A sociedade Beaumont

By AutoraBeaLourenco

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PLÁGIO É CRIME! (Art. 184 - Código Penal) CONTÉM CONTEÚDO ADULTO [+18] (Cenas de sexo explícito... More

*Nota da Autora*
Capítulo 1 : Ligeiramente nostálgico
Capítulo 2: Preocupação nunca é demais
Capítulo 3: Melancolia Constante
Capítulo 4: Virtude Inata
Capítulo 5: Todo tempo do mundo
Capítulo 6: Walking on Sunshine
Capítulo 7: Noite no sofá
Capítulo 8: Efeito Eloise
Capítulo 9: Como o diabo foge da cruz
Capítulo 10: Flashes e Nostalgia
Capítulo 11: A que horas devo ir?
Capítulo 12: Regra de Ouro
Capítulo 13: Inquebrável
Capítulo 14: Maturidade
Capítulo 15: Ardendo em Chamas
Capítulo 16: Um bom vinho e uma boa amizade
Capítulo 17: Montanha-russa
Capítulo 19: O Ranking
Capítulo 20: Absurda e Assustadora
Capítulo 21: Siga o roteiro
Capítulo 22: Cama de Solteiro
Capítulo 23: Terceira Roda
Capítulo 24: Efetivado
Capítulo 25: Um, dois... TRÊS?
Capítulo 26: Querer não é poder
Capítulo 27: Gélido Como Lume
Capítulo 28: M U L H E R
Capítulo 29: Agora você me vê, agora não vê mais
Capítulo 30: Tempos de Diamante
Capítulo 31: Fenomenal Viúva Negra
Capítulo 32: Vinte Minutos
Epílogo | Capítulo 33

Capítulo 18: Vulnerável

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By AutoraBeaLourenco


Seguir em frente sem olhar para trás.

Menos um contato na minha agenda.

Bem, acho que consigo sobreviver.

E não é que sobrevivi mesmo!? Não me importava mais tanto assim com as relações sociais quanto costumava. Na minha mente, eu só precisava manter uma coisa na homeostase — e creio que não existe necessidade de dizer o que era.

Quem precisa de shots de tequila quando se tem cerveja barata na geladeira? Ok. Também revirei os olhos, mas era ainda a minha realidade da época. Tirando o fracasso evidente da vida social, até que acadêmica e profissionalmente eu estava indo bem, e não conseguia esperar a hora para agradece-la da forma mais excitante que podia.

Numa sexta-feira à noite, cheguei do estágio ensopado pela chuva violenta e repentina que começara a cair ainda de tarde. Tremendo de frio, guardei a bicicleta e subi pelas escadas a fim de me aquecer. Livrei-me rapidamente das roupas para não ficar doente e peguei o primeiro pedaço de pano seco que vira jogado no sofá para poder me enxugar, foi quando recebi uma ligação.

— Se você não quer que eu vá embora e diga a ela que estava ocupado, é melhor descer em dois minutos — confuso desgrudei o celular da orelha e verifiquei o número.

— Christopher!? — Semicerrei o olhar.

— Não, é o Lúcifer — revirei os olhos. — Agora você tem um minuto e meio — e, obviamente, desligou na minha cara.

É evidente que se eu soubesse já estaria pronto, mas não seria a Eloise se fosse previsível demais. Nem ao menos tive tempo para tomar um banho descente, lavei só o necessário e mergulhei em perfume.

— Carteira. Celular. Ok — murmurei verificando os bolsos do moletom azul cobalto que vestira às pressas, tranquei a porta e desci correndo. — Um pouco de paciência não iria te matar — reclamei arquejante batendo a porta do carro.

— Tem sorte de eu ainda estar aqui — Christopher ligou o motor arrancando dali, e os para-brisas também. 

— Vai estar de bom humor algum dia? — Provoquei.

— Sim, — fixou o olhar malévolo na estrada — mas para que isso aconteça eu tenho que assumir sérios riscos de ir para a cadeia.

— Eu pagaria pra ver — esbocei um sorriso torto.

— Pode até pagar, mas se eu for parar na cadeira garanto que você não estará aqui pra ver isso — arregalei os olhos disfarçadamente.

Não tenho certeza se era realmente uma ameaça, mas decidi não o perturbar mais — a estrada deserta e a noite chuvosa pareciam ser o cenário perfeito para um crime com cara de acidente.

A tempestade não cessou por um minuto sequer, na outra cidade estava ainda mais frio do que em Palo Alto. Christopher guardou o carro na garagem, pelo menos assim eu não ficaria ensopado mais uma vez.

— Ela está na sala, — socou a porta de acesso ao interior da mansão — esperando por você — e revirou os olhos sumindo pelo corredor estreito.

Por um instante fiquei perdido, apenas algumas arandelas iluminavam o caminho e as obras de arte penduradas nas paredes. Percebi que todo o interior estava mal iluminado, imaginei que a chuva havia danificado algo no sistema elétrico da casa. Se não fosse o calor e a luz peculiar vinda da lareira acesa, não teria encontrado a sala de estar. Os móveis eram belíssimos e modernos, mas não tanto quanto a bela e poderosa mulher que estava sentada no encontro entre dois sofás enormes com revestimento branco de sarja, envolta completamente por um cobertor fino, bordô e reluzente.

