Efeito Alice

由 RobertaRios28

376K 22.2K 13.5K

Dois mundos completamente diferentes. Dois sonhos que se igualam. Duas vidas que se entrelaçam. Ela: um ídolo... 更多

Sinopse
Prólogo
Capítulo Um - A Ocasião faz a força e os verdadeiros guerreiros
Capítulo Dois - As Aparências Enganam
Capítulo Três - Eu me lembrarei de você
Capítulo Quatro - O Sentido Oposto da Frase
Capítulo Cinco - Inusitada
Capítulo Seis - Arrependimento
Capítulo Sete - A Soma de Todas as Forças
Capítulo Oito - Verde
Capítulo Nove - Diversão de Vestido
Capítulo Dez - Trauma de Pimentas
Capítulo Onze - Pessoa Errada
Capítulo Doze - Sobre Sexta
Capítulo Treze - Bolo de Chocolate
Capítulo Quatorze - Nos vemos na segunda.
Capítulo Quinze - A Morena dos Olhos Negros
Capítulo Dezesseis - Sobre Prédios e Primas
Capítulo Dezessete - Orgulho Masculino
Capítulo Dezoito - Quando se conhece a Família
Capítulo Dezenove - Nós
Capítulo Vinte - Sobre ceticismo e romantismo
Capítulo Vinte e Um - Quando o começo se parece com o fim
Capítulo Vinte e Dois - Testes para a sanidade
Capítulo Vinte e Três - Questão de preferência
Capítulo Vinte e Quatro - Quando não há ciúmes
Capítulo Vinte e Cinco - "... ao ar livre,..."...
Capítulo Vinte e Seis - O Baderneiro
Capítulo Vinte e Sete - Balde de Água Fria
Capítulo Vinte e Nove - Para provar o ponto
Capítulo Trinta - Efeito Alice
Capítulo Trinta e Um - Combinado
Capítulo Trinta e Dois - Fato
Capítulo Trinta e Três - "A Conversa"
Capítulo Trinta e Quatro - 4x4
Capítulo Trinta e Cinco - Efeito Adam
Capítulo Trinta e Seis - Dever cumprido
Capítulo Trinta e Sete - Histórias de crianças
Capítulo Trinta e Oito - "E ela chorava..."
Capítulo Trinta e Nove - Sobre cuidados e sugestão
Capítulo Quarenta - Caça ao Presente
Capítulo Quarenta e Um - Imensurável
Capítulo Quarenta e Dois - Curiosidade inesperada
Capítulo Quarenta e Três - Quando se trata de Amizade e Reciprocidade
Capítulo Quarenta e Quatro - E eu vejo estrelas
Capítulo Quarenta e Cinco - Como um sonho
Capítulo Quarenta e Seis - Pais e Filhos
Capítulo Quarenta e Sete - Conclusões e precipitações
Capítulo Quarenta e Oito - Olhos inchados
Capítulo Quarenta e Nove - Conexão
Capítulo Cinquenta - Maré
Capítulo Cinquenta e Um - Resignação
Capítulo Cinquenta e Dois - Castigo
Capítulo Cinquenta e Três - Explosões
Capítulo Cinquenta e Quatro - Acidentes de vidro, de café fedorento e o Furacão
Capítulo Cinquenta e Cinco - Da família
Capítulo Cinquenta e Seis - Até O Sol Nascer
Capítulo Cinquenta e Sete - Trabalho Natalino
Capítulo Cinquenta e Oito - Foto em Família
Capítulo Cinquenta e Nove - Vista
Capítulo Sessenta - O tempo é curto
Capítulo Sessenta e Um - Ego Flutuante
Capítulo Sessenta e Dois - Devaneios Natalinos
Capítulo Sessenta e Três - Boas novas
Capítulo Sessenta e Quatro - Ano novo, brigas novas
Capítulo Sessenta e Cinco - Ao mesmo tempo
Capítulo Sessenta e Seis - Soa tão bem...
Capítulo Sessenta e Sete - A Boa Promoção
Capítulo Sessenta e Oito - Promessas e Provas
Capítulo Sessenta e Nove - No Qual Alice Não Cria Expectativas
Capítulo Setenta - O Garotinho Está Crescendo
Capítulo Setenta e Um - Ainda Amigos
Capítulo Setenta e Dois - Destino Contemplado
Capítulo Setenta e Três - Tudo Entra nos Eixos
Capítulo Setenta e Quatro - Relacionamento Conturbado
Capítulo Setenta e Cinco - A Melhor Sensação
Capítulo Setenta e Seis - O Processo e o Colírio
Capítulo Setenta e Sete - Quebrado

Capítulo Vinte e Oito - Não pense demais

3.9K 273 164
由 RobertaRios28

Capítulo Vinte e Oito - Não pense demais

Alice K. Hildebrand


Depois de tanto pensar e remoer sobre o Adam, e sobre mim, também, eu decidi escrever o que tanto me atormenta. Peguei um caderno, e comecei a listar tudo. É algo bobo, mas que Elena fazia quando era mais nova, a pedido do seu psicólogo. Ela sempre disse que funcionava e tentava me persuadir a fazê-lo, também...

E para não ser injusta, comecei a escrever também o que me agrada, o que me faz bem...

Surpreendi-me ao perceber ter escrito quase cinco folhas em menos de uma hora. E só parei de fazê-lo por estar tarde, e eu precisar acordar cedo.

Fui para o meu quarto e passei direto para o banheiro, dando de cara com meus olhos inchados e avermelhados.

Inspiro. Expiro. Inspiro. Expiro. Inspiro. Expiro.

Passo água fria no rosto e respiro fundo diversas vezes antes de sair do banheiro e ir para a cama, onde o Adam está adormecido com a barriga para cima.

Suspiro, exausta.

Apenas não pense demais, Alice.

Atendo ao pedido do meu subconsciente. Quando deito meu corpo no colchão, é como se o peso do dia tomasse o seu preço. E só então, à beira do sono, eu percebo que sequer pensei sobre o meu primo; sobre como vou lidar com a sua volta, e os problemas que ele certamente me trará.

Meