Meu Imortal - A Maldição De V...

By LarissaWalters

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HISTÓRIA CONCLUÍDA ✔ 2° lugar em Fantasia no Concurso Atlantis 1° Edição 3° Lugar em Fantasia no Concurso A.E... More

Prólogo
Capítulo I - Rosa Negra
Capítulo II - Pequena confusão
Capítulo III- Misterioso Herói
Capítulo IV- Homem de capuz
Capítulo V- Misterioso V.G
Capítulo VI- Outra vez não!
Capítulo VII - Em apuros
Capítulo VIII- Socorro
Capítulo IX- A Aberração
Capítulo X- Não é ela, Viktor!
Capítulo XI - Fuga
Capítulo XII - Alcateia
BOOK TRAILER OFICIAL (TEMPORÁRIO OU NÃO)
Capítulo XIII - Não há esperanças
Capítulo XIV - Quem sabe um começo.
Papo sério...
Capítulo XV - Lembranças
BOAS NOTÍCIAS!!!
Capítulo XVI - Fio de cabelo
Capítulo XVII - Tentando um recomeço
Capítulo XVIII - Pedido de partida
Capítulo XX - A adaga
Capítulo XXI - Misterioso V.G. desvendado
Capítulo XXII - Pedido inesperado
Capítulo XXIII - O salão de dança
Capítulo XXIV - A Magia de uma valsa
Capítulo XXV - Visita de uma velha inimiga
Capítulo XXVI - Sonhos disformes
SOCORRO!!
Capítulo XVII - Um pouco sobre a maldição
Capítulo XXVIII - Grande confusão
Capítulo XXIX - A voz em sua cabeça
Capítulo XXX - O livro
Capítulo XXXI - As letras se revelam
Capítulo XXXII - A Maldição de Viktor
Capítulo XXXIII - Fuja!
Capítulo XXXIV ­­­- O início da tempestade
Vocês decidem!
Capítulo XXXV - O retorno de Elizabeth (parte I)
Betas
Capítulo XXXV - O retorno de Elizabeth (parte II)
Alguns pontos..
Capítulo XXXVI - A voz no corredor
Capítulo XXXVII - Uma vida por uma vida (Parte I)
Capítulo XXXVII - Uma Vida por uma Vida (Parte II)
Capítulo XXXVII - Uma Vida por uma Vida (PARTE III)
Epílogo - Somente aquela que o amaldiçoou, o libertará (Parte Inicial)
Epílogo - Somente aquela que o amaldiçoou, o libertará (Parte final)
COMUNICADO IMPORTANTE

Capítulo XIX - Lar doce lar

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By LarissaWalters


         Passaram-se alguns dias depois daquela conversa de Kristen e Viktor. Ela o evitava pelos corredores assim como ele parecia fazer o mesmo. Estava tudo muito tenso, muito incômodo naquele lugar. Ela teria de partir. Kristen já estava ali a dias enrolando, tomando coragem de sair do quarto e pedir a Viktor que a levasse de volta para seu lar. Ele não havia mudado de ideia, não pedira desculpas por seu modo rude nem a procurara para anunciar que ela podia ficar. Era mesmo a hora de sair.

Embora Kristen quisesse ficar, sentia que tinha que ficar, algo a queria ali, mas ela notara que não havia mais modos de ficar debaixo do mesmo teto de alguém que não queria sua presença ali. E de qualquer modo, Viktor era o anfitrião daquele lugar, tinha total liberdade de mandar qualquer um para fora sem ter de ser contestado.

No final das contas ela não se humilharia aos pés dele assim como nunca humilhou-se ao de ninguém. Aquela expulsão a havia magoado, mas acima de tudo, havia lhe mostrado que de fato ali não era seu lugar. Ela tinha um lar de fato seu, afinal, não tinha de lamentar nada.

