A Filha Do Caos - saga A Capa...

By HeyFernandaF

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Livro 1 - Saga A Capa Na pacata cidade de Santa Mariana, onde absolutamente nada de extraordinário acontece... More

Nota da Autora
Dedicatoria
| Prólogo |
Parte I: Filha do caos
|Cap I: Nova Escola, novos problemas|
| Capítulo II: Estranhos Acontecimentos |
| Capítulo III: Queenie Harper |
| Capítulo IV: Segredos e Mistérios |
|Capítulo V: Inferno: Bar, restaurante, hotel, loja de artigos para magia e... |
| Capítulo VI: Feliz Aniversário, Luzianna. |
Parte II: A Bruxa Rebelde
|Capítulo VII: A Garota Harper|
|Capítulo VII: Má eu, boa eu|
| Capítulo IX: Hora de contar uma história |
|Capítulo X: Uma ajuda as vezes é boa|
Parte III: A aventura começa
|Capítulo XI: De volta ao lar|
|Capítulo XII: Miguel Skyson|
|Capitulo XIII:A verdade deve ser dita|
|Capítulo XIV: Primos Skyson|
|Capítulo XV: Os problemas da Corte|
|Capítulo XVI: Lilith|
|Capítulo XVII: Histórias de bruxas|
|Capítulo XVIII: Os traumas de Jasmim|
| Capítulo XIX: A casa da família Harper |
| Capítulo XX: Ferimentos que doem |
| Capítulo XXI: Treinamento |
| Capítulo XXII: Trabalho das Sombras |
|Capítulo XVIII: Conversa com um morto.|
| Capítulo XXV: Planos para dizer e esconder |
Capítulo XXVII: A Filha do Caos
|Epílogo: Jantar nocivo|

| Capítulo XXVI: Estrada para o Inferno |

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By HeyFernandaF

"Preparado para desvendar o mundo que existe em baixo de nossos olhos? " 


 |Capítulo XXV: Planos para dizer e esconder|


Jasmim sentia seu corpo ficar mais pesado cada vez que a casa Wale se erguia no horizonte. Segurava a mão de Luzianna, que tentava segurar o choro. Uma se apoiava na outra, se fossem morrer, que morressem juntas.

Logo Jasmim reconheceu os carros e motos parados ali, havia muitos caçadores para o normal e aquilo só a deixou mais nervosa.

Lilith e Roza andavam a sua frente, pareciam recitar feitiços para proteger as garotas caso algum caçador decidir atacar.

Jasmim olhou para Lilith com desconfiança, mas feliz que a mulher não fosse as venderia tão facilmente – pelo menos não para os caçadores.

Michael abriu a porta dos fundos da casa, dando a visão de um grupo de dez caçadores espalhados pela sala de tv e sala de jantar.

Os caçadores analisavam a casa com dúvida e curiosidade, pareciam tentar não tocar em nada ou encarar os moradores, que os viam da mesma forma.

Jasmim e Luzia reconheceram os rostos de Angelic, Miguel, Meredith, Marcus e Ellen, a garota que Jasmim flertou na noite que saiu da Capa.

Meredith era a única que estava sentada e se levantou logo que viu as garotas entrarem.

– O que está acontecendo? – Lilith elevou sua voz, sempre soando poderosa.

– Boa noite, senhora Epsh. – Angelic caminhou até Lilith, a cumprimentando com um desconfortável aperto de mão. Milagrosamente, Angelic não vestia branco hoje, mas uma calça, botas de cano alto e blusa na cor preta com uma jaqueta de couro por cima. Suas madeixas loiras estavam soltas.

– Senhora Skyson, quanto tempo. – Sorriu Lilith, o tom de desdém sempre presente em seu tom de voz.

– Viemos falar com Jasmim Rivera e Luzianna Harper, suponho que a senhora já sabe dos problemas que elas causaram.

Lilith soltou uma risada nasal, olhando para Jasmim e Luzia, que pareciam pequenas ali.

– Elas são adolescentes, não causam problemas. Os causadores de problemas são a querida Corte de vocês, Jasmim e Luzia são apenas bodes expiatórios.

A forma calma e debochada que Lilith falava parecia irritar Angelic e os outros caçadores, porém a bruxa continuava com o sorriso em seus lábios.

– Então não foram Luzia e Jasmim que causaram o barulho estrondoso no céu que aconteceu à dez minutos atrás? – Miguel se envolveu na conversa, Lilith revirou os olhos. Enquanto Jasmim e Luzia se entreolharam, desesperadas.

Por mais que tivesse visto Miguel, a sua presença só pareceu ter algum tipo de impacto em Jasmim ao ouvir o caçador falar. Os dois adolescentes cruzaram seus olhares e, por algum momento, ela sentiu raiva dele. Pensando que mais uma vez ele traiu sua confiança, mas antes mesmo de seu ódio transparecer, Lilith insistiu.

– Vocês ainda não me responderam o que querem com as minhas protegidas...

Angelic, tão fria como pudesse ser, olhou para Luzia. Falando sem rodeios.

– Sua tia desapareceu.

Luzia franziu a testa, era óbvio que com "tia", Angelic queria dizer Delilah, mas ela sabia sobre o seu desaparecimento, Miguel Skyson havia lhe contato há quase um mês. Jasmim percebeu antes de Luzia, principalmente quando o caçador lhe jogou uma piscadela do outro lado da sala. Foi um alívio para a bruxa perceber que, pelo menos daquela vez, o caçador havia mantido sua palavra.

– Eu sei disso.

A resposta de Luzia foi como um corte limpo no ar. Alguns caçadores se entreolharam, mas foi Angelic que percebeu o que havia acontecido.

– Você disse que não havia as visto. – resmungou Angelic para o filho, que continuou com sua postura impassível, respondendo a mãe enquanto seus vorazes olhos azuis continuavam em Jasmim.

– Elas salvaram minha vida era o mínimo que eu podia fazer. – ele deu uma pausa. – E também, eu não trairia a confiança de Jasmim...

– Mas trairia a de sua Capa?

Antes que Angelic ficasse mais brava com o filho, Jasmim intercedeu por ele, se explicando.

– Antes dele ser liberado, eu o obriguei a fazer um pacto de sangue, o proibindo de dizer algo...

Uma gargalhada interrompeu a frase, Miguel ria de olhos fechados, sua risada tão era tão alta que parecia forçar a barra. Jasmim arregalou os olhos para ele, estranhando a risadaria.

Ele estendeu o braço da mesma maneira que estendeu no pacto, mostrando a manga da camisa e mostrando a cicatriz do machucado, ainda marcada na pele alva do garoto. Se aproximando de Jasmim e trazendo seu braço para perto, mesmo o braço da bruxa sendo mais fino e a pele mais escura, a cicatriz era a mesma em ambos.

– Jasmim, querida, eu não sou um bruxo, mas conheço um feitiço falso de longe.

A bruxa abriu a boca pra falar algo, retrucá-lo ou alguma zombaria, mas nada saiu, ela continuou o encarando chocada. O rosto avermelhado podia ser tanto vergonha quanto raiva por ter sido pega na frente de todos.

Quando o Skyson se aproximou mais, Luzia interrompeu, se pondo entre os dois e sussurrando.

– Quer outro soco?

O caçador apenas riu, voltando a sua posição ao lado de sua mãe.

Após isso, Luzia continuou reta, voltando a falar.

– Nós sabíamos disso desde o começo do mês! – os olhos azuis brilhavam enquanto ela falava. Os punhos, Jasmim percebeu, cerrados e as unhas enfincadas no mais fundo possível, mas a dor parecia não atingi-la. – Estamos desde o começo do mês treinando para salvá-la, o que vocês tem feito?

O grupo se olhou, Meredith parecia a única que destoava ali, olhando para os seus sapatos, onde a única pessoa que parecia interessada na sua presença era Mitzy, que rapidamente sentou ao seu lado no sofá.

– A Corte não mandou nenhuma busca à senhora Harper. – Ellen foi a única com coragem para falar. – Eles a colocaram como traidora.

De uma vez só, todos os copos que estavam na cristaleira de Aliah Wale se quebraram. Os caçadores encostados nela tentaram desviar, mas alguns pedaços de vidro machucaram sua nuca e costas. Aliah pedia desculpas, usando magia para recolhê-los, mas todo mundo sabia que não era a mãe da família a culpada.

Um dos caçadores atingidos fez um sinal para Angelic, um mísero movimento com os olhos, olhando o alvo de cima a baixo, depois o seu líder ou superior na missão e aí novamente para o alvo, piscando duas vezes. A maioria não notaria, mas Jasmim conhecia os códigos muito bem, então antes mesmo de Angelic dar a negativa, ela já se colocou ao lado de Luzia, olhando bem no fundo dos olhos do caçador.

– Eu acho melhor vocês irem embora e voltarem amanhã. – Lilith abriu a porta da sala, sinalizando com os dedos longos e magros a parte de fora da casa. – Jasmim e Luzia estão muito cansadas, acho que a conversa renderá mais se os senhores voltarem amanhã e, é claro, com menos gente.

– Mas...

Luzia tentou falar, mas foi mais uma vez interrompida por Lilith.

– Vocês poderão nós encontrar em minha casa, é na cidade. – Uma das caçadoras, Ellen Mutt especificamente, estava prestes a perguntar onde era a casa de Lilith, porém a primeira mulher foi mais rápida, lançando um sorriso de lado para Angelic enquanto falava. – A senhora Skyson sabe o endereço.