— Vinho? — Desviou sua atenção das chamas para me conceder seu olhar penetrante.

— Olá — meu sorriso aproximou-se dela antes de mim.

Haviam duas taças já preenchidas até a metade em cima da mesa de centro de madeira e vidro, Eloise estendeu o braço para fora do cobertor, então entendi que ela aguardava por um ato meu de cavalheirismo. Observei sua expressão de prazer ao degustar o vinho lentamente, desde que pôs o cristal em seus lábios até o líquido quente atravessar sua garganta. O vinho mal chegara aos meus lábios, mas senti o calor dominar meu corpo por completo.

— Tire o casaco — ela disse antes que eu pudesse tomar o primeiro gole.

Minha taça voltou ao lugar anterior, tirei meus pertences do bolso e pus em outro canto do sofá obedecendo seu comando sem cerimônia.

— Posso me sentar com você? — Peguei a bebida novamente.

— Não esperava que ficasse de pé a noite toda. Sente-se — então bebeu mais.

— É um ótimo vinho — comentei ao finalmente degusta-lo.

Escorreguei sutilmente para mais perto e pude sentir seu aroma, fechei os olhos lentamente e contive um sorriso. Não precisou de muito para me excitar, eu começava a imaginar que tipo de roupas Eloise estaria escondendo por baixo dos panos que cobriam seu corpo.

— Eu estaria surpresa caso não fosse — finalmente um sorriso, mas seus olhos ainda me analisavam. — Espero não ter interrompido algum encontro hoje.

— Não era um encontro — respondi constrangido.

— Por favor — revirou os olhos e inclinou-se na minha direção apoiando o cotovelo no descanso e o rosto em seu punho semiaberto.

— É verdade — respirei fundo contendo minha tensão com sucesso.

Terminamos a bebida em silêncio e simultaneamente deixamos nossas taças vazias no chão, ao lado da tapeçaria. Ansiava por um toque seu mais do que qualquer coisa que poderia vir a ter.

— Vamos de uma vez ao que interessa — nossos olhares encontraram-se.

— Como quiser — a garganta queimou, suspirei.

— Espera que eu faça alguma coisa com você vestido? — Ergueu uma das sobrancelhas.

Mensagem recebida com sucesso. Dois segundos e "adeus, camiseta". Eu saí tão rápido do apartamento e acabei não notando que havia esquecido de vestir uma cueca, mas foi um incidente bastante feliz, pelo menos Eloise pareceu gostar dessa objetividade.

Infelizmente a incerteza me dominou mais uma vez — não sabia se deveria tomar uma atitude ou esperar que ela fizesse as honras. Regredi e, momentaneamente, não soube como me portar. Estava completamente nu, não tinha onde pôr as mãos. Senti-me acanhado, com vergonha. Eu alternava o olhar entre ela e o escuro no restante da sala. Vulnerável, e mais uma vez em suas mãos.

Um furacão não previsto me atingiu em cheio. Eloise subiu em meu colo tão rapidamente que não tive a capacidade de perceber seus movimentos. Nos cobrindo em uma espécie de cabana pueril, revelou sua plena nudez ao me convidar a tocar seus seios. Ereção em andamento.

Puxando meus fios de cabelo, fez minha cabeça e a coluna caírem nas almofadas atrás de mim. Uma sessão insana de beijos e mordidas começaram, não precisei do mínimo de concentração — pau duro? Super OK.

Meus dedos acompanharam a curva sinuosa que começava em suas costas e me levou às suas nádegas macias e avantajadas. Segurei nelas com vigor e ela suspirou nos meus lábios, sorri espontaneamente continuando a massageá-las. Enrijeceu o quadril e deitou sobre o meu, seus movimentos lascivos me fizeram pulsar, fiquei mais ansioso ainda para penetra-la, agora precisava de concentração para não repetir o vexame da primeira vez.

Escorregou seus lábios úmidos pelo meu queixo, pescoço, peitoral, abdômen, umbigo e finalmente parou no local desejado. Eloise moveu a boca com intensidade e força, me fez gemer como um animal no cio. À certa altura tinha espasmos por cada centímetro do meu corpo, as solas dos meus pés queimavam e eu segurava seu cabelo empurrando-a para baixo enquanto, paradoxalmente, socava o sofá irritado por não ser capaz de faze-la parar.

Após intermináveis minutos dolorosos de sua adorável tortura, Eloise enterrou seu braço por entre as almofadas e senti uma ponta afiada arranhar meu braço quando tirou algo de lá. Pôs-se ajoelhada entre minhas pernas, eu sentei escorando as costas e os braços no sofá enquanto ela rasgava a embalagem.

— Você coloca, ou eu? — Pensei por um segundo no quanto seria prazeroso vê-la desenrolar o látex pegajoso no meu pau, mas meu nível de tesão era alto demais para arriscar, então eu mesmo coloquei enquanto ela assistia como uma loba faminta.