Kristen que estava sentada por sobre a cama do cômodo o qual deixaria dali a instantes, fitou o cômodo, despedindo-se silenciosamente. Nada ali era seu, e ela nem ansiava ter, mas de qualquer modo marcaria uma parte de sua história. O ambiente estava claro, raios delicados adentravam o ambiente pelas portas de vidro da varanda. Então ela levantou-se, lentamente caminhou até a porta fechada da varanda e abriu pondo-se para fora.

Os raios solares mal aqueciam, mas Kristen queria senti-los. Até o ar daquele lugar parecia despedir-se de si acariciando delicadamente sua face pérola. Tudo ali ficaria para trás. Não demorou muito para que batidas sutis soassem atrás da porta negra do ambiente, mas ela sequer lhes deu atenção e continuou deliciando-se com a despedida daquele lugar.

— Tu farás falta, menina — uma voz soou atrás de si. Kristen não fitou a dona dela.

— Fico feliz que alguém nesta casa não quer ver-se livre de mim — Respondeu fitando as árvores ao longe.

— Não sei o que acontecera com o menino. Não imaginei que ele iria mandar-te embora naquela noite — Kristen então voltou-se lentamente para Margareth. A senhora estava parada próxima a cama com feições penosas.

— Uma hora ou outra eu teria de partir. Só não imaginei que sairia expulsa daqui — Kristen sorrira triste.

— Menina, eu posso conversar com o menino, posso convencê-lo para que a deixe ficar aqui pelo menos até estares pronta para partir.

Kristen adentrou o aposento indo até a frente do grande espelho próximo a porta fitando-se nele.

— Não ficarei debaixo do mesmo teto de alguém que repudia minha presença — disse com voz dura — Teu menino tem suas razões para querer-me longe.

— Novamente serei a única mulher nesta casa — a senhora baixou a cabeça — As vezes eu gostaria de ter uma amiga aqui dentro, alguém que pudesse conversar coisas de mulher.

Kristen saiu de frente ao espelho caminhando em direção a Margareth que encontrava-se no meio do ambiente.

— Podes visitar-me na taverna — Kristen ergueu o rosto de Margareth — Posso cozinhar algo especial pra você.  Não garanto um banquete como os que já serviste aqui, mas uma comida que mate sua fome sem mata-la posso assegurar — Kristen sorriu.

— Adoraria — sorriu — Mas minha vida é aqui com o menino. Depois que vim morar aqui não conheço muita coisa além dos arredores.

— É uma pena. Sentirei falta de seu porco assado — Kristen brincou. Margareth riu sonoramente — Ao menos tu sorri comigo, Margareth. Tu farás falta — Kristen disse em um sorriso singelo em seu rosto.

A senhora baixinha retribuira ternamente. Kristen a abraçou com carinho. Embora as duas tenham tido um mau começo Margareth faria falta. A alguns metros, Kristen pôde ouvir o relinchar de um cavalo.

Estava na hora de ir.

Kristen então andou pesarosa até a porta e a abriu pronta para partir.

— Tu não levarás as vestes? — Margareth perguntou alcançando Kristen na porta.

— Daqui somente levarei sua lembrança, Margareth — Kristen sorriu — E de teu porco assado também.

A senhora riu sonoramente.

Kristen de fato não queira levar nada dali. Trazia consigo apenas a roupa do corpo e mesmo assim sentia-se na obrigação de devolvê-la. Se Viktor a queria longe dali, então nada mais justo que não levar nada que pertencesse a ele.

Ela seguiu pelos longos corredores de paredes vinho com Margareth a lhe acompanhar fielmente. Ela já nem se dava ao trabalho de encenar um manco. Viktor já notara seu ótimo estado graças a sua incrível capacidade de esquecer de mancar na frente dele. Mas agora era tarde para culpar-se.

Elas alcançaram os longos lances de escada que a levaria ao grande salão. Kristen os desceu deslizando sua mão no corrimão despedindo-se dali também. Ao fim da escada, ela caminhara diretamente a porta negra para não ter que prolongar despedidas de mais nada.

Ao pôr seus pés para fora naquela tarde, Kristen logo avistou Viktor ao fim dos pequenos degraus montado em um belo cavalo negro de pêlo brilhante. Ela virou-se para trás fitando Margareth que lhe lançava um olhar de lhe dar pena.

— Espero um dia poder reencontra-la, Margareth. Sei que começamos com dois pés esquerdos, mas tu se tornaste uma amiga — Kristen sorriu acariciando os cabelos da senhora a sua frente — Lembrar-me-ei de ti um dia quando contar histórias para meus filhos — sorriu. Margareth sorriu de volta, mas seu sorriso era triste. Era hora de ir. Kristen dera um beijo terno no topo da cabeça da senhora e logo lhe deu as costas descendo o lance de degraus.

Ao fim da mesma, Viktor não falara nada, somente desceu de seu alazão e com um movimento de sua cabeça incentivou que Kristen subisse no mesmo. O vestido longo dificultou um pouco, mas logo ela estava assentada sobre o animal. Kristen foi um pouco mais para frente dando lugar a Viktor logo atrás de si.

— Um dia a verei novamente para conversarmos coisas de mulher, Margareth — Kristen disse em um tom que a senhora na porta negra pudesse ouvi-la antes de darem as costas e calvagarem rumo a floresta que cercava o local.

                                ***

        A tarde caía sobre suas cabeças. Depois que haviam saído da mansão, Viktor não dera uma sequer palavra e ela também não se dera ao trabalho de puxar assunto ou parecer simpática. Havia sido expulsa, não tinha de ter nenhum tipo de consideração a quem não tivera nenhuma consigo.

Ele segurava as rédeas do animal por entre o espaço dos braços de Kristen e seu corpo. Kristen nem sequer esperava uma palavra qualquer dele, ele parecia querer evita-la ali também, porém, depois de alguns trotes onde o cavalo sacudia-se mais, a voz de Viktor soou seca atrás de si.

— Peço que evite tocar-me. Não quero machuca-la.

— Já experimentei de teu toque, senhor Greembell. Acredite, tenho mais motivos para evitar seu toque do que tu tens para me proteger — ela respondera no mesmo tom seco que ele usara consigo.

Depois daquelas pequenas palavras trocadas com tamanha secura, o silêncio de suas vozes reinou sobre eles novamente. Somente o casco do cavalo tocando o chão podia-se ouvir ali. Kristen sentia-se incomodada com Viktor estando tão próximo a si e tratando-a como se ela não estivesse lá, porém, seu orgulho lhe pedia que o tratasse com a mesma indiferença que ele.

A tarde continuou caindo, o caminho era longo e as várias árvores dificultavam a passagem em linha reta do cavalo. Quando eles avistaram a estrada de terra que Kristen lembrava-se levemente, já começava a escurecer. Eles continuaram o trote em silêncio, Viktor sequer lhe lançava qualquer olhar enquanto Kristen o olhava de soslaio. Ele parecia bem determinado em livrar-se dela e esse pensamento a fez virar o rosto para não fita-lo.

Ele era um arrogante.

                                 ***

           O céu já encontrava-se escuro naquele comecinho de noite. A lua crescente estava no céu cravejado de poucas estrelas. A alguns metros, Kristen já podia ver as casas do vilarejo onde a algum tempo havia deixado. Os archotes que iluminavam as casas sobressaiam-se pelas frestas das portas. Estava tudo do jeitinho que lembrava.

Algum tempo depois, Kristen finalmente avistou sua morada. A taverna materializou-se na frente de seus olhos e ali, naquele momento, era como se não visse aquele lugar a muito tempo. Parecia que estivera ali há séculos e que agora já nem sabia como se portar diante daquele lugar.

O cavalo aos poucos fora diminuindo seu trote até que enfim parou. Viktor descera primeiro dando passagem para que Kristen fizesse o mesmo.
Kristen logo tentou fazer o mesmo, entretando, a barra do vestido que trajava ficou presa em um detalhe da sela no animal.

— Maldições! — Kristen não controlou-se puxando seu vestido na tentativa de livrar-se dali.

Viktor não fizera nada, começou a olhar para os lados como se admirasse alguma paisagem ou simplesmente estivesse em um lugar desconhecido e quisesse observar todos os detalhes que compunham o ambiente.