Miguel estava prestes a falar mais alguma coisa quando Angelic andou até a porta, sendo seguida por outros caçadores. Antes de sair ela se virou, chamando Meredith, que abraçava Jasmim e Luzia.

– Meredith, amanhã você volta.

– Eu amo vocês. – sussurrou Meredith antes de sair, sendo respondida com um "eu também" por Luzianna e Jasmim.

Jasmim e Luzia continuaram no sofá, olhando para Angelic e Lilith, que pareciam conversar com o olhar.

Por um instante, o olhar de Angelic recaiu sobre Jasmim, logo transferido para Lilith. A loira pareceu pedir algo com olhar, sendo respondido com um simples movimento com a cabeça por parte de Lilith.

Aquilo pareceu ser o bastante para a Skyson, já que a mesma se despediu logo depois.

– Até amanhã, senhora Epsh.

– Até amanhã, senhora Skyson. Tenha uma boa noite. – Lilith desejou, fechando a porta logo após.

Quando os caçadores saíram, Luzia se virou para a primeira mulher, começando a reclamar.

– Por que não me deixou falar?

– E causar um rebuliço desnecessário a essa hora da madrugada? – a rainha das bruxas revirou os olhos, cruzando os braços enquanto olhava para a garota com desdém. – Faça o que eu estou mandando e vá descansar, os próximos dias serão difíceis

Dando o assunto como encerrado, Lilith se despediu de Aliah e os outros Wale, caminhando até seu carro e esperando as meninas. Luzia iria tentar insistir no assunto quando Jasmim tocou em seu ombro, a pedindo para se acalmar.

– Nós ainda temos o seu plano, não faz sentido discutir.

...


Quando o outro dia raiou, as consequências da última noite começaram a aparecer. Para começar, o barulho enorme de ontem havia destruído janelas, acionado alarmes e causado apagões por todo mundo, causando um alvoroço na Corte dos Anjos, o que fez que o número de caçadores triplicassem de uma noite a outra. Se na madrugada apenas uns vinte caçadores acompanhavam os Skyson, uma longa comitiva de cem se espalhavam pela mansão de Lilith. Curiosos para ver a rainha das bruxas ou as garotas fugitivas.

Enquanto observava e era observada pelos caçadores, Marcus veio para o lado de Jasmim, estendendo um pedaço de papel que logo a bruxa entendeu se tratar de uma foto. Na fotografia aparecia um pequeno bebê, de pele escura e um pouco de cabelo em sua cabeça, de qualquer maneira, pouco aparecia no gorrinho azul claro, que combinava com o macacão branco que vestia.

Jasmim abriu um sorriso de orelha a orelha ao perceber o que queria dizer, parabenizando Marcus, que a puxou para um abraço.

– É lindo, Marcus. – ela não conseguia tirar os olhos da pequena criatura na foto. – Quando que foi?

– Há uma semana. – o caçador sorria orgulhoso, parecendo segurar as lágrimas. – Lora queria que você estivesse lá, Magnus iria adorar você.

– Magnus? – Jasmim riu. – Um belo nome.

– Melhor que Jonah, eu acho... era o nome que a mãe da Lora sugeriu.

Enquanto Jasmim e Marcus conversavam, os caçadores iam se acomodando na sala de reuniões. Angelic podia não conseguir controlar quem a acompanhou, mas deixou bem claro que apenas os caçadores de sua confiança estariam presentes na reunião, sendo eles, Marcus, Miguel e os dois guarda costas da família, sendo um deles um substituto após a morte do antigo protetor de Miguel na casa Harper. A contragosto, Meredith ficou de fora, porém logo começou a conversar com Mitzy e, após a demônio ficar chocada com o fato da Skyson mais nova nunca ter tomado refrigerante, ofereceu-lhe a bebida e juntas foram até a cozinha, devorar um resto de bolo de chocolate do café da manhã.

A sala de reuniões de Lilith não era nada mais nada menos que um salão de festas que ficava com as enormes janelas viradas para a piscina. Normalmente, quando Lilith tinha uma reunião com bruxas representantes de covens pelo mundo, pessoas interessadas em pactos ou até outros demônios e seres infernais, era ali que as reuniões aconteciam.

Como tudo na casa, a sala possuía as paredes brancas, o chão de madeira preta, uma mesa de vidro de 20 lugares, sendo nove em cada lateral da mesa e uma em cada ponta. As paredes estavam revestidas de quadros de bruxas ilustres, que participaram do mundo humano e sobrenatural.

Sentada na ponta virada de costas para as janelas estava Lilith. Na outra ponta, Angelic estava com os caçadores, Miguel e Marcus do seu lado, sendo assim, apenas as bruxas e Luzianna estavam no lado de Lilith.