Eloise me devorou como nunca havia feito antes. Estávamos ainda sentados, o suor fazia minhas costas grudar no sofá e ela não demonstrava interesse em parar. Continuava arrancando meus fios de cabelo, eu apertava sua cintura e elevava minha pélvis metendo o mais fundo que fui capaz.

A química entre nós dois parecia estar mais forte. Nossos corpos quase se fundiam em um único corpo. Meu ápice se aproximava, mas não queria que acabasse. Então, levantei segurando Eloise em meu colo e a deixei de joelhos no sofá, continuei meu serviço, dessa vez no controle usei um pouco mais de força. E não paramos por aí. Queimávamos mais que as madeiras na lareira, tomamos parte da insanidade do outro e perdemos qualquer tipo de noção que poderíamos ter.

Segurei o braço de Eloise e a trouxe para cima, passei a língua em seu pescoço, mordi seu ombro sem piedade, ela gemeu contorcendo-se em mim e virou puxando-me pelos quadris para mais um beijo enlouquecedor. Subitamente empurrou meu corpo para o chão, ajoelhado aos seus pés lhes dei um beijo — nunca pensei que faria isso. Acariciei suas panturrilhas e subi as mãos como se desenhasse seu corpo, segurando sua bunda maravilhosa meu rosto colidiu com a sua pele perfeita e caí de boca tentando chupá-la da melhor maneira possível.

Dominamos a mesinha de centro, era nosso novo cenário. Suspendi Eloise e suas pernas abraçaram firmemente meu quadril, cuidadosamente ajoelhei-me com ela em meus braços e pus suas costas no vidro frio, ela estremeceu e sorriu. Puxei o cobertor, que estava no chão, e fiz o mesmo que ela fizera anteriormente. Nossos rostos ficaram à centímetros de distância, meu olhar era intenso e fixo, pude enxergar sua alma e, pela primeira vez, Eloise mostrou-se vulnerável. Um sentimento peculiar tomou meu corpo, queria mais daquilo, assim, segurei meu pau e lentamente levei até ela, esfregando seu clitóris para provoca-la. Um sorriso largo surgiu em seus lábios levemente avermelhados, e as mãos repousaram sobre meus bíceps. Surpreendi penetrando-a quando menos esperava, vi seus olhos rolarem para trás e ouvi a melhor música de todos os tempos enquanto suas unhas perfuravam meus músculos.

Senti o móvel sair do lugar, assumo a culpa orgulhosamente por nossa transa selvagem e indecorosa. Disse coisas que nunca imaginaria dizer à uma mulher, ouvi coisas que nunca pensei que poderiam ser ditas para mim. Estávamos banhados em êxtase, seu corpo se entregou completamente ao prazer de me ter dentro dele. Confesso que ardeu, mas sentiria novamente suas unhas rasgando a pele do meu dorso ao estremecer embaixo de mim.

Após o gozo precisamos de um tempo para nos recompormos. Repousei meu rosto em seu peito, sentindo seus batimentos desacelerarem gradativamente ao passo que sua respiração se tornava regular novamente. Gostei de sentir seus dedos acariciando minha nuca, mais do que deveria até. Fechei os olhos e aproveitei cada segundo finito daquele momento, pois sabia que não duraria muito.

— Foi bom? — Eu precisava perguntar.

— Você precisa ter mais confiança — sentou-se puxando o cobertor para o seu corpo — e atitude.

— Já ouvi isso antes — revirei os olhos. — Desculpe...

— Não — segurou meu queixo com força enterrando os dedos em minhas bochechas. Pensei que levaria um tapa no rosto, mas, apesar de seu olhar feroz, beijou-me mais uma vez por tempo suficiente para me hipnotizar novamente. — Eu quero mais desse novo Adam.

— Quando a senhorita deseja ter mais de mim? — Sorri satisfeito por conseguir agradá-la, e tentei seduzi-la acariciando suas coxas.

— Agora — agarrou meu pau com força removendo o preservativo usado, fez um nó na ponta e o jogou na lareira.

Caí sentado quando ela me empurrou para ter passagem. Piscou para mim, eu sorri acompanhando seus movimentos, e desfilou pela sala como uma deusa arrastando o manto que cobria suas costas. Eloise, sempre Eloise.

Recolhi minhas coisas rapidamente e a segui tapando minhas partes com medo de encontrar outras pessoas pelo caminho. Paramos no quarto onde eu dormira quando assinamos o contrato, ela subiu na cama e puxou a gaveta da mesa de cabeceira ao lado despejando uma grande quantidade de pacotes de camisinhas na cama.

— Ela quer acabar comigo — murmurei deixando minhas coisas em cima da cômoda.

— Vamos — ela sorriu estendendo sua mão para mim, corri ao seu encontro e quando segurei ela me puxou fazendo meu corpo cair com tudo no mar de preservativos.

— Pretende usar tudo isso hoje? — Tentei esconder o receio.

— Adam... — ela riu sutilmente afagando meu rosto. — A noite é longa, e eu ainda quero foder muito. 

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