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Per Villowz

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π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„ | Solaris King era uma mulher bem sucedida. JuΓ­za de renome e ao mesmo tempo uma mΓ£e present... MΓ©s

━━━ π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„
━━━ π„ππˆΜπ†π‘π€π…π„ (π€π“πŽ π”πŒ)
01 ━━━ Acampamento
02 ━━━ Primeiro zumbi
03 ━━━ Ataque
04 ━━━ A esperanΓ§a estΓ‘ morta hΓ‘ muito tempo (serΓ‘?)
05 ━━━ Uma chance (CDC)
06 ━━━ Tudo acabou
07 ━━━ ExplosΓ£o
08 ━━━ Perdidas
09 ━━━ Uma centelha de esperanΓ§a que se acendeu aos poucos
10 ━━━ A fazenda Greene
11 ━━━ NΓ£o era um zumbi
12 ━━━ celeiro
13 ━━━ Sophia
14 ━━━ Bomba relΓ³gio
15 ━━━ Curiosidades
16 ━━━ Grupo Quebrado
17 ━━━ Horda
18 ━━━ ReuniΓ΅es e tensΓ΅es
19 ━━━ Lar doce lar
20 ━━━ Thomas e os prisioneiros
21 ━━━ Lindo dia
22 ━━━ Maggie e Glenn
23 ━━━ Duplo Resgate
24 ━━━ Lutar pra viver
25 ━━━ Eu acho que gosto de vocΓͺ
26 ━━━ NΓ£o vamos cair sem lutar
27 ━━━ Guerra
28 ━━━ Uma paz merecida
29 ━━━ Passos de formiga
30 ━━━ 15 dias sem acidentes
31 ━━━ 30 dias sem acidente
32 ━━━ De um jeito ou de outro
33 ━━━ Γ‰ eles ou vocΓͺ
34 ━━━ Estamos bem. Vamos ficar bem.
35 ━━━ Um pouco de normalidade
36 ━━━ A queda
37 ━━━ Uma busca difΓ­cil
38 ━━━ SantuΓ‘rio para todos uma porra
39 ━━━ Filhos de aΓ§o
40 ━━━ Que possamos no encontrar novamente (EpΓ­logo)
AGRADECIMENTOS + CURIOSIDADES

00 ━━━ PrΓ³logo

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Per Villowz

Solaris pegou a filha na escola mais cedo naquele dia, tudo estava um caos, ela tinha visto as notícias sobre o vírus há uns dias atrás mas não imaginava a proporção enorme que aquilo havia tomado. E ela pensava que o governo conseguiria dá conta. Perda de tempo.

Quando o jornal anunciou que todos ficassem em suas casas porque pessoas estavam matando pessoas com os próprios dentes foi justamente isso que Solaris fez. Ao contrário de algumas pessoas que resolveram saquear supermercados e farmácias. A mulher só esperava chegar na casa dos seus sogros antes do anoitecer.

Aurora percebeu tudo, não foi apenas a mãe que a buscou cedo, todos os alunos foram dispensados mais cedos. Durante todo o trajeto até sua casa, ela notou as pessoas pegando seus carros com bagagens, outros correndo e se trancando dentro de casa, alguns desesperados correndo pela rua. Solaris fazia de tudo para desviar dessas pessoas.

Sua mãe também estava desesperada e ela não entendia o porquê. A garotinha sinalizou para a mãe perguntando o que estava acontecendo enquanto era puxada para dentro de casa. 

— Babie, preste atenção. Quero que suba as escadas e coloque roupas e seus aparelhos auditivos, ok? — Solaris explicou na altura da filha de dez anos ao passo que sinalizava. Aurora acenou em positivo — Não se esqueça dos aparelhos é importante. — Solaris enfatizou mais uma vez gesticulando de maneira mais expressiva e Aurora subiu pro quarto obedecendo as ordens da mãe.

Solaris suspirou assustada e passou a mão trêmula no rosto, estava sozinha com a filha, seus pais moravam em Londres, e o sinal tinha se perdido. Sua única esperança era a família de seu marido falecido. O pai de Aurora, tinha morrido em um acidente de carro quando a menina tinha apenas três anos. E agora estava sozinha mas protegeria a filha se isso significasse sua morte.