Alguns caçadores – mais precisamente os guarda costas dos Skyson – ficavam perto da porta e da janela, como se esperassem um ataque a qualquer momento por partes dos seres do submundo.

Uma taça de vinho branco apareceu a frente de cada um na mesa, alguns caçadores ficaram receosos, até se assustaram. Porém Lilith se assegurou que se quisesse matar eles, ela já teria.

Após isso, Angelic se levantou, começando a explicar o que aconteceu com Delilah.

– Na noite em que as senhoritas Harper e Rivera foram embora, a situação que a Capa se encontrou foi de caos. – a forma rígida e sem emoção que Angelic falava havia sido algo que Jasmim sentiu falta nesses últimos meses. Ela podia ter tudo contra a família Skyson, mas assumia que sentia certa admiração por Angelic. – Minha filha, Meredith, foi a única que conversou com elas e ela se recusou a dar quaisquer informações.

Jasmim e Luzia se olharam, trocando um pequeno sorriso. Eles sabiam que podiam confiar na Skyson mais nova, como a própria Jasmim disse, ela é a única pessoa com consciência própria naquela família.

– Então Delilah veio até nós, disse que sabia onde Luzia possa ter se escondido e se ofereceu para ir. A Corte não acreditou muito em suas palavras, porém deixou que dois caçadores de Angelus fossem com ela.

– E então ela foi para a nossa casa e acabou sendo sequestrada e os caçadores mortos. – Completou Jasmim, impaciente com essa história novamente.

– É o que gostamos de acreditar.

– É a verdade! – Luzia grunhiu, olhando para os caçadores com ódio.

– Não seria surpreendente se, ela aceitou criar uma criatura demoníaca por todos esses anos. Talvez ela tenha tomado gosto pelo lado sombrio.

Miguel provocou entre um gole de vinho e branco, obviamente ele já havia terminado sua taça, mesmo que tentasse se controlar na frente de outros caçadores, ele já havia pedido para encherem mais uma vez.

– Como pode dizer isso? Minha mãe nunca faria isso. – Respondeu Luzianna irada.

– Luzianna, eu conheço Delilah desde que tenho sua idade. Eu sei que ela nunca faria isso, mas no nosso atual cenário... – Angelic suspirou, seu tom de voz parecia ter mudado, como se ela realmente temesse a ideia de que sua amiga de adolescência fosse uma traidora. – nós não podemos nos dar o luxo de confiar em ninguém.

– E o que vocês vão fazer sobre isso?

Roza entrou na conversa, a mulher se vestia com roupas mais formais hoje, um vestido vermelho e um turbante da mesma cor em sua cabeça, brincos de ouro em suas orelhas. Era incrível ver sua mudança de postura quando ela estava no conselho das bruxas, sendo a domina, e quando ela estava brincando e rindo com Luzia e Jasmim no bar.

– O que nós vamos fazer? – Miguel riu com escárnio. – Minha Capa tem feito de tudo nesses últimos meses, mas não adianta de nada tentarmos nosso melhor e não termos a certeza de quem não estamos arriscando nossa honra por traidores.

– Honra? Que tipo de honra pode ser herdada de um torturador de crianças?

Luzianna elevou sua voz. A forma frígida que olhou e falou com Miguel arrepiou cada pelo de todos os presentes naquela sala. Jasmim olhou para a amiga, seus olhos pareciam pedir uma espécie de piedade. Lembrando-a de que ela também havia sido uma vítima e as palavras de Luzia também a acertavam.

– Não fale do que você não sabe! – Miguel se levantou, prestes a caminhar até Luzia e encará-la de perto.

Jasmim o analisou enquanto ele passava por ela, era a primeira vez que seus olhos se encontraram no dia. Sombrios. Os olhos sombrios de Miguel fizeram com que Jasmim logo quebrasse o contato.

Igualzinho a Constantine.

Por quê?

– Miguel, sente-se. – Pediu Angelic, completamente ignorada pelo filho.

– Eu não sei quem você acha que é. Mas mesmo que meu pai tenha errado... errado muito. Ele continua sendo um Skyson e eu não deixarei uma demônio bastarda qualquer ferir a honra de minha família.

– Eu não preciso ferir. Vocês já caem sozinhos.

O rosto branco de Miguel estava vermelho, suas mãos fechadas em formato de punho. Jasmim observava o peitoral do Skyson marcado pela camisa social branca, subindo e descendo. Descompensado. Ele também ficava assim com ela.

E é por isso que ela devia intervir.

– Gente, qual a necessidade disso? – Jasmim se levantou, pegando no braço de Miguel. A bruxa tentou ao máximo ser firme ao sentir o toque da ponta de seus dedos cheios de calos nos músculos do braço do caçador. Querendo focar na briga instantânea dos dois e não nas sensações que o herdeiro Skyson a causava. – Luzianna, você não poderia arranjar outro momento pra mostrar personalidade?