Kristen continuou sua luta patética contra a sela, porém, ao puxar novamente, seu corpo inclinou-se para a esquerda e ela desiquilibrou-se. Kristen soltou um pequeno gritinho de susto ao notar que seu corpo iria chocar-se ao chão, mas sua queda fora amortecida por alguém que a segurara. Quando Kristen deu-se conta, Viktor estava ao seu lado com suas mãos a rodear suas costas cobertas pelo vestido.

O olhar de Viktor cruzou com o seu, o que não era surpreendível uma vez que seus rostos estavam muito próximos. No entanto, ele pareceu notar tamanha proximidade e tratou de afastar-se deixando Kristen sentada sobre o chão frio. Ela pensou em reclamar, porém resolveu levantar-se por conta própria do que dar a Viktor o gosto de vê-la pedir sua ajuda.

Ela não precisava dele.

Viktor estava parado ao lado do belo alazão negro segurando o mesmo pelas rédeas enquanto Kristen sacudia a saia de seu vestido afim de limpar-se da sujeira do chão.

— Obrigada — Kristen agradeceu seca. Ele apenas acenou com a cabeça.
Logo Viktor montara no animal fazendo com que Kristen tivesse de erguer seu rosto para fita-lo.

— Creio que estejas entregue, senhorita Sartórios — a voz de Viktor soou aos ouvidos de Kristen.

— Receio que sim — ela respondeu indiferente.

— Espero que não se meta em mais confusões. Nem sempre as pessoas poderão ajuda-la.

— Não precisa fingir se preocupar, Senhor Greembell. As pessoas que realmente me querem por perto não me deixarão desamparada — ela disse deixando claro a farpa que havia lançado sobre ele. Ele não pareceu ter ficado magoado.

— Devo partir — ele disse já saltando sobre seu cavalo enquanto lhe fitou de cima do animal sem emoções — Adeus, senhorita Sartórios.

— Adeus, senhor Greembell — ela respondeu já o vendo Viktor dar comandos para que o cavalo começasse seu trote. Mas, quando Viktor já começava a sair dali, Kristen o chamou.

— Senhor Greembell — ela gritou, ele a fitou sem entender — Espero que um dia possa trazer Margareth para visitar-me. Gostaria de cozinhar algo para ela.

— Lamento, senhorita Sartórios — Viktor respondeu calmo — Mas receio que Margareth não subirá em um cavalo para visita-la.

Kristen sentiu algo em si, uma revolta, uma vontade de tacar pedra nele, mas somente assentiu com a cabeça e o viu dar-lhe as costas e trotar na rua escura. Ela acompanhara com os olhos o vulto negro que cavalgava ao longe até não poder mais vê-lo camuflando-se na penumbra.

Então ela rodou os calcanhares dando de cara com a porta dupla de madeira gasta daquele lugar que a muito não via. Ali ela se sentiu como se fosse uma visita, como se aquele lugar nunca houvesse sido sua morada e agora teria de conhecê-lo. Era como se fosse algo novo, como alguém que vai começar a trabalhar em um ambiente diferente e não sabe como reagir. Uma ansiedade cresceu dentro de si, um nervosismo que causava um reboliço no estômago como se uma tempestade estivesse alojada em si.

Ela respirou fundo, fechou os olhos e tentou acalmar aquele sentimento em si. Até parecia que nunca houvera pisado naquela modesta taverna que chamava de lar.  Após alguns instantes de respiração funda e olhos fechados, Kristen resolveu acabar logo com aquilo. Ela abriu os olhos e com um último suspiro forte se aproximou da madeira da porta. No entanto, ao lado da mesma estava um pedaço de papel colado na parede da taverna. Aquilo não estava ali, até onde recordava-se. Olhando melhor ela pudera ver o que se tratava e logo arrancara o papel de um gesto rápido. Sobre o papel amarelado estava um desenho com grandes letras no topo da folha com os dizeres DESAPARECIDA.