A mulher caminhou até a cozinha afim de separar uns enlatados e algumas maçãs com garrafas de água e remédios, por ora era suficiente. Depois de separados, Solaris foi pro seu quarto arrumar sua própria bolsa. Milhões de pensamentos vagavam em sua mente e o medo dominava todo o seu ser. Os mortos vivos andavam e a morte estava a uma mordida.

Solaris estava absorta arrumando suas roupas e tudo que precisaria. Um puxão em seu terninho a fez pular de susto e assim ela se deparou com sua filha com a mochila nas costas, seu aparelho auditivo no ouvido e um ursinho de pelúcia que ganhou do pai. A mãe se acalmou e se abaixou na altura da filha, estava na hora da pequena saber o que estava acontecendo.

— Já arrumei tudo. — Aurora respondeu enquanto sinalizava. — Também peguei Flocos. — ela apontou pro urso e Solaris soltou um pequeno sorriso, acariciando os cabelos de fogos iguais aos dela.

— Você precisa prestar muita atenção ao que a mãe vai dizer agora. Nós vamos para a casa do vovô porque tem gente muito má matando outras aqui cidade. — Solaris tentou explicar de um jeito fácil para a filha entender. Mas não podia culpá-la caso ela não entendesse, nem ela estava entendendo.

— E os policiais? Por quê não prendem eles? — a filha perguntou.

— Os policiais não estão dando conta, há muitas pessoas más. — Solaris expressou, às vezes ficava surpreendida com a esperteza da filha. — Por isso  precisamos sair daqui.

Solaris se levantou, colocou a mochila nas costas, estendeu a mão para a filha e a levou para a cozinha para buscar os suprimentos que ela havia separado. Solaris olhou para casa uma última vez, um lugar que tinha tantas lembranças boas e que ela deixaria para trás. A sobrevivência é a única coisa que importa agora.

A mãe colocou a filha no carro com suas bolsas perto das mesmas, e dirigiu, para fora da cidade. O engarrafamento era grande, várias pessoas buzinando, gritando. Algumas simplesmente abandonaram o carro e correram para o mais longe possível. O coração de Solaris batia tão rápido que lhe dava ânsia, e sua tristeza ganhava vida quando olhava pra filha totalmente desorientada, olhando de um lado pro outro sem entender nada. Um grito de pavor foi ouvido e Solaris decidiu abandonar o carro.

— Coloque sua mochila. — Solaris sinalizou para a criança enquanto colocava sua própria bolsa a menina obedeceu prontamente.

Solaris saiu primeiro do carro quase sendo atropelada por um homem que corria desesperado, a mulher logo se recompôs indo para a porta da filha arrumando a boina da mesma e colocando-a em seu colo. A filha pesava mas a única coisa que Solaris pensava era mantê-la em segurança. Depois de se afastarem do engarrafamento, Solaris e Aurora já estavam longe da cidade, a menina estava no chão mas perto da mãe que se mantinha atenta a tudo. — Estamos chegando? — Aurora perguntou.

— Estamos sim babie. — Solaris respondeu colocando confiança em suas palavras mesmo que ela não tivesse certeza para onde estava indo, há alguns metros a mulher viu um pequeno grupo que tinha crianças. Eles poderiam ajudar.

— Olha mamãe. — a ruivinha apontou para o pequeno grupo que Solaris viu.

— Vamos lá babie. — Solaris chamou, com Aurora atrás de si, mesmo que tivessem crianças ainda sim era bom manter a cautela.

— Olá. — Solaris cumprimentou o grupo contendo duas mulheres, duas crianças e dois homens, um deles policial. O que parecia ser policial saiu do carro e caminhou em direção a Solaris.

— Olá. — o homem a cumprimentou, e Solaris engoliu em seco, puxando a filha mais pra trás — Eu sou Solaris King e esta é minha filha Aurora. Estamos tentando sair da cidade, tive que abandonar o carro.

— Olá querida. Eu sou Lori Grimes e esse é Shane Walsh e esse aqui é meu filho Carl. — A morena puxou o menino enquanto afastava Shane da ruiva.