– Você vai defender ele?

– E você, senhor líder? Precisar pirar tanto pra defender o papai psicopata? – O olhar de Miguel era diferente quando ele olhava para Jasmim. Ele olhou para as mãos de Jasmim em torno de seu braço. Sentindo as mesmas sensações que a bruxa e voltando a si aos poucos. – Nós não podemos focar no que realmente importa? Podemos focar apenas em impedir a porra do fim do mundo?!

Luzianna soltou um grunhido e se sentou, abrindo o caderno com anotações e lendo, ignorando o olhar raivoso de Miguel e tedioso de Jasmim.

Aos poucos, Jasmim soltou o braço de Miguel. O caçador também grunhiu, não queria que ela a soltasse. O Skyson voltou para seu lugar aos poucos, olhou de cabeça baixa para sua mãe, que dignamente o ignorou.

– Luzianna, por que não mostra suas anotações sobre o feitiço de proteção de Theo? – pediu Jasmim, também de volta em seu lugar.

– Oh sim...

Luzia se levantou. Tirando de uma pasta, várias anotações e passando entre os sentados na mesa, aos poucos cada um ia lendo um fragmento das trinta e duas páginas que Luzianna escreveu durante a madrugada. Alguns caçadores soltavam grunhidos ou faziam expressões de surpresa ao ler as páginas. Surpreendendo bruxas e caçadores com seu conhecimento, Luzianna sorria enquanto começava a explicar seu plano.

– Azazel me quer, isso é óbvio desde o dia de meu nascimento. Porém com o bloqueio imposto por Theodor Smith, ele não conseguiria isso tão facilmente, ainda mais enfraquecido como estava. Então se não pode controlar minha alma, que manipulasse minhas emoções. E é assim que Queenie Harper entra. O plano era fazer com que Queenie fosse um ponto seguro pra mim, me manipulando e aos poucos, me fazendo acreditar no que ela dissesse.

– Mas você e Queenie mal se falavam. – Jasmim a interrompeu.

– Exatamente. O que ele não esperava era que sua concubina nunca teve o mínimo de instinto materno. Então se não fosse por amor, seria pela dor, o que explica a minha situação ter piorado quando ela estava em casa. Quando foi expulsa por minha tia, ela deixou uma carta para me encontrar no cais...

– E aí eu apareci e salvei o mundo mais uma vez. – riu Jasmim, dobrando seus braços atrás de sua cabeça.

– Exatamente. – Luzia deu um sorriso a amiga. – Porém com o avançar da minha idade, o avanço dos meus poderes era algo impossível de tardar, ainda mais sem Theo para aumentar o bloqueio. Então, há algumas semanas, decidimos dar um passo a mais sobre meus poderes.

– Onde você quer nos levar? – Perguntou Marcus, seus olhos brilhando de curiosidade e também de medo.

– Na madrugada passada, eu liberei o demônio em mim, com a ajuda e supervisão de Jasmim e do conselho bruxo, é claro...

Os calçadores abriram sua boca em um perfeito O. Um dos guarda costas da família Skyson vacilou em sua guarda, quase caindo quando a garota revelou.

Angelic finalmente expressou algo em sua face de porcelana. Infelizmente não era algo bom, mas sim profundo pânico e desapontamento – esse desapontamento sendo em boa parte dirigido para Jasmim.

Miguel estava de braços cruzados, havia um fantasma de sorriso em seus lábios, como se no fundo ele estivesse dizendo "eu estava certo desde o início". Porém também havia preocupação e ira, muita ira direcionada às bruxas e a Luzianna.

– Jasmim Rosa Rivera! Eu nunca esperei tal traição de sua parte! – A mulher se levantou, seus um metro e oitenta e nove extremamente ameaçadores. Mesmo com a pose raivosa, seus olhos azuis pareciam um mar calmo, tentando segurar as lágrimas e a decepção. – Eu te defendi como uma filha...

– Angelic... Não é o que você está pensando... – Jasmim se levantou, mesmo de pé, a bruxa não batia no queixo da Skyson. – Deixe Luzia explicar.

– Explicar o quê? – Miguel soltou uma risada nasal, se colocando do lado da mãe. – Eu sempre lhe avisei, minha mãe. Luzianna Harper devia ter sido morta no berço.

– Miguel Albert Skyson, cale a sua boca!

Angelic gritar ou xingar – principalmente com seus filhos no recinto – era algo raro de se ver, mas a mulher parecia prestes a explodir, seu perfeito rosto branco tomando uma tonalidade de vermelho vivo, os olhos azuis sempre se mantiam impaciveis

– Apenas volte aqui quando puder agir conforme a sua posição. – E sem dizer mais nada, fechou a porta.

