A Filha Do Caos - saga A Capa...

By HeyFernandaF

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Livro 1 - Saga A Capa Na pacata cidade de Santa Mariana, onde absolutamente nada de extraordinário acontece... More

Nota da Autora
Dedicatoria
| Prólogo |
Parte I: Filha do caos
|Cap I: Nova Escola, novos problemas|
| Capítulo II: Estranhos Acontecimentos |
| Capítulo III: Queenie Harper |
| Capítulo IV: Segredos e Mistérios |
|Capítulo V: Inferno: Bar, restaurante, hotel, loja de artigos para magia e... |
| Capítulo VI: Feliz Aniversário, Luzianna. |
Parte II: A Bruxa Rebelde
|Capítulo VII: A Garota Harper|
|Capítulo VII: Má eu, boa eu|
| Capítulo IX: Hora de contar uma história |
|Capítulo X: Uma ajuda as vezes é boa|
Parte III: A aventura começa
|Capítulo XI: De volta ao lar|
|Capítulo XII: Miguel Skyson|
|Capitulo XIII:A verdade deve ser dita|
|Capítulo XIV: Primos Skyson|
|Capítulo XV: Os problemas da Corte|
|Capítulo XVII: Histórias de bruxas|
|Capítulo XVIII: Os traumas de Jasmim|
| Capítulo XIX: A casa da família Harper |
| Capítulo XX: Ferimentos que doem |
| Capítulo XXI: Treinamento |
| Capítulo XXII: Trabalho das Sombras |
|Capítulo XVIII: Conversa com um morto.|
| Capítulo XXV: Planos para dizer e esconder |
| Capítulo XXVI: Estrada para o Inferno |
Capítulo XXVII: A Filha do Caos
|Epílogo: Jantar nocivo|

|Capítulo XVI: Lilith|

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By HeyFernandaF


Após uma longa discussão sobre quem iria de moto e quem iria no carro de Jasmim, foi finalmente achado um consenso. Michael em sua moto, Carmille iria na de Mitzy e Mitzy iria com Jasmim e Luzianna no carro. A gata pareceu não gostar disso, porém, após ameaçar a cunhada sobre o que aconteceria se houvesse algum mísero arranhão em sua moto, ela aceitou ir de carro com a amiga.

Agora, paradas em um posto de gasolina vazio, Jasmim aproveitava a vista do céu estrelado de Santa Mariana enquanto esperava Luzianna e Carmille saírem do banheiro e Michael abastecer as motos e o carro.

– O que tá rolando? – Perguntou Mitzy enquanto levava uma garrafa de refrigerante a boca, logo passando para a amiga.

– Como assim?

– Você sumiu por um mês, não deu notícias nem nada, aí decide pedir nossa ajuda no meio da madrugada e ainda com a cria do demônio de tira colo. Eu quero saber o que infernos aconteceu?

Jasmim suspirou, os finos pelos de sua pele negra estavam arrepiados pelo frio, a fazendo se lembrar que sua jaqueta ainda estava no banco de trás de seu carro. Ela olhou para Michael, que conversava com o segurança do posto sobre o último jogo de futebol enquanto abastecia as motos. Depois olhou para o banheiro feminino, onde Carmille arrumava Luzianna, tendo o argumento de que nem em cem vidas ela iria visitar a rainha das bruxas vestindo camisola de hospitalar. Voltando o olhar para a amiga, Jasmim começou.

– Um monte de merda. Nada de diferente do normal.

– Não, há algo a mais... Foi aquele Nígel? Porque se foi, eu posso matar ele agora.

– Nígel? – Jasmim levantou a sobrancelha. – Você deve querer dizer Miguel. E não, não é por ele, não necessariamente.

– Então o que é?

Jasmim estava prestes a responder, porém o barulho da porta do banheiro sendo aberta chamou a atenção.

– Foi mais fácil do que pensei. – Começou Carmille, com o mesmo olhar de desdém de sempre. – Ela é um cristal lapidado e, mesmo com a urgência, eu consegui fazer algo bom. Senhoras e senhores, eu lhes apresento a Luzianna Harper 2.0.

A boca de Jasmim se abriu em um perfeito O quando ela viu a garota em sua frente. Seu cabelo loiro parecia mais brilhoso e menos frizado, escovado para o lado direito e solto em belas ondas. Sua pele possuía uma maquiagem leve, com apenas os olhos mais chamativos, decorados com uma sombra de tom champanhe e um belo delineado. Sua roupa – que Jasmim reconheceu como sendo de Carmille – era um body com um fundo decote em v, feita de paetês dourados, que brilhavam na noite estrelada. A calça, era justa e de cintura alta, possivelmente de couro. Nos sapatos, saltos scarpin de cor preta, porém com a parte de baixo dourada.