A madeira da porta rangera anunciando a entrada de um novo visitante. O bafo quente do ambiente tocou sua pele causando um choque térmico em seu corpo frio pelo vento que soprava forte naquela noite. Depois, o som alto das risadas esganiçadas dos beberrões que ali estavam invadiu seus ouvidos.

Aquilo lhe era muito familiar.

Então ela adentrara o local, passando pelas mesas sem fitar a ninguém, mantendo seus olhos fixos sobre a cortina que cobria uma entrada atrás do balcão. Então finalmente seus olhos lhe mostraram o que tanto ansiava ver.

— Quanto irão me pagar por encontrar essa estranha moça da foto? — ela disse, fazendo com que Elliot que trazia uma bandeja com bebidas paralisar totalmente.

Elliot lhe fitava de olhos arregalados como se estivesse vendo um fantasma em sua frente enquanto Kristen sorria largamente sem saber o que fazer mais que isso. Ele parecia não acreditar no que via, estava totalmente atônito e parecia não saber reagir tanto quanto Kristen.

Porém, no momento seguinte, o Elliot estático atrás do balcão colocou rapidamente a bandeja por sobre o balcão gasto e saindo de trás do mesmo, andou cauteloso em direção a Kristen com o semblante mais incrédulo que Kristen jamais vira na face dele.

— Pelos Deuses — Elliot dissera pondo a mão em sua boca que parecia querer abrir-se em espanto — Pelos Deuses, pelos Deuses!

— Elliot — Kristen disse em um tom baixo enquanto sua voz vacilava pelas lágrimas de emoção que brotavam em seus olhos embaçando sua visão.

— Pelos Deuses, Kristen — Elliot estava em sua frente e agarrou seus braços olhando-a por inteiro parecendo querer se certificar do que via — Cabelo de fogo, és mesmo tu?

Kristen sorriu mais largo. Há quanto tempo não ouvia aquela voz lhe chamando daquele jeito? Pelos Deuses, pareciam séculos!

— Sou eu — ela limitou-se a dizer enquanto uma lágrima teimosa rolou por sua face. No instante seguinte, Elliot lhe tomou em seus braços apertando seu corpo contra seu peito em um aperto de saudade.

— Cabelo de fogo, tu voltaste! — Elliot falou alto enquanto a levantou rodopiando-a em seus braços.

Kristen sorria perdida naquele abraço  que tanto sentia falta. Elliot lhe pusera de volta ao chão e seus corpos ganhou o espaço suficiente para que pudessem fitarem-se. Elliot carregava um sorriso lindo, os cabelos bagunçados lhe deixava radiante, e aqueles olhos... Até os olhos de Elliot sorriam.

— Quanta falta senti de ti, olhos de mel — Kristen agarrou o rosto de Elliot entre suas mãos o fitando com uma alegria que mal cabia em si.

— Oh, cabelo de fogo, por onde andavas? Quase enlouqueci com tua ausência — ele tocou as mãos dela que estavam em seu rosto tirando-as dali e assim os dois ficaram de mãos dadas.

Os bêbados que a pouco haviam parado de se embebedar para dar atenção a Kristen logo voltaram a beber e falar alto. Kristen não era mais importante que suas bebias e meretrizes, é claro.

— Eu perdi-me na floresta e tanta coisa aconteceu que... — ela suspirou — Enfim, eu estou de volta, olhos de mel. E Elena? Onde está minha irmã?

De pronto Kristen já começara procurando os cabelos loiros de Elena com os olhos. Quanta falta sentia de sua irmã!

— Elliot, eu acho que... — a voz de Elena que acabava de sair da cozinha atrás do balcão fora calada quando os olhos dela encontraram os de Kristen.
Kristen não conteve sorrir feliz enquanto Elena ficara estática onde estava com feições incrédulas.

— Kristen? — Elena franziu o cenho.

— Minha irmã — Kristen largara a mão de Elliot e não evitou andar rápido para logo ir para trás do balcão abraçando Elena com força.