Virou-se para os que sobraram na sala, sentando em seu lugar e tomando mais um gole de sua bebida, fazendo sinal para que Lilith abastecesse a taça com mais, o que a bruxa fez.

– Se expliquem... Dê-me pelo menos um motivo para não mandar Luzianna para a morte e você para a prisão.

Jasmim olhou para Luzia, contar para os caçadores sobre o ritual – por enquanto – não era parte do plano. A bruxa olhava para amiga com um olhar pedinte, pois ela não sabia sobre o plano de Luzia, já que a híbrida ficou a manhã inteira sem revelar nada.

Luzianna respirou fundo, fazendo uma pergunta curiosa para Angelic.

– A senhora já jogou cabo de guerra?

– O que isso tem haver com o assunto?

– Me responda.

– Sim, quando jovem...

– Sabe que o princípio do cabo de guerra são duas pessoas puxando uma corda e a que fazer a outra soltar ou cair é a que vence?

– Não me enrole.

– Eu proponho um pequeno exercício de imaginação...

A garota pegou um pedaço da folha de anotações e desenhou dois bonecos de palito e uma linha horizontal entre eles. Em um, ela puxou uma seta apontando a palavra "eu", a outra, apontando a palavra "Azazel", acima da linha horizontal escreveu "minha alma e poderes".

– A linha é a corda, que seria minha alma e poderes, eu e meu querido pai seriamos os jogadores. – Jasmim soltou uma pequena risada quando Luzia chamou Azazel de "querido pai". Logo recebendo olhares de desaprovação de todos ali presentes.

– Tá bem, já entendi que esse não é o momento...

– Eu dei um puxão forte quando liberei minha parte demônio, porém ele também deu um forte quando sequestrou minha mãe. Agora estamos em uma parte do jogo qual apenas um pequeno puxão é o suficiente para causar a queda de algum dos jogadores. A questão é... Quem dará o puxão primeiro?

– E como você pretende dar o seu puxão? – Perguntou Angelic, agora mais calma.

– Azazel sabe que séria impossível me derrotar na terra, primeiro, que ele seria necessária uma carga muito grande de poder para subir à terra, algo que ele não tem graças a mim. Além disso, é conhecido que demônios e anjos não podem simplesmente vir a terra sem a autorização de seus superiores, o que, até agora, temos certeza que ele não tem.

– Lúcifer acabou com Azazel quando ele sequestrou Queenie, ele está proibido de pisar na terra pelos próximos mil anos. – citou Lilith, Luzianna sorriu, essa informação seria útil no futuro

– Por isso ele sequestrou minha mãe, sabia que isso me forçaria a contra-atacar, preferencialmente, em seu território, onde ele estaria mais forte.

Luzianna parou de falar, olhando para os ali presentes e perguntando se eles estavam entendendo o raciocínio, retornando seu discurso apenas quando todos confirmaram que sim.

– Então quando ele estivesse no comando, usaria seus poderes para controlar minha mente e assim me transformando em sua marionete.

– Eu achei que ele só quisesse de matar. – Jasmim comentou enquanto tomava um gole de água ao invés de vinho.

– Acredite, eu no começo também achava. Até que percebi que isso nunca foi um jogo de matar ou morrer, mas sim um jogo de poder. Quem conseguisse controlar o outro primeiro venceria, Azazel teria A Filha do Caos em seu time e poderia trazer o Apocalipse na hora que quisesse, já eu teria meu poder em pico e meu lugar na linha de sucessão infernal, por fim controlando o meu lado demoníaco.

– E como você acha que vai conseguir vencer esse jogo?

– Eu vou matar Azazel, assim tomando meu lado demoníaco completamente e no controle da situação, fazendo com que a profecia da Filha do Caos não se concretize.

A sala se envolveu em um misto de reações. Pela parte de Jasmim, a garota parecia estar desacreditada, o plano soava cada vez mais impossível cada vez que Luzia falava em voz alta. Roza e Aliah se entreolharam preocupadas. Lilith e Angelic cerraram seus olhos e encararam a garota de cima a baixo, como se falassem "quem você acha que é para matar um príncipe infernal?".

– Como você acha que irá fazer isso? – Perguntou Lilith levemente alterada. – Luzianna, você é uma híbrida com dezesseis anos e apenas tem três meses de treinamento. Isso é irresponsabilidade demais.

– Eu tenho um plano! – Gritou Luzianna. – Eu sei exatamente o que devo fazer.

– Ah sabe? – Perguntou Roza cruzando seus braços. – Nos diga então.

Luzianna abaixou a cabeça, ela não deveria falar para ninguém sobre seu plano e havia o guardado em sete chaves para ter certeza que ninguém a impediria, só revelaria o que estava em sua mente quando estivesse prestes a realizar.

– Eu... Eu não posso revelar nada ainda.

