Um final diferente (a seleção)

By starlight_988

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Esta fanfic é baseada na trilogia de A Seleção. Nesta versão não houve ataque rebelde. Maxon escolheu Kriss... More

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aviso

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By starlight_988

AMERICA:

— Te vejo amanhã, está bem?
Me despedi de Alex, uma amiga, e voltei a seguir o meu caminho pelas calçadas alemãs até o palácio, eu  havia acabado de sair da faculdade de música da qual resolvi fazer para passar o tempo e aprimorar minhas técnicas de musicista.
De manhã eu ia de carro por ordens de Adam que insistia falando que seria mais seguro, e depois voltava a pé.
Ainda mantenho contato com Celeste, Marlee e Nicolleta, que já ia completar dois meses de casada, o tempo passa cada vez mais rápido, e o famoso casamento de Illéa também, que por acaso seria na próxima semana. Dizem que vai ser o maior de toda a história de Illéa.
August de tempos em tempos também me ligava, e perguntava como eu estava e se eu precisava de alguma coisa, o estranho é que eu pedia para falar com Geórgia, mas ele sempre dizia que ela estava ocupada e que me ligaria depois e tals. Mas eu nunca me contentava com aquilo.
— Bom dia senhorita America.
Um dos guardas do portão me cumprimentam e como de costume me deixa entrar com um grande sorriso no rosto.
— Bom dia soldado.
Retribuo e logo já estou no salão de frente com as escadas que levam para os quartos.
Resolvo passar no escritório de Adam primeiro.
Nossa relação andava normal nos últimos meses, bom, de vez em quando ele ficava um pouco "instável", mas quem pode culpa-lo? É uma pessoa ocupada, e a pressão sempre está presente.
Bato na porta e escuto alguém autorizando minha entrada, ele estava ao telefone.
— Tudo bem, ligarei de novo em breve. Obrigado.
E o colocou no gancho, para depois se aproximar da cadeira e se jogar nela de forma preguiçosa, ri daquilo.
— Oi America.
Ele parecia cansado, talvez devesse ser só o trabalho.
— Vossa realeza não parece nada bem.
Digo de forma irônica. E ele sorri para mim e se levanta para depositar um beijo em minha testa.
— Não é nada de mais. Garanto.
Será que ele escondia algo? Ultimamente seus olhos pareciam brilhar menos, a testa se enrugava mais facilmente, e até já o vi bebericando um copo de uísque, do qual ele dizia ajudar a relaxar.
— Se você diz.
Respondo por fim, ele se voltou para mim novamente e parecia zangado.
— O que foi? Não confia mais em mim?!
Seu tom era de ameaça, tive que recuar um pouco disfarçadamente.
— C-como? Eu não disse nada disso!
Tento me defender e ele bufa, era quase uma risada.
Em seguida caminha sem dizer nada para pegar uma bebida que ficava no canto de seu escritório para se servir, eu odiava quando ele fazia aquilo....
— Não me importa. Vá agora, tenho muito trabalho a fazer. Algo que você nã entende.
Eu tentava ser compreensiva nesses momentos, mas ás vezes parecia impossível, ficar estressado comigo não ia adiantar de nada, por isso, me afasto fechando a porta atrás de mim e caminho em direção ao meu quarto.
Abro a porta e sem dizer nada para as minhas criadas, me jogo na cama soltando um grito abafado no travesseiro de raiva.
— Aconteceu alguma coisa senhorita America?
Lucy pergunta com a voz baixinha, sempre delicada, Mary se aproxima.
— Ás vezes o Adam é insuportável!
Resmungo de novo com a cara no travesseiro.
— Tenho certeza que deve ser só o trabalho....
Ela tenta mas eu sento rápido para contrariar.
— Eu falo a mesma coisa para mim mesma, mas isso tem sido cada vez mais difícil Lucy!
As duas recuam e eu começo a brincar com o travesseiro.
Logo Mary se aproxima e, provavelmente, querendo quebrar a tensão do ambiente ela diz.
— Pelo menos hoje a senhorita vai poder almoçar em seu quarto, o rei e a rainha não estão, acho que foram em alguma reunião no exterior....
A primeira notícia boa do dia acaba de aparecer! Assim eu poderia ficar em meu quarto sem precisar encarar ninguém, e fingir que estava tudo bem, mesmo a rainha sendo um amor comigo.

À noite chega e Adam ainda não apareceu, nem se quer me procurou ou bateu na porta.
— Senhorita America, você quer que fiquemos até o príncipe aparecer?
Balanço a cabeça em sua lá negativo.
— Acho que ele não vem Mary, podem ir descansar, vocês trabalharam muito hoje. Obrigada.
As duas fazem uma reverência exagerada e saem do quarto, e eu me contento em dormir mais cedo, ainda bem que eu tenho a faculdade para passar parte do dia fora.

Escuto alguém me chamar e resmungo algo que nem eu mesma escutei.
— America. Levante, já é de manhã.
Me virei para verificar quem era e fiquei surpresa.
— Adam? Onde estão minhas criadas e por que está aqui?!
Ele riu com minha confusão, mas eu estava bem longe de achar graça nele hoje, eu continuava furiosa com Adam por causa de ontem.
— Pedi para que elas esperassem lá fora. E decidi acompanhá-la até a faculdade hoje, o que acha?
Dei de ombros, eu não queria nem olhar para ele.
— Primeiro vou me arrumar.
Ele fecha a cara, que ótimo! Consegui deixá-lo irritado já de manhã.
Eu aguardava o sermão que ele iria me dar mas aí, ao contrário do que eu esperava, ele se vira e sai pela porta, minhas criadas entram depois que eu o perco de vista.
— Vamos senhorita, precisa se arrumar para o café.