Ela envolveu seus braços no pescoço de Elena que não a abraçou de pronto. Devagar, sua irmã retribuiu o abraço.

— Quanta saudade de ti, minha irmã — Kristen falou ainda abraçando Elena. Quando Kristen soltou Elena de seu abraço, fitou-a com os olhos transbordantes de felicidade — Estou de volta, minha irmã.

Sua irmã ainda parecia muito incrédula com o que via uma vez que não expressara nenhuma reação se não somente fitar Kristen com um olhar que não lhe dizia nada.

— Elena? — Kristen perguntou franzino o cenho — Tu estás bem?

As feições de Elena estava confusas. Kristen estranhou. O que aconteceu? Por que sua irmã se mostrava tão estranha?

— Tu voltaste — Elena disse em uma voz vaga, não era uma pergunta, mas também não parecia ser uma afirmação.

— Elena — Elliot chamou-a quando já se encontrava do lado de Kristen — Dê as boas vindas a nossa irmã— Elena olhou vaga para Elliot, ele acenou com a cabeça e seus olhos tinham uma mensagem subliminar a qual Elena pareceu entender perfeitamente deixando nascer em seu rosto um sorriso pela primeira vez.

— Senti tanta sua falta, Kris — Elena a abraçou.

                             ***

        Depois dos inúmeros abraços que Kristen dera em seus irmãos, a noite prosseguira como Kristen lembrava. Elena ainda mostrava-se um tanto estranha, mas agora sorria e conversava mais abertamente. Kristen resolveu entender isso como uma surpresa por parte de Elena. Era normal, ela esperava. Kristen retomara suas atividades de outrora levando bandejas com bebidas para lá e para cá.

As horas passaram-se arrastando-se e o movimento havia diminuído consideravelmente. Havia apenas alguns homens tomando coragem para levantar e não caírem por sobre as mesas.

— Há quanto tempo não via essa cena? — Kristen perguntou encostada no balcão fitando a taverna ficando vazia.

— Sentiu falta? — Elliot perguntou.

— Faz parte de minha vida, seria mentira se dissesse que não senti nenhuma falta — sorriu para Elliot a sua frente.

Porém, um barulho soou no ambiente anunciando a queda de uma mesa.
Kristen olhou assutada para onde o som vinha encontrando um homem em pé aparentemente bêbado apontando acusador para um homem que ainda estava sentado.

— Quem você acha que é seu bêbado maldito? — o homem em falou alto com voz mole para o homem sentado. Um bêbado chamando outro bêbado de bêbado maldito. Um pouco irônico, Kristen pensou. No momento seguinte o homem que estava sentado agarrou o dedo ao qual lhe apontavam puxando o dono consigo fazendo o mesmo cambalear e bater em uma mesa próxima.

— Não aponte seus dedos sujos para mim, seu verme — a voz dele era igualmente mole.

O homem que batera na mesa logo voou em cima do homem a sua frente tentando acertar socos no mesmo que tentava revidar. Eles caíram em cima de outra mesa derrubando-a também enquanto tentava brigar.

— Vou acabar com você, maldito! — um deles falou alto.

— Maldições! — Kristen dissera vendo a cena patética a sua frente — Disso eu não sentia falta.

— Bem-vinda de volta ao caos — Elliot disse rindo já indo separar os homens que mais pareciam ter  vontade de dormir do que realmente brigar.

Kristen ficou observando Elliot tentando separar os homens do balcão. Que cena patética, pensou.

Porém, entre uma fresta na cortina que cobria a entrada da cozinha, Elena observava Kristen com um olhar diferente.

________________________________________________________________________________

3419 palavras

Olá, olá Jubinhas do meu❤

Esse foi o capítulo de hoje, espero que tenham gostado da volta de Kristen a taverna❤❤ Enfim, o que acham que Elena tem? Nem adianta dizer nada pois sei que nessas cabecinhas lindas de vocês, vocês estão maquinando mil coisas HaHa 😂

Que tal uma ⭐?

DÁ LIKE!

Aguardo manifestações 😍

Até logo ❤❤❤

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