– Uau! – Mitzy parecia tão chocada quando dos outros. – Você gosta de garotas, por que tipo... Se quiser tentar algo.

– Cala a boca, Mitzeen! – Jasmim interferiu, virando– se para Luzia. – Você está linda.

– Obrigada. – Sorriu Luzianna tímida, corando aos poucos. – Carmille fez literalmente mágica comigo.

– Agora que as senhoritas já estão prontas. Podemos? – Perguntou Michael subindo em sua moto.

– Podemos. – As quatro garotas sorriram, prontas para o que Lilith as reserva.

...

Mesmo que fosse uma segunda feira, a boate Éden se encontrava lotada. Uma fila começava na entrada e se estendia até o fim da quadra. Só de olhar o tempo de espera, a esperança das três meninas no carro se esvaiu.

– Nós vamos passar cinco vidas esperando para entrar. – Reclamou Mitzy, soltando um miado e assustando Luzia. – Desculpe, quando eu fico nervosa meu lado felino se aflora.

– Como vamos entrar? – Perguntou Jasmim para Carmille, o congestionamento da avenida fazia que os carros e as motos ficassem perto demais uns dos outros.

– Vamos entrar pela entrada dos funcionários. – Explicou a bruxa-vampira. A jovem fechou os olhos, respirando fundo e uma peruca castanha e um conjunto de lentes de contato apareceu no colo de Luzianna. – É melhor você colocar isso se não quiser se reconhecida. A peruca está enfeitiçada para que as pessoas não vejam sua aura demoníaca, para os outros você é apenas uma bruxa, okay?

– Okay! – Gritou Luzia. Tentando se sobressair na música alta e no barulho dos carros.

Com a ajuda de Mitzy, Luzianna conseguiu colocar a peruca e as lentes. E depois de quase vinte minutos no trânsito, o grupo de jovens sobrenaturais estacionaram atrás da boate.

– Entrem logo. – Ordenou Carmille, agora vestida com seu uniforme de garçonete.

Mesmo estando na parte de trás da boate, ainda era possível ouvir as risadas e a música alta. O local da saída de funcionários era perto dos banheiros e dos vestiários. Era também um dos únicos lugares onde era permitido fumar, ou seja, a fumaça de cigarro de tabaco e de maconha chegava a cegar os adolescentes.

– Céus! Tá tendo show do Snoopy Dog aqui? – Mitzy comentou, porém sua piada foi ignorada tanto por seus amigos quanto pelos clientes da boate.

Após alguns passos naquele nevoeiro, o grupo de jovens finalmente chegaram a principal área da boate. Onde um enorme grupo de pessoas vestindo roupas extravagantes e usando cabelos estranhos dançavam ao som de uma música psicodélica.

A decoração do local era carregada de roxo e dourado. Com um teto espelhado, luzes que vinham na vertical do chão até o teto como linhas brancas, caixas de som pareciam fazer o chão ali tremer. Haviam quatro bares, um em cada face daquele enorme cubo que aquela boate era. Bem atrás da onde Jasmim e os outros estavam haviam alguns sofás de cor roxa, onde um grupo de jovens se beijavam e bebiam drinks. Ao lado, as escadas que levavam para os camarotes.

– Vou tentar achar uma maneira de conseguirmos falar com a chefia. Por enquanto, tentem agir normalmente.

– Pode deixar. – Sorriu Mitzy pegando o drink da mão de uma mauricinho que passava e lançando uma piscadela para um grupo de moças que se encontravam sentadas em um dos bares.

– Porém, sem chamar muita atenção. Eu não quero perder o meu emprego por que você não tem o mínimo de decência. – Carmille segurou a Wale mais baixa, tirando o drink de sua mão e devolvendo para o homem que ainda estava ali. – Se forem pedir alguma coisa, me chama, eu ganho comissão por drink vendido.

E então Carmille sumiu no meio da multidão, deixando Jasmim, Mitzy, Michael e Luzia sozinhos naquela estranha boate.

...

– Carmille Elizabeth Elina Maria eKaterina Draculea Hapsburg Bathory Nadásky! Nem pelos oito infernos eu faria isso!

O enorme nome de Carmille era gritado pela sua colega de trabalho em um dos vestiários. Por sorte, apenas as duas bruxas se encontravam ali.

– Você esqueceu de adicionar o condessa e o meu nome na corte austríaca. Karnstein.

– Eu não ligo. – A jovem apontou o dedo para a garota. – Eu não vou deixar que você e seus amigos maltrapilhos falar com Lilith. Acha que eu perdi o juízo?

– Eles não são maltrapilhos. São minha família e eu não vou deixar que fale assim deles. – Aquele era um dos raros momentos que Carmille defendia sua família, seus caninos começaram a se sobressair em seu sorriso e no canto de seus olhos se formavam pequenas veias sobressalentes. – E você vai convencer Lilith a nos ver ou...

– Ou? – Riu a bruxa com desdém.

– Ou vou contar para Lilith o que anda aprontando.

Aos poucos Carmille foi voltando a sua forma mais humana. Jasmim, Mitzy, Michael e Luzia – que se encontravam atrás da porta. – franziram o cenho, olhando um para o outro com confusão.

– Contar o quê?

– Sobre você estar deixando droga de outros traficantes entrarem no clube. Você sabe que ela só deixa que doces aprovados por ela entrem no clube.

– Você não ousaria.

– Oh! Eu ousaria, e tenho provas. – Sorriu Carmille sarcástica, usando suas unhas tingidas de vermelho para arranhar a pele de sua companheira de trabalho.

A jovem retirou o braço de Carmille de perto de si, caminhando com passos pesados até a porta, onde a abriu com força, assustando os jovens ali presentes.

– Vamos, eu vou tentar convencer ela.

A área do escritório de Lilith ficava bem na entrada da boate, um quadrado espelhado bem acima de todos com uma pequena sala de espera na frente da entrada do escritório, onde Luzianna e Mitzy se sentaram. Ignorando a repressão de Carmille.

– 'iinahum bihajat 'iilaa altahaduth 'iilaa alsayidath Epsh. – Disse a garota para os seguranças, a língua desconhecida soava como Árabe para os ouvidos do grupo.

– Só um momento. – Respondeu o segurança. Dessa vez em inglês.

Após alguns minutos a garota apareceu, convidando-os a entrar, porém quando Michael se levantou, ela o segurou pelo braço, fazendo sinal de não com a cabeça.

– Esqueci de falar, ela só permitiu que as mulheres entrassem.

– Por quê?

– Não é óbvio! – Mitzy cutucou o irmão. – Ela é Lilith.

E deixando o jovem sozinho, apenas com olhar ameaçador dos seguranças o velando, as três garotas entraram no escritório.

O escritório da primeira mulher era o sinônimo de glamour e riqueza, grande e amplo. Ao contrário da maioria da boate, o local carregava um tom de vinho em suas paredes, teto e decoração. Misturando o moderno e o antiquado, tinha toques do estilo Art Deco.

Na parede esquerda do escritório, havia uma grande janela, que dava a visão da pista de dança da boate. Sinalizando que aqueles espelhos que eram vistos do lado de fora eram nada mais nada menos que janelas espelhadas. O chão era de mármore preto, tão limpos que Mitzy jurou que pode ver o reflexo de seu cabelo cor de rosa brilhar no piso. Na parede perto da escrivaninha havia um mural preto com triângulos dourados, formando uma bela obra de arte. Os móveis eram de cor preta, haviam poltronas modernas, quadradas e estreitas, porém ainda pareciam confortáveis. Havia um tapete com um desenho parecido com o do mural, espalhados pela sala mesas de vidro ostentando vasos dourados com jasmins e rosas vivas. Lilith não estava sentada na área de sua escrivaninha, o móvel de madeira com um computador de última geração e a cadeira de escritório vinho clássica estavam completamente vazios.

Apenas quando Jasmim sentiu uma grande serpente esverdeada se enrolar em seu tornozelo que a mulher se revelou.

– Que porra é essa?! – Gritou a jovem bruxa, ajudada por Luzianna e Mitzy que tentavam soltar o animal de sua perna.

– Nahash! Pare de brincar com as visitas. – Sentada em um divã também de cor vermelha, a aparência da primeira mulher era diferente da difundida em gravuras, séries de TV, filmes e livros.

Lilith parecia ter por volta dos trinta anos, cabelos castanhos e lisos indo até sua cintura, sua pele era escura, marrom com um subtom próximo ao vermelho. Vestia um macacão parecido com o de Jasmim, só que vermelho com um fino cinto dourado na cintura e um paletó também vermelho. As unhas postiças tingidas de preto só faziam seus longos e magros dedos ficarem maiores. Ela fez um estalar com a língua, parecido com um sibilar de cobra, Nahash atendeu o chamado de sua dona, subindo pela lateral do corpo de Lilith, o animal rodeou o pescoço da primeira mulher, congelando ao se transformar em um colar dourado com olhos de safira.

– Mitzy Wale, Luzianna Harper e, é claro, Jasmim Rivera. Eu estava esperando por vocês.

– Como você sabe... – Mitzy perguntou surpresa, interrompida pela explicação de Lilith.

– Amina, a outra garçonete, ela disse seus nomes antes de entrar.

Levantando-se do divã, a mulher caminhou até o grupo de garotas. Cumprimentando cada uma das meninas com um carinhoso abraço.

– Eu adoro conhecer jovens poderosas, digam, o que trazem vocês aqui?

As garotas não responderam de primeira, se entreolhando, ainda intimidadas e surpresas com a hospitalidade da primeira mulher.

– Viemos pedir sua ajuda, minha senhora. – Carmille começou, um tom humilde em suas falas, a cabeça abaixada. Uma conduta rara vindo de Carmille. – A senhora deve saber sobre o caso amoroso entre Azazel e Queenie Harper, a caçadora. E é claro, o que ele resultou.

Com o fim da fala de Carmille todos olharam para Luzianna, que corou e olhou para seus saltos.

– Ah claro! Eu devia saber! Você é a filha da Queenie? É a cara dela, mas tem os olhos do pai. Espero que não seja sonsa igual ela.

Jasmim riu, levando uma leve cotovelada de Luzianna, que soltou um: cala a boca.

– Eu não sou. – Sorriu Luzianna parecendo o mais simpática possível.

– Claro que não é. Venha sente-se, se vieram pedir ajudar para um demônio é porque as coisas estão realmente difíceis.

O grupo de meninas se espalhou entre as cadeiras, poltronas e divãs espalhados pela sala. Após todas estarem confortáveis, Jasmim e Luzia começaram a explicar a situação que elas se encontravam. Desde a visão de demônios até o acontecimento na biblioteca e a fuga da Capa.

– Eu não estou surpresa. Caçadores nunca souberam aceitar outros seres que não compreendem. Então quando as coisas saem do controle... eles matam, cortam o mal pela raiz.

– Mas não há uma maneira de reverter isso? – Perguntou Mitzy, que se encontrava sentada entre Jasmim e Luzia. – Tipo, eu posso não gostar muito de você, Luzianna, mas também não quero que você morra.

– Infelizmente a médica... Lorraine, não é?

– Sim.

– Infelizmente ela está certa. Como posso explicar... – Lilith olhou ao redor de sua sala, caminhando até um dos vasos de flores e o pegando. – Uma pessoa possuída é como esse vaso, a alma são as rosas e o demônio a Jasmim.

– Oh, claro que o demônio seria a jasmim. – Bufou Jasmim cruzando seus braços. – Vou fingir que não estou ofendida.

– Dependendo do número de jasmins, você consegue separar as flores sem causar nenhum estrago realmente grave. – Continuou Lilith, usando seus poderes de levitação para retirar todos os jasmins, ficando apenas um bom número de rosas. – Porém, o caso de Luzianna é mais sério.

Levitando as rosas também, Lilith conseguiu juntar as flores, formando apenas uma enorme e irreconhecível flor, com sua folhagem sendo uma luta entre vermelho e branco.

– Sua alma não está simplesmente conectada com seu lado demoníaco, a alma de Luzia e seu lado demoníaco coabitam e sua parte boa é má lutam para ver quem ficará no controle. Normalmente, quando é colocada em situações de estresse e raiva extrema, o lado demoníaco tende a vencer e assumir o controle, não completamente, mas sim em grande parte.

– Por isso que quando eu fiquei nervosa na biblioteca aquilo aconteceu.

– Ok, isso foi fácil de entender. Mas o que acontece se o lado demoníaco de Luzianna tomar o controle por completo? E por que Hiram quer tanto pegar ela? – Perguntou Jasmim, falando rápido demais as palavras.

– Uma pergunta de cada vez, pequenina. – Riu Lilith caminhando até sua mesa e colocando um pouco de vinho em sua taça. – Minha resposta irá responder todas as duas perguntas e outras que guarda em sua pequena mente. Quando Luzianna foi concebida um terço dos poderes de Azazel foram dados para ela, isso não seria problema, no máximo ela nasceria como uma bruxa extremamente poderosa, porém enquanto Luzianna ia crescendo os poderes ficariam mais fortes, chegando em seu ápice aos dezesseis anos, quando chegaria na mesma categoria que os de Ira e aí Luzianna assumiria seu posto na linha de sucessão infernal.

– Então você quer dizer que a loira azeda ali é a porra de uma princesa infernal?! – Por um momento, Mitzy engasgou, rindo enquanto olhava para Luzia. – Me desculpa por todas as vezes que te chamei de cria do demônio, loira azeda, Carrie a estranha, sonsianna, projeto de Reneesmee falsificada e os outros. Eu não sabia que você era importante.

– Está tudo bem. – Respondeu Luzianna sem graça, se virando para Lilith após isso. – Mas eu já fiz dezesseis anos. Como ainda continuo sendo eu? E por que Azazel mandou Queenie ao invés de simplesmente vir e me capturar?

– Há uma espécie de bloqueio em você, Luzianna. Um feitiço que inibe seu lado demoníaco e caçador. Porém o bruxo ou bruxa que colocou esse bloqueio não foi tão esperto, deixou pequenas brechas e infelizmente foram essas brechas que te deixaram ver o que viu e também permitir que Azazel entre na sua mente. Quando você fez dezesseis anos e seus poderes tiveram seu pico de força, eles conseguiram fazer uma rachadura nessa proteção. E se essa proteção quebrar, eu acho que já sabem o que acontece...

– Luzianna demoníaca matando a todos nós.

– Sim. – Lilith sorriu de lado. – E é claro, também teremos a primeira parte da profecia do Apocalipse se tornando real.

– Profecia do Apocalipse? Que merda é essa? – Perguntou Mitzy, olhando para as duas caçadoras.

– A profecia do Apocalipse é uma história que vem sido difundida por gerações de caçadores desde o início da missão. – Começou Luzianna. Jasmim franziu o cenho, desacreditada que até a garota Harper havia lido sobre ela. – Antes era tratada como um surto coletivo, porém a partir do século dezessete, quando a vidente e clarividente Elizabeth Harper teve um estranho sonho pouco antes de morrer. A senhora de mais de cem anos conseguiu em um ataque de sonambulismo escrever mais de duzentas páginas de pergaminho, narrando sua visão de um mundo apocalíptico, guiada pelo próprio Arcanjo Miguel, a mulher teve a visão de duas garotas. A Filha do Caos e a Apocalipse. A Filha do Caos seria a chave para o começo dos sete anos sombrios, uma criança fruto do coito entre um pecado capital e um caçador. Ela iria tocar a primeira trombeta, acordando os cavaleiros do apocalipse. E então, não demoraria pouco menos de uma década para que a Apocalipse se revelasse.

Ao contrário de todos ali, que observavam a história com atenção, Jasmim começou a rir após o fim da narrativa de Luzia. Levando olhares feios de todos seus amigos.

– O que foi? Não me diga que vocês acham isso uma realidade plausível? A Apocalipse e a Filha do Caos não são nada mais nada menos que lendas para alimentar o preconceito com os nascidos-moroi, ou você acha coincidência que elas sejam bruxas?

– Jasmim, olhe para mim. Isso é sim plausível. – Luzianna tocou no ombro da amiga, que retirou sua mão com ignorância.

– Não me diga que você acha que é a Filha do Caos? Você não sabia manusear uma espada até um mês atrás, quem dirá ser a responsável pelo fim do mundo!

– Pelo começo dele...

A discussão foi interrompida por outra batida na porta, a expressão da primeira mulher desmoronou por um momento, as meninas se calaram, sentindo que havia algo de errado. O telefone que ficava em cima da mesa tocou, dando um susto em Mitzy, que acabou se transformando em gato e arranhando o ombro de Luzia.

– Osh!

– Silêncio! – Lilith pediu em meia voz, ela pegou o telefone, seus longos dedos tremiam. – Alô?Oh! Sim! Não, não estou com ninguém, eles podem subir...

Jasmim e Luzia se entreolharam, a bruxa recitava pequenos feitiços de defesa enquanto colocava Luzianna para trás de si, Mitzy, ainda transformada em gato, estava a frente das duas meninas.

– Eu já irei atender...Eu não me importo, peçam para ele esperar! – A mulher parecia impaciente no telefone, ela soltou um grunhido ao desligar o telefone, parecendo estressada.

As duas garotas abriram a boca, mas sentiram ser corpo ser jogado para trás. Com um movimento de mão, Lilith usou seus poderes para prender as meninas em um armário de madeira que se encontrava no canto da sala. Recitando algumas palavras, ela desenhou um pequeno selo na porta, enquanto Jasmim e Luzia gritavam e se debatiam dentro do móvel.

Mitzy arranhava a perna de Lilith, miando alto para a bruxa. A primeira mulher apenas chutou o gato para longe de seu caminho enquanto caminhava até a porta.

– Desculpe, Mitzy. – O animal tentou avançar mais uma vez, sendo paralisado por um feitiço. – Apenas fique na sua forma gatuna.

A bruxa respirou fundo, segurando na maçaneta dourada. Ela deu mais uma olhada para o armário, por uma pequena abertura, Jasmim conseguia ver o que se passava do lado de fora.

– Eu sabia que essa cobra ia entregar a gente! Que ideia de merda que a Carmille teve!

Luzia chorava quieta, por ser maior que Jasmim, precisava se curvar para caber no armário. Ela apertou suas mãos na boca, chorando mais ainda enquanto começava a se sentir sufocada.

O barulho da porta se abrindo interrompeu a respiração de qualquer ser mortal ali. Um grupo de homens altos e fortes entraram no recinto, examinando com um olhar suspeitoso. Quem os olhasse de primeira acharia que eram apenas um grupo de motoqueiros mal encarados, mas haviam detalhes que mostravam uma ligação sobrenatural, seja pelas unhas que mais pareciam garras ou pelos olhos vermelhos e veias saltadas.

– São eles... – Sussurrou Luzia entre lágrimas. – Os homens que tentaram me sequestrar no cais.

