Nesse capítulo teremos a aparição de Sam Ledger, então quem não lembra dele, basta ir no primeiro capítulo, onde deixei uma foto, ok? Além dele, teremos outro personagem citado em forma de flashback e eu o imaginei como o ícone Timotheé Chalamet. Boa leitura bbs!
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Louis respirou fundo, observando pela janela de seu quarto as pessoas andando pelas ruas de Portland. Uma semana havia se passado desde a fuga de Zayn, mas pareciam meses e a saudade do amigo o consumia.
No dia seguinte a fuga, a cidade não comentava sobre outro assunto, o que fez Conrad fazer um pronunciamento de que tudo não passara de uma confusão e que Zayn não havia contraído a Delíria, mas optara por uma mudança em sua pareação e tornar-se um solteiro, o que o Governo acatara; e que após disso, preferiu ir morar com tios em outra cidade. A população aceitou a mentira facilmente, mas Louis sabia que isso não havia acontecido, principalmente quando Alex confirmou a história e seu rosto denunciou a mentira.
Zayn havia conseguido fugir com Liam e agora era questão de tempo a doença lhe consumir. Louis queria poder tê-lo ajudado, se tivesse dito sobre a fuga antes, talvez Zayn tivesse escapado. O amigo não merecia aquele fim.
— Filho? O carro já chegou. — Johannah tirou Louis de seus pensamentos, que lhe retribuiu o sorriso. Hoje era seu jantar com Sam Ledger, sua pareação de acordo com a carta que recebera no mesmo dia da fuga de Zayn. — Nem acredito que finalmente sua vez está chegando. Graças a Deus, você conseguiu escapar ileso, diferente daquele...
— Mãe — Louis a interrompeu. — Não fala do Zee, por favor. O próprio Sr. Flynn confirmou que tudo não passou de um engano e que ele não estava com Delíria.
— Isso foi o que ele disse. Mas a Martha me contou que viu quando aquele garoto foi levado e que ele estava fora de controle. Tentou até dar um soco no policial que o colocou na viatura. — Louis suspirou. — Mas isso não importa mais, nem aqui ele mora mais, não é?! Em uma semana, é sua vez de começar uma nova vida. — sorriu para o filho, mas suas palavras não acalmaram Louis. Muito pelo contrário.
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Louis chegou no restaurante e forçou as pernas a irem até sua mesa, o nervosismo era paralisante. Enquanto seguia até o local, observou os casais ali e pensou no que passara com Brandon, segurando-se para evitar as lágrimas. Ele também não merecia ter aquele fim, e se tivessem falado a verdade para o Governo, também poderiam ficar juntos no futuro. Louis respirou fundo e encarou Sam, que levantou e sorriu com sua aproximação.
— Oi — o garoto saudou e Louis viu que ele era mais bonito do que nas fotos. Os cabelos cacheados louros faziam uma ótima combinação com sua pele bronzeada e os olhos azuis. — Até que enfim você chegou, estava com medo de levar um bolo — sorriu e Louis forçou um sorriso de volta. Os dois fizeram os pedidos do jantar e o garçom se afastou.
— Então, nervoso com a intervenção? — Sam perguntou e Louis assentiu. — É engraçado que iremos passar pelo processo no mesmo dia, não é? Você faz aniversário daqui à dois dias, certo?
— Sim — Louis assentiu com a cabeça, no momento que os pratos chegaram. — Você fez há duas semanas, né? — Sam assentiu em resposta.
— Eu gostei muito de ser pareado com você — Sam revelou, levando uma garfada do macarrão à boca.
— Sério? — Louis franziu o cenho e Sam assentiu. — Porque?
— Sei lá, gostei de você quando vi sua foto. — Sam deu de ombros, sorrindo e começando a ficar com o rosto vermelho. — E nós realmente temos muito interesses parecidos.
— Verdade — Louis retribuiu com um sorriso contido. Mas tinha mais com Brandon, Louis não conseguiu deixar de pensar.
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1 semana depois.
Zayn saiu de uma das barracas e espreguiçou-se, respirando fundo e observando a luz do dia. Como a casa não possuía camas suficientes para todos, os Inválidos tinham um esquema de rodízio para que todos tivessem a chance de um sono mais confortável e hoje era um de seus dias de dormir do lado de fora. Zayn sorriu para alguns Inválidos ali e entrou na casa, pegou a própria comida e seguiu para a mesa onde Ginny estava tomando café da manhã.