– Não pode? Como não pode? – Lilith soltou uma risada nasal.

– Porque eu não quero revelar.

O olhar desafiador de Luzianna para Lilith poderia ser interpretado como um dos maiores desafios. As duas sustentaram o olhar até Lilith dar sua cartada final.

– Se você não vai contar, eu os proíbo de ir. – Lilith cruzou os braços e se virou para Roza e Aliah. – Deixem que as bruxas de verdade cuidem disso, como estava combinado desde o início.

Luzianna soltou uma risada nasal com a frase da primeira mulher. "As bruxas de verdade", Luzianna era mais que uma bruxa, mais do que um demônio ou anjo. Ela era talvez o ser mais poderoso presente na terra e ela não deixaria que nenhuma meretriz de Lúcifer a dissesse o que fazer.

– Você não é ninguém para me proibir a fazer algo.

– Oh, é mesmo. – A mulher olhou para Jasmim. – Então eu proíbo Jasmim de ir.

Foi a vez de Jasmim se levantar.

– Quem você acha que é para mandar em mim?!

– Sou sua rainha, e mais ainda, sou a bruxa responsável pelo seu treinamento, logo, você deve fazer o que eu mando.

Jasmim riu com escárnio, deixando Lilith mais nervosa.

– Uma ova! Eu prometi proteger Luzianna com minha vida e eu vou até o inferno com ela.

– Ela não é mais sua missão desde que você a levou para a Capa. – interviu Angelic, recebendo um olhar de ódio de Jasmim como resposta. – Eu concordo com Lilith, você não pode ir para o inferno, Jasmim, nenhum ser humano que foi voltou vivo.

– Eu tô pouco me importando se ela é minha missão ou não, ela é a minha amiga e eu vou com ela.

Luzianna sorriu ao ouvir isso, quase querendo abraçar Jasmim.

– Isto é sério, Jasmim, não é hora para bancar a heroína, se nenhum caçador voltou do Inferno, por que você conseguiria? – Roza tocou no ombro da garota, parecendo a pessoa mais calma ali.

– E Dante Alighieri? Ele escreveu sobre sua passagem ao inferno!

– Ah... Dante? – Riu Lilith, um ar sombrio em sua voz. – Acredite, eu vi sua morte com os meus próprios olhos. O que voltou para terra era qualquer um, menos Dante...

– Mas ele conseguiu mesmo assim, não? Então há uma maneira.

– Não para uma alma mortal, o que você é, queira ou não.

Quando não havia mais argumentos, Luzia teclou algo em seu celular, as bruxas e os caçadores a olharam com dúvida, querendo saber o que a garota planejava, até Jasmim parecia confusa com os próximos passos.

– Sim, ela falou exatamente isso. – A voz da garota parecia entediada, assim como a voz ecoada do outro lado da linha, após isso uma risada e então. – É Mitzy, traz a nossa surpresa.

Em poucos minutos, a cabeleira rosa de Mitzy adentrava na sala sendo seguida por Meredith, nas mãos da diabrete havia um jarro transparente com um líquido verde musgo e denso, como se fosse uma gelatina que não endureceu completamente. Antes de qualquer pergunta ser feita, Mitzy passou o jarro para Luzia, que se virou para falar com Jasmim.

– De fato. Se você quiser ir para o Inferno, precisará morrer, mas há um jeito, não é?

A provocação de Luzia foi aceitar por Lilith, que olhava para o jarro com os olhos vermelhos.

– Poção do meio-morto.

– Quê? – Jasmim parecia perdida ali.

– Poção do meio-morto. – Mitzy adicionou uma tossida dramática em seu discurso. – Sangue de um demônio amigo, terra de um túmulo recém cavado, carne de uma rasga mortalha sacrificada em uma noite de lua minguante em um dia impar e flores do caixão de uma virgem morta...

Todos ficaram em silêncio, Meredith parecia tanto enojada quando maravilhada pela poção.

– Tudo isso misturado em um caldeirão, ou, em um liquidificador, por trinta minutos com hortelã e sálvia e adiciona um pouquinho do colágeno do couro, tendões e ossos de boi...

A garota parou um pouco.

– mas pode substituir por gelatina sem sabor...

– Gelatina sem sabor?! – exclamou Meredith.

– É isso que te assusta aqui?!

Jasmim não havia falado nada, olhando a mistura que ela deveria beber. Não que tivesse um estômago fraco, a garota pensava, mas ela realmente odiava sálvia.

– Essa poção demora dias para ficar pronta! – reclamou Lilith. – Como vocês conseguiram?

– Por mais que você pense que eu não tenho planejamento nenhum, Mitzy e eu temos preparado essa poção desde o treinamento no cemitério à algumas semanas.

– Vocês não têm o treinamento e, principalmente, não tinham as fontes para os ingredientes.! – Aliah se intrometeu. – Á menos que tenham roubado!