— Eu sou Carol, essa é minha filha Sophia e esse é meu marido Ed. — Carol apresentou sua família o último apenas deu uma tragada em seu cigarro olhando para o corpo de Solaris. Ela não gostou daquele homem.

— Podemos ficar com vocês? — Solaris perguntou, sabia que era uma pergunta arriscada. Mas Solaris sentiu que aquelas pessoas eram boas exceto Ed mas a mulher manteria a si e sua filha longe daquele cara. — Pelo menos até eu achar outro carro. — Sua ideia de ir para a casa dos sogros ainda estava queimando em sua mente.

— Shane? — Lori perguntou para o policial que avaliava a ruiva buscando alguma ameaça mas viu que não havia nada.

— Tudo bem. — Shane deu seu veredicto e voltou para o carro para ouvir as notícias, Solaris deu seu primeiro sorriso genuíno hoje. Virando-se para a filha ela tirou a mochila da mesma e pegou o urso que tinha guardado logo antes de saírem do carro e entregou para a criança a guiando para perto de Carl e Sophia.

— Será que vocês poderiam ficar um pouco com a minha filha? Ela se chama Aurora. — Solaris introduziu a menina para as duas crianças.

— Por que ela usa isso no ouvido? — Carl perguntou.

— Carl. — Lori esbravejou em censura olhando para Solaris com um pedido de desculpas. A ruiva apenas deu um sorriso tranquilizando o garoto que depois da censura da mãe se mostrou sem graça.

— É pra ela ouvir melhor. Aurora tem perda auditiva neurossensorial bilateral, ela não consegue ouvir muito bem mas ela sabe falar. — Solaris começou enquanto acariciava os ombros da filha. — E consegue entender se vocês falarem devagar e em um tom audível. Posso deixá-la aqui?

— Senta aqui Aurora. — Sophia falou pausadamente e Solaris achou aquilo adorável. A filha soltou um sorriso e pulou para se sentar ao lado da nova amiguinha, os três começaram a brincar e Solaris caminhou em direção a Lori com as bolsas em mãos.

— Você pode deixar suas mochilas no porta malas. — Lori falou enquanto pegava a outra mochila da mão de Solaris e as duas foram guardar as mochilas.

— Obrigada Lori. — Solaris sorriu simpática. As duas mulheres se sentaram no capô do carro de Shane para se conhecerem melhor.

Lori lhe contou de como seu marido policial foi baleado antes do caos acontecer e como Shane tinha ido para o hospital em busca dele e viu que ele estava morto e Solaris comentou que tinha se tornado mãe solteira depois que seu marido faleceu em um acidente de carro e como Aurora perdeu a audição depois de contrair meningite aos três anos. Era bom para se conhecerem melhor já que pelo visto ficariam juntos.

Eles ouviram alguns helicópteros, Lori e Solaris pararam de conversar observando os helicópteros voando para a cidade de Atlanta. Solaris enrugou o nariz, aquilo estava estranho.

— A gente vai embora logo? — Sophia perguntou também prestando atenção no céu.

— Eu não sei querida mas espero que sim. — Carol respondeu amorosa.

— Tô com fome. — Carl falou se virando para a mãe.

— Eu sei Carl, todo mundo tá. — Lori respondeu e antes que Solaris pudesse pular a capota do carro e pegar alguns enlatados que trouxera Carol foi mais rápida.

— Vou pegar alguma coisa pra ele comer. — Carol comentou — Ed gosta dessas comidas de sobrevivência. — Ela continuou enquanto dava a volta no carro.

— Eu agradeceria muito. — Lori falou saindo do capô e Solaris seguiu seu movimento. As duas mulheres ouviram uns burburinhos violentos do outro lado e elas perceberam que Carol tinha sido interceptada e não voltaria com a comida.

— Eu tenho algumas frutas e enlatados, vou pegar. — Solaris disse para Lori que sorriu agradecida para a mulher. Lori seguiu para Shane que tentava contatar alguém pelo rádio e Solaris foi para sua filha perguntando em língua de sinais se estava bem. Depois de uma resposta positiva de Aurora, Solaris guiou-se para o porta mala do carro, pegando as três maçãs que tinham na mochila, era suficiente, uma pra cada criança.