— Bom dia. E o Niall? — perguntou, sentando-se de frente para a amiga.
— Saiu cedo para correr com o Jem — Ginny respondeu e Zayn assentiu, observando todos na enorme cozinha. Eram um grupo de pouco mais de 50 pessoas, mas adolescentes eram poucos, apenas três meninos e meninas, além de Zayn, Niall, Ginny, Camila e Jem. — O que foi que você tanto observa? — Ginny sorriu.
— Ah, nada, nada — Zayn negou sorrindo, mas suspiroufundo e riu ao ver que Ginny o encarava. — Okay... você provavelmente vai rir de mim ou me chamar de infantil, mas... o Liam foi meu primeiro beijo e quando eu contem isso pra ele, ele me respondeu que já havia beijado... — Ginny já não contia a risada. — PARA! — Zayn a empurrou de leve, rindo também.
— O Liam era muito centrado, nunca namorou ninguém daqui. O único garoto que fiquei sabendo que ele beijou foi o Kyle, mas ele não está mais com a gente. — revelou.
— O q-que houve? Ele...? — Zayn não conseguia nem completar a pergunta.
— Não! — Ginny deu três leves batidas com o punho fechado na mesa de madeira. — O pai do Kyle acabou tendo uma discussão com o Walter e a Ella, então decidiu ir embora com ele e a esposa. Isso faz uns dois anos e pelo que ficamos sabendo, eles estavam com os Refugiados. — Zayn assentiu.
— Mas o Liam e ele... não namoraram de verdade? — Zayn questionou, uma ponta de ciúmes.
— Que eu saiba não, sr. ciumento — Ginny ironizou, sorrindo. — Na época que fiquei sabendo que eles haviam se beijado, o Liam devia ter uns quinze e sempre foi muito focado nos Inválidos. Ele não se daria um espaço pra namorar. — Zayn assentiu novamente.
— Mas o que foi? Você parece tá preocupado com outra coisa. — Ginny observou.
— É que você falando de namoro, me lembrou o Louis. — Zayn contou e Ginny assentiu, pois conhecia a história e como Zayn havia acabado ali. — Hoje é o aniversário dele e em breve, ele deve passar pela cura. Eu fico num misto de vontade de querer ajudá-lo, mas ao mesmo tempo penso que ele merece por tudo que me causou mesmo sabendo que ele não merece... — Zayn negou com a cabeça, suspirando.
— Falei com meu pai se existia alguma possibilidade de o ajudarmos, mas é impossível. Além do Governo estar mais prevenido contra uma nova invasão, colocaram mais espiões sobre o Louis. Eles desconfiam que ele também pode estar com a Delíria, pelo fato de saber que eu também estava — Zayn fez aspas no ar. — Tentar resgatá-lo só o colocaria em risco.
— Ei, nós vamos achar uma cura para isso! — Ginny o consolou, segurando sua mão direita e Zayn assentiu, mesmo que o medo de isso nunca acontecer rondar seus pensamentos.
— Não vão treinar hoje? — Jem sorriu, ao passar pela mesa de Zayn e Ginny, após tomar seu café.
— Vamos daqui à pouco — Zayn sorriu e Jem assentiu, seguindo para a saída. Zayn acompanhou o olhar de Ginny o observando até o último segundo.
— Ok, eu achava que era coisa da minha cabeça, mas seu olhar acabou de me confirmar. Você gosta do Jem? — questionou, sorrindo.
— O que? Não! — Ginny sorriu e o empurrou, mas Zayn arqueou uma sobrancelha. — Ok, ele foi meu primeiro beijo, quando eu tinha quatorze! — Ginny levantou as mãos em sinal de rendição e Zayn riu. — Mas foi só isso... E mais três beijos depois. — completou, fazendo-o gargalhar. — Mas sério, não tivemos mais nada depois disso.
— Mas você quer?
— Não sei, de verdade! Ás vezes é tentador, mas sei lá... — Ginny deu de ombros. — Acho que não sinto aquilo, sabe?
— Ok, agora vamos lá pra fora. Já já, o Jem tira a camisa após os treinos; quem sabe aqueles gominhos te ajudem a pensar. — Zayn ironizou, fazendo Ginny gargalhar e empurrá-lo novamente, enquanto saíam o refeitório. Mas antes que pudessem chegar fora da casa, Ella os interrompeu.