– Eu sei! Eu sei! Só para de chorar! Eles podem nos ouvir!

– Lilith Epsh, rainha do inferno e do sexto reino, demônio da luxúria, a filha rebelde, mãe dos demônios e das bruxas, padroeira da luxúria e dos ventos e tempestades, senhora da lua negra e ventos malignos...

– Todos sabem meus títulos, Eligos. Não seriam liberados do Inferno e nem viriam até mim se não precisassem de ajuda.

Um grunhido saiu da boca do demônio do meio, ele se levantou, tirando algo do bolso de sua jaqueta. Uma pedra vermelha brilhava em um tom alaranjado, havia a gravura de um losânguico transpassado por uma linha, onde havia um pequeno círculo em cada extremidade.

– É uma Pedra Infernal, pertencente à ira. – Explicou Jasmim a Luzia, falando tão baixo que a loira mal captou a voz da amiga.

– Deve ter sido uma dessas que a Queenie usou naquela noite...

Assim como Luzia havia presenciado outrora, a pedra emitiu uma grande luz, depois um único raio se concentrou, mas ao invés da imagem do homem que assombrou seus sonhos, foi o seu rosto que apareceu, os olhos ciano brilhavam no meio daquele laranja.

– Luzianna Harper, uma caçadora de dezesseis anos. É de suma importância para o príncipe que a jovem seja encontrada o mais rápido possível, a ajuda da rainha do Inferno, que conhece tão bem o mundo humano, seria indispensável. Se a senhora souber de algo...

– Se já sabe, talvez. – Um dos demônios interrompeu, ele olhou para Carmille, que rapidamente pegou uma bandeja que repousava na mesinha de centro e saiu, dando uma breve reverência a Lilith.

– Eu achei que meu irmão já tivesse uma concubina caçadora. Ele se cansou de Queenie?

– O meu senhor não...

O demônio engasgou por um momento.

– O meu senhor está muito feliz com sua companheira humana, a importância da caçadora é outra, qual não temos permissão de revelar nesse momento.

– Então eu lamento dizer não haver como eu ajudá-los.

A mulher se sentou na cadeira giratória que ficava em sua escrivaninha, Mitzy estava deitada embaixo dela, a demônio sempre conseguia se passar por um gato comum, mas o nervosismo era tanto que uma sílaba estranha acabou escapando e chamando a atenção do demônio a direita daquele que falava com Lilith.

– Gato inteligente o da senhora...

– Oh! – Lilith engasgou por um momento, olhando para o felino em seus pés. – Sim... gatos são animais inteligentíssimos. Agora, se me permitem, eu não sei nada sobre uma Lucy Herper...

– Luzianna Harper!

– Que seja! – Revirou os olhos, se levantando novamente e guiando o trio até a porta. – Mas se eu ou alguma bruxa minha souber de algo, entrarei em contato assim que puder. Eu também estou muito curiosa do porquê o Senhor da Ira está tão interessado em uma adolescente...

Quando os dois primeiros homens saíram, o último, tão igual quanto seus companheiros, se virou para Mitzy, que se encontrava em cima da mesa do computador.

– Vida boa, Mitzy... – Ele deu uma olhada de relance para o armário, seus olhos avermelhados encontrando com as iris azuis de Luzia. – Vida muito boa.

Lilith se colocou entre o Eligos e o armário, segurando a porta enquanto esperava o mesmo sair de seu escritório. Eligos continuou olhando em direção ao armário, mas se virou para Mitzy, para seus companheiros – que a essa altura também o esperavam. – e depois para Mitzy novamente.

– Tem ocorrido uns boatos... – Ele se aproximou mais da gata, que recuou, soltando um grunhido agudo e desafinado. – Alguns demônios dizem que você estaria com a bas...

Mitzy enfincou suas unhas no rosto do demônio, miando enquanto se transformava novamente em sua versão humana, ou melhor, uma mistura entre o gato e a garota, onde o rosto de Mitzy, naturalmente redondo, ganhou bigodes de gato e os olhos ainda com as iris felinas esverdeadas. Luzia estremeceu lembrando da noite em que Mitzy a atacou, sabendo o quão afiadas eram as garras da gata.

– MITZY!

Os outros dois Eligos entraram, um desses chegando a empurrar Lilith quando passou. Aquilo foi a gota da água para a primeira mulher, que com um movimento horizontal com a mão direita, criou uma lâmina avermelhada, lançada até o qual lhe empurrou.

Abrindo um corte profundo nas costas do inimigo, seu sangue foi pingando lentamente, enquanto a incisão aumentava e a nojenta imagem dos órgãos internos saindo pelo torço, revelando a verdadeira forma daquele individuo.