No final, acabei por não comer nada, agora, eu estava sentada do lado de Adam que não havia falado nada até agora, sorte que já estávamos quase chegando.
— Sabe, eu não entendo o porque de você estar assim.
Foi a primeira coisa que ele disse.
— Assim como?
— Me evitando....
Ele tentava esconder a raiva, em vão sem dúvidas. Um suspiro me escapa e ele se volta para mim.
— Por acaso você está desistindo de mim? Esta amando outra pessoa?!
Agora a raiva me sobe a cabeça, como ele pode insinuar algo desse tipo?
— Que droga Adam! Claro que não, é você quem perde a cabeça comigo sem motivo!
Ele pisca os olhos de forma incrédula, e eu não conseguia parar de encara-lo ainda sem acreditar.
— Falaremos sobre isso depois. Agora pode ir embora.
Segurei as lágrimas para não chorara na frente de ninguém, aquilo doeu, ele estava tão diferente e distante.... nem parecia o Adam que conheci.
Tratei de descer o mais rápido possível e ir para o meu lugar na sala.
O dia passou rápido mesmo eu não tendo prestado muita atenção na aula, acho que até o professor reparou mas não disse nada, ao contrário da Alex que me viu saindo e se dispôs a ir atrás de mim.
— Ei.
— Oi.
Digo meio desanimada, ela repara, me lembrava Marlee.
— Então.... eu estava indo até o café com um amigo, quer ir junto?
Penso um pouco, não parecia má ideia, e ficar mais tempo longe de Adam por um tempo parecia bom.
— Eu adoraria! Obrigada.
Ela deu de ombros.
— Não é nada, você é sempre bem vinda America.
Ela me deu uma carona com seu carro e  com umas cinco quadras de distância, já estávamos em frente a uma cafeteria da qual nunca tinha notado antes.
— Venha.
Diz fazendo movimentos com as mãos me incentivando a me aproximar.
— Olha ele ali!
Me avisa apontando para uma mesa próximo ao balcão.
Alex me pega pela mão e me faz sentar numa cadeira.
— Foi mal pelo atraso Aaron, eu trouxe uma amiga da faculdade, você se importa?
Aaron, era bonito, cabelos escuros, olhos claros, e pelo morena, parecia ser meio baixinho e usava óculos, mas isso lhe dava um ar de inteligência, usava uma camisa listrada e parecia beber algo parecido com café.
— Não! Claro que não. Aliás, sou Aaron.
Diz me estendendo a mão, apertei como sinal de retribuição.
— America.
— É um prazer America, mas você não é daqui é?
Neguei, ele parecia estar animado.
— Sou de Illéa, conhece?
Seus olhos se arregalaram, de surpresa com certeza.
— Sim! Minha mãe era de Illéa, mas eu nasci aqui.
Antes que eu dissesse algo Alex ri e se levanta.
— Agora que os dois se conhecem, eu vou até o toalete, com licença.
Alex se retira e nós dois voltamos a conversar, mas não durou muito tempo, vi pelo grande vidro que expunha a cafeteria, um carro preto estacionando, e sabia quem era, comecei a entra em pânico, o que ele iria pensar?
A porta foi espancada e vários guardas entraram depois de Adam, houve vários gritos e algumas pessoas até se encolheram no chão.
Adam veio até nós, e Aaron fez uma reverência, ele estava nervoso.
— A-alteza.
Saudou, Adam ressaltava raiva no olhar, e eu medo do que ele pudesse fazer.
Outras pessoas ao nosso redor fizerem uma reverência ao se tocarem de quem estava ali.
— Onde esteve?! Nunca mais suma desse jeito!
Ele sussurra em meu ouvido segurando em meu braço com força disfarçadamente, com certeza iria ficar um hematoma.
— Não posso sair com amigos?
— Não!
Rugi com força, fiquei abalada com a resposta.
— Adam me solta.
— Nós vamos embora.
Balancei a cabeça para tentar esquecer esse momento, como se aquilo fosse possível.
— Não.
Respondo por fim.
— Para de pirraça e vamos logo!
Diz me puxando pelo braço, agora era pra valer.
Ele me coloca dentro do carro a força e ninguém fez um som se quer, ele estava sério e eu tinha medo do que poderia falar e me arrepender depois.
O carro para e ele pega no meu braço de novo.
— Adam para!
Ele não diz nada, continua andando e acho que estava indo em direção aos quartos.
Quando vejo já estávamos dentro do meu e ele me joga contra a parede fazendo meu braço latejar.
Lucy e Mary soltam um gritinho de espanto e correm até mim, que já estava no chão em prantos.
— Como você pode America?!
Ele se dirigi a mim e eu me encosto na parede.
— O quê?
— Me trair desse jeito! Quem era aquele babaca?!
Levei uma mão a testa ao me tocar do que ele estava pensando.
— Aaron é apenas um conhecido, amigo da Alex, pare de bobagens Adam!
Ele não parecia convencido, pelo contrário, estava parecendo mais bravo ainda.
— Se você pensa que eu sou algum tolo está muito enganada, eu sou o seu superior, e isso significa que você me deve fidelidade!
— Eu não devo nada a ninguém....
Rebato mesmo com a voz vacilando um pouco, ele segura em meu pulso com força e eu estremeço ao sentir aquele toque de violência.
— Nunca mais ouse me desrespeitar se não eu vou....
— Vai o quê?
Respondo de novo, ele se enfurece.
— Me machucar como fez com Louise?!
Seus olhos se arregalam, ele tropeça em seu próprio pé e quase cai no chão desnorteado.
— O que disse?

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