— Zayn, você pode vir comigo até a sala do seu pai? — perguntou e Zayn assentiu, despedindo-se de Ginny em seguida e acompanhando Ella. Ao entrarem na sala, Zayn pôde ver a expressão do pai transformar em raiva, enquanto sua conversa com Marcus foi interrompida.
— Ella, o que...? — Walter começou, mas foi interrompido por ela antes que pudesse continuar.
— Ele tem direito de participar, principalmente quando é o mais qualificado, Walter.
— Mais qualificado para o quê? — Zayn questionou, olhando da mulher para o pai.
— Pensamos em um plano para derrubar a ASD, e você é o mais qualificado para isso. — Ella respondeu ao ver que Walter não faria, encarando-o.
— Que plano? — Zayn perguntou, focado.
— É muito perigoso, Zayn. — Walter interveio.
— Eu acho que tenho direito de saber, pai. Depois decido se é ou não perigoso.
— Concordo — Ella sorriu.— Você conhece Shawn Foster, o filho herdeiro de Thomas Foster? — Zayn assentiu. — Ele passará pela intervenção daqui uns meses. Se nós infiltrarmos em sua escola e um dos nossos for seu colega de classe, saberemos sempre onde ele está e, assim, podemos sequestrá-lo no momento certo.
— Se-sequestrá-lo? — Zayn vacilou.
— Não queremos fazer mal ao garoto — Ella explicou. — Mas ele seria a moeda de troca perfeita para um fim das intervenções.
— Você acha mesmo que esse garoto não anda cheio de seguranças até os dentes, Ella? — Walter rebateu.
— Exatamente por isso precisamos de um dos nossos virando amigo dele. Basta ele confiar em um de nós. — ela devolveu e voltou-se para Zayn. — E você, Zayn, é o único dos adolescentes que já foi para uma escola e sabe como agir em um local assim.
— Não, é arris... — Walter tornou a falar, mas foi interrompido pelo filho.
— Eu topo! Quando começamos?
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— Boa sorte! — Johannah desejou ao filho, com um sorriso no rosto, mas o nervosismo de Louis o impediu de devolvê-lo. Finalmente havia chegado o dia que sentiria-se livre de todas as dores.Ele respirou fundo e seguiu para a sala do doutor que faria sua intervenção no Hospital de Portland, após passar pela recepção, onde confirmou seus dados.
No local, seu nervosismo só aumentou. O médico repetiu todas as informações sobre a cura sem nem olhar para Louis, como se fosse um robô. Louis assentiu para tudo, respondendo quando perguntado diretamente. Seguiu para o vestiário onde colocou a roupa apropriada para a sala de cirurgia e seguiu o doutor para a sala.
— O que vou lhe aplicar agora é uma anestesia, pois a cura é muito forte. Ela deve fazer efeitos em poucos segundos. — o médico explicou e Louis, já deitado na maca, sentiu uma rápida picada no centro da nuca. E no segundo seguinte, seu corpo pareceu sofrer uma descargas, uma calmaria atingindo-o lentamente. Seus olhos pesaram e Louis tentou lutar contra a vontade de fechâ-los, o medo dominando-o ao ver o médico preparando a grande seringa de três pontas, com um líquido azulado.
Louis já ouvira que, prestes a morrer, as pessoas viam suas vidas passando diante os olhos e algo parecido aconteceu com ele enquanto o médico vinha em sua direção, mas apenas momentos com Brandon vieram em sua mente. O primeiro beijo, o primeiro abraço, a primeira vez que Brandon beijara seu pulso, algo que fazia com frequência...
Os pensamentos diminuam gradativamente enquanto Louis sentia cada vez mas sono, mas uma forte dor o atingiu na lateral da nuca e ele sentiu as três agulhas perfurando sua pele, enquanto suas veias queimavam. Era uma dor alucinante e sua vontade era gritar para que o médico parasse com aquilo, mas não conseguia mexer seus membros. A dor na cabeça o atingiu como um soco e se pudesse mexer os olhos, os teria pressionado com toda a força; mas no segundo seguinte a dor havia sumido e ele cedera ao sono.
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AAAAAAAAAAAAAAAAAAA, A REVENGE VEM SEUS PUTOS DA ASD!!
Alguém aí shippando Ginny e Jem? ksksksksk. E o Louis foi curado AAAAAAA. Como será a vida dele após isso?