos e ficam mais altos, ele cobre o rosto e treme, se dando conta agora de que ele realmente iria morrer. Era horrível, não era nada pacífico e não havia luz. Não para ele. O diabo o abraçou contra o seu peito, deixando o garoto descansar em seu corpo. Ele o abraçou com necessidade em senti-lo em seus braços, para se acalmar. Cada soluço do seu menino era como uma adaga no seu peito, porque ele podia sentir a dor de sua alma pura fisicamente. No entanto, ele aguentou.

"Você disse que me amava"

Harry soluçou, fungando o nariz e assentindo "Sim" ele murmurou, e o choro continuou mais alto. Ele precisava se aliviar, parar de se sentir tão rejeitado, tão vulnerável.

Louis não respondeu, ele apenas deixou beijos suaves na pele do pescoço de seu garoto favorito e o abraçou pela cintura, procurando alguma maneira de fazer com que ele se sentisse bem. Ele sabia como fazer isso, mas ele simplesmente... Não podia.

Porque se ele dissesse a Harry o que ele queria ouvir... tudo ficaria tão, tão complicado.

Amar ele doía.

**

vixi se amar os noia aqui do meu bairro ja doi imagina o próprio capiroto..........

não esquecam de votar!! vejo vcs domingo bjus 

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