Mitzy mordeu os lábios, os braços cruzados enquanto ela pensava antes de responder sua mãe, com a cabeça baixa e uma extrema velocidade de fala, ela respondeu.

– EunãoqueriaserdedoduramaisfoioMichael!

– MICHAEL HENRY SEBASTIAN WALE! – como um furacão, Aliah saiu do cômodo, deixando que todos imaginassem os problemas que o jovem bruxo estava metido.

As três garotas e até Roza e os caçadores olharam para Lilith, pedindo por mais alguma coisa para falar. A bruxa suspirou derrotada, mas ainda nervosa demais para largar o osso.

– Vocês têm noção que não vai ser tão fácil?!

– Melhor do que qualquer um aqui. – respondeu Luzia.

– Vocês não são fugitivas apenas para os anjos, já foi colocado uma recompensa na cabeça de vocês duas, então devemos achar algo para vocês ficarem invisíveis para os demônios. Segundo, o domínio da Ira fica quase no meio do inferno, é um dos reinos mais profundos e perto de Lúcifer, o que faz com que ele seja uma fortaleza difícil de adentrar.

– Isso é fácil de se lidar. – disse Mitzy, ignorando o olhar irado da rainha das bruxas. – Há algumas poções e amuletos para proteção, parecidos com aquela peruca que Carmille enfeitiçou no Éden, para a proteção contra os sugadores de energia, seria bom usar algo que pertenceu ou pertence a alguém que ama vocês puramente, o que deve ser simples de achar.

– Só isso? – Luzia e Jasmim perguntaram em uníssono.

– Há também um mapa do inferno, mas por sorte, vocês têm uma demônio que também pode fazer um bico de guia turística.

– Perfeito. – Sorriu Luzia, excitada com a ideia de seu plano está correndo assim como pensou que correria. Seus olhos azuis ciano brilhavam enquanto ela falava. – Nós já sabemos que o Portal mais perto é o do Bar. Quando iremos?

– Se tudo der certo, na madrugada de depois de amanhã, devemos estar no portal exatamente as três e trinta e três da manhã.

– Então é isso, vamos literalmente para o inferno? – Jasmim soltou uma risada incrédula, parecendo extremamente surpresa com tudo.

Mas também, quem imaginaria que passaria de uma caçadora fodida, estudando em uma escola chata para uma Domina poderosa prestes a ir ao inferno matar o demônio da ira, tudo isso em um intervalo de cinco meses?

Os caçadores ao redor havia se dispersados, desinteressados com o assunto bruxo. Angelic e Meredith havia se retirado, indo atrás de Miguel, deixando apenas o grupo de bruxas nasala.

A trégua havia sido feita entre os grupos e Luzia permitiu-se ponderar. Quanto mais pensava, mais percebia que aquilo era real, havia um frio na barriga, uma excitação com vontade de chorar. O medo e a coragem misturados em um só. A pulseira de sua mãe no mesmo braço que sua marca de caçadora estava, "Te amarei até depois do fim". Luzia já possuía seu amuleto, pois sabia que o amor de Delilah Harper por ela era o mais puro que havia.

– Luzia.

O sotaque de Roza abraçou os ouvidos de Luzia, que se virou em direção da bruxa de vestes verdes.

– Sim?

– Eu vi sua mãe se apaixonar por Theo, os vi se casarem, te criarem e chorei com a partida de Theo para outro plano. Eu amo sua mãe e, por mais que seja arriscado, eu apoio sua aventura. Só gostaria que me revelasse seu plano.

– Desculpe,mas eu não posso.

Roza respirou fundo, fechando seus olhos e abraçando Luzia a bruxa disse.

– Meu coração diz que algo não saíra bem.

– Talvez seu coração esteja errado. – sorriu Luzia para Roza, tentando reconfortá-la.

– Eu normalmente confio em meus instintos, toda mulher deveria confiar, mas dessa vez eu vou tentar ignorá-lo e pensar que é só preocupação.

– Jasmim e Luzia... – chamou Lilith as meninas. – Eu não aceito a ida de vocês ao inferno.

Jasmim estava prestes a falar algo, porém a primeira mulher acrescentou a sua frase.

– Mas eu já sei que não adianta o que eu fale, vocês nunca irão me ouvir. – riu, se virando para Mitzy e Luzia. – Só quero deixar avisado que, caso algo aconteça com Jasmim, eu mato vocês duas e acabo com cada resquício de vocês na terra ou inferno.

As três garotas se entreolharam nervosas, especialmente Jasmim, que era a que mais não sabia lidar com as estranhas alterações de humor e opinião da primeira mulher.

– Okay. – Mitzy soltou uma risada incrédula. – Hora de preparar nossa estrada para o inferno.

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