Um Eligor ou Eligos era uma classe de demônios qual Jasmim se lembrava bem de estudar. Conhecidos como os demônios fantasmas ou os embaixadores de Azazel, eram responsáveis por cuidar dos assuntos terrestres de seu senhor na terra. Quando não estavam montados em cavalos árabes, escolhiam também Scambers customizadas com o símbolo de seu mestre. Assim atraindo menos atenção no mundo moderno.

Mas era sua aparência, mil vezes mais assustadora que as gravuras qual Constantine Skyson mostrou a Jasmim de dez anos. Quando não usavam suas armaduras de guerra, mostravam sua pele vermelha-amarronzada como carne podre, tão fedida quanto, formava uma forma humanoide de um ser forte, com grandes ombros musculosos. Em sua cabeça, decorava uma cabeleira marrom fuligem que lembrava os pelos de um cachorro de onde saiam um par de chifres pontiagudos da mesma cor de sua pele. Os olhos traziam chamas negras no lugar das iris e os dentes pontiagudos e afiados. As garotas no armário se permitiram olhar para baixo, onde no lugar dos membros inferiores humanos, uma pelugem igual de sua cabeça se estendia até os pés, que eram cascos de bode.

Seus companheiros logo o seguiram e se transformaram também, a carne pútrida saindo dos arranhões profundos que Mitzy havia realizado.

Falando em Mitzy, a gata se encolheu, ela sabia que, como um demônio defeituoso, não tinha a menor chance contra o esquadrão de elite do demônio da ira. Quando tentou correr até Lilith, o primeiro demônio a ser atacado por ela pisou em seu rabo, ainda presente na hibridação humana e felina, fazendo a adolescente urrar de dor.

– Oh não!não!não!não! – Jasmim começou a tremer, tentando abrir a porta do armário. Luzianna parecia petrificada, mas segurou a mão de Jasmim.

– Cuidado!

Lilith se ergueu atrás dos demônios. Luzianna e Jasmim perceberam que não havia nenhuma mudança brusca de sua forma demoníaca para humana, sem sangue ou carne podre. A pele de Lilith apenas ficava mais vermelha, chifres saiam de seu cabelo castanho e liso e a Lua de Lilith, uma meia lua com uma cruz invertida, se transcrevia em seu peito.

– A estatua de Roza... – Comentou Luzia com um sussurro.

Simplesmente movimentando os braços, novamente Lilith criou uma arma, dessa vez, uma ventania forte o suficiente para derrubar os três demônios e até mesmo Mitzy, que ficou tonta enquanto tentava se levantar.

Um dos demônios caiu para cima do armário, quebrando o elaborado móvel de madeira. Luzianna urrou ao sentir sua perna ser esmagada, atraindo atenção dos presentes na sala.

– Eu sabia! – Sorriu o demônio que havia sido atacado por Mitzy. Ele se virou para Lilith. – Meu Senhor sempre esteve certo quando falava da Meretriz de Lúcifer.

A primeira mulher o agarrou, puxando seus chifres enquanto chutava sua barriga. Ele podia ser pelo menos quarenta centímetros mais alto que Lilith, mas a rainha das bruxas era tão ágil quanto um caçador.

A briga acabou se generalizando. Mitzy ajudava Lilith enquanto Jasmim puxava Luzia para fora do campo de vista dos malfeitores, se dividindo entre tentar improvisar uma tala para o tornozelo torcido da loira e atacar os demônios com sua Hillstrong 1969.

– Acha que consegue se virar? – Jasmim estendeu outra arma para Luzia, mais moderna e menos estilizada que a Hillstrong, um revólver também, porém completamente preto. Facilmente confundido com uma arma comum.

– Eu não sei atirar... – Grunhiu Luzia, se acostumando com o peso da arma e a dor no tornozelo.

Naquele momento, Jasmim se arrependeu de não ter ensinado Luzia a atirar quando teve chance. Decepcionada consigo, ela ajudou a amiga a segurar a arma direito.

– É o que dizem, a melhor maneira de aprender é fazendo! – Ela deu um tapinha nas costas de Luzianna. – Eu acredito em você.

Deixando Luzia indagando em suas costas, Jasmim se virou para os demônios. Aquele que havia caido no armário foi o primeiro a ser atingido, um tiro certeiro na cabeça enquanto ele tentava se levantar.

O tiro não foi o suficiente, mas Lilith o atacou com um feitiço, transformando sua forma física em pó enquanto é absorvido pelo chão.

O segundo tiro foi de Luzia, atingindo as costas do segundo demônio, quase acertando Mitzy por alguns centímetros. Jasmim finalizou o monstro com mais dois tiros rápidos, em um desses usando uma bala explosiva que Michael havia projetado para ela alguns meses antes. Os pedaços do demônio imundaram toda a sala, mas logo sumiram, absorvidos pelo ambiente mais uma vez.