— Olha aqui. Tenho maçãs pra vocês. — Solaris entregou as maçãs pra cada que agradeceram com um sorriso. Shane e Lori caminhavam em sua direção — Achou algo?

— Não há nada. Nem um sinal de transmissão, nenhuma mensagem sobre o centro de refugiados. — Shane respondeu com as mãos na cintura. — Nós vamos dar uma olhada lá na frente. — O policial apontou para ele e Lori.

— Quero ir com vocês também. — Solaris anunciou. E o homem assentiu em consentimento. A mulher se virou para Carol que se aproximava das mulheres enquanto que Shane se distanciava.

— Ed deve ter esquecido a comida.

— Tudo bem Carol, dei umas maçãs que tinha guardado na bolsa. — Solaris tranquilizou a mulher.

— Sem problemas. Eu só quero te pedir um favor, nós vamos com Shane ver o que tá acontecendo lá na frente. Você pode ficar de olho em Carl e Aurora? — Lori pediu.

— Tudo bem. — Carol concordou e as mães foi cada um pro seus filhos. Solaris chamou Aurora que se virou para a mãe.

— Quero que fique perto de Carol, vou ali na frente ver o que está acontecendo com Lori e Shane, ok? — Solaris perguntou sinalizando ao mesmo tempo que falava devagar. Antes de tudo isso, Solaris não forçava Aurora a se comunicar pela fala mas agora a mãe via a necessidade de Aurora usar a voz.

— Tudo bem. Volta logo. — Aurora sinalizou.

— Diga. — Solaris pediu.

Aurora a olhou sem entender mas acatou a ordem da mãe.

— Tudo bem. Volta logo. — Aurora falou enquanto sinalizava.

— Sempre. — Solaris suspirou aliviada.

Os três adultos caminhavam entre as pessoas com Shane guiando o caminho.

— Por que parou a transmissão do centro de refugiados? — Solaris foi a primeira a perguntar e Shane se virou momentaneamente para olhá-la.

— Eu não sei. — o homem respondeu.

— Acha que estão afastando as pessoas? — Foi a vez de Lori perguntar.

— Vão causar uma rebelião se deixarem isso acontecer. — Shane respondeu. Isso finalizou o assunto, os três caminhavam em silêncio por entre o falatório de pessoas. E Solaris pôde ver seu carro totalmente escancarado.

Um estrondo foi ouvido, algumas pessoas começaram a se agitar e Solaris se aproximou mais de Shane. — O que vamos fazer? — Lori repetia a todo momento fazendo com que Shane puxasse a mulher para o lado.

— Ei tudo bem. Vamos fazer o que Rick gostaria que nós fizesse. — Shane falou e Solaris percebeu que era o nome do marido de Lori — Tirar o Carl e você daqui. — Shane finalizou. E Solaris não pôde deixar de sentir um fisgada na boca do estômago. Mesmo que sua filha e ela estivessem juntos deles, era cada um por si. Solaris engoliu em seco enquanto caminhava atrás dos dois.

— Isso não foi um raio. — Lori comentou, depois de ver vários helicópteros mais uma vez.

— Eu quero vocês duas grudadas em mim. — Shane ralhou caminhando para fora da estrada com as duas em seu encalço. Solaris tentava não cair no chão íngrime e sua surpresa foi grande quando Shane estendeu a mão para ela.

— Obrigada.

Onde estavam dava uma vista direta para Atlanta, e a explosão veio, se não tivesse partido ela e sua filha estariam mortas. Ela estava em choque e os murmúrios agitados a sua volta passavam em câmara lenta. Era isso. O fim está aqui. O apocalipse era real. E agora o mundo pertencia aos mortos. E única coisa que Solaris tinha em mente era proteger sua filha, custe o que custar.



A edição começou, aos poucos vai saindo. Os capítulos que tem esse sinal é porque já foi editado.
Eu estava fazendo umas contas de idade dos personagens principalmente de Aurora e eu vi a discrepância exagerada. Então estou mudando as idades das crianças. O apocalipse começa em 2010 então Aurora tem dez anos, Carl tem doze e Sophia tem treze. Solaris tem 32, Daryl tem 37 e Glenn tem 24.

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