Apenas um sobrou. Lilith sabia que aquele se tratava do Eligor, o líder da legião. O Eligor andava mancando em direção as garotas, Jasmim conseguiu acertar alguns tiros, o que resultou nos machucados que impossibilitavam sua perna esquerda. Lilith, por mais que seja um demônio maior, não havia muita diferença entre o reino de Azazel e o dela, praticamente tornando uma luta de igual para igual.

Nesse momento, Carmille, Michael e alguns dos guardas de Lilith entraram na sala, mas foram facilmente derrotados por Eligor. Até mesmo Mitzy, que lutava desde o começo, foi gravamente ferida quando, com apenas um puxão, Eligor arrancou seu rabo de gato. Fazendo a pequena urrar de dor enquanto sujava o chão com seu sangue de demônio.

– Ajude-a! – Gritou Jasmim para Lilith, que deixou de tentar impedir o demônio e agachou-se para socorrer Mitzy.

O monstro caminhava até a bruxa, ferido, mas ainda mortal. Recolhendo toda a confiança que tinha dentro de si, Jasmim checou suas balas, apenas três. Ela se lembrou de que havia deixado as outras munições no carro e pela segunda vez na noite se sentiu a pior caçadora do mundo. Mesmo assim, se abriu um sorriso sacana para o demônio, que se erguia a sua frente.

– Eu já enfrentei coisas maiores. – Mentiu.

Os primeiros tiros o acertaram em cheio, fazendo com que Eligor cambaleasse para trás. O primeiro tiro fui eu sei peito, o segundo em sua cabeça, apenas mais um tiro era o suficiente para acabar com ele.

Mas ai ela ouviu um barulho atrás de si...

Seguido por uma ardência na panturrilha direita.

Ela se virou para trás e encontrou uma Luzianna assustada. A arma em sua mão ainda quente.

– VOCÊ ATIROU EM MIM, FILHA DA PUTA?!

O ódio que Jasmim sentiu foi facilmente esquecido quando o demônio a emburrou para fora de seu caminho. Ao mesmo tempo que sua dor aumentou quando sentiu o braço ser quebrado, ela também ficou mais nervosa.

Nervosa com Luzianna, não conseguindo acertar um mísero tiro no inimigo.

Mais nervosa ainda com Lilith e como ir até ela foi ir direto para o abatedouro.

E nervosa consigo, por todas as escolhas imbecis que a trouxeram até esse momento.

No meio desse nervosismo, ela sentiu sua alma sair do corpo e por um momento teve certeza que via toda a cena em terceira pessoa.

"Ah, não! Eu morri" Foi o que ela pensou. Então com a mesma rapidez que ela viu sua alma sair, ela voltou para onde estava e uma voz firme, parecendo arranhada., sussurrou em sue ouvido.

Ailif ied ogemus! Ogemus Regina Infernalis et mate murarutaernoctics! In mea potesta...

Jasmim não conseguiu conter um sorriso, após tantos anos...

– Solária!

O fantasma de Solária Rivera, a bruxa que a criou em seus primeiros anos, apareceu a sua frente. Turva e transparente, uma luz dourada rodeando seu espírito.

– Repita... Ailif ied ogemus! Ogemus Regina Infernalis et mate murarutaernoctics! In mea potesta in mea potestate deleos!

Mesmo não fazendo ideia do que se tratava a frase, Jasmim repetiu, as palavras saindo tão leves de sua boca, como se estivessem esperando para sair durante a vida toda.

Ailif ied ogemus! Ogemus Regina Infernalis et mate murarutaernoctics! In mea potesta deleos!

Assim que fechou sua boca, ela sentiu um aperto forte em seu coração, uma pressão que começava em seu peito e subia até sua cabeça, seus ouvidos começaram a zunir, suas unhas apertavam tão forte a carne da palma de suas mãos que ela teve certeza que sentiu pelo menos metade dos dedos se enfiarem na carne. A dor era tanta que seu corpo parecia prestes explodir.

E explodi. A mesma luz dourada que rondava Solária saiu de seu peito, se espalhando por toda a sala. Jasmim tentou se sentar, observando a forte luz dourada que cegava os outros, mas varria o demônio em cima de Luzia. Sem explosões ou uma fumaça. A luz engoliu o demônio assim que tocou sua pele.

Jasmim não teve tempo para observar o que aconteceu depois, começou a sentir sua visão ficar turva e observou pequenas gostas de sangue mancharem sua roupa, mas não vinha do machucado em sua perna, saia de seu nariz.

– Eu devo ter quebrado o nariz. – Foi o que ela falou para Lilith quando a bruxa se aproximou.

– Está tudo bem. – Respondeu a primeira mulher, mas Jasmim viu algo em seus olhos, não pareciam traiçoeiros ou perigosos, mas sim aterrorizados.

– Jasmim!

Alguém gritou, mas ela não ficou acordada o suficiente para reconhecer a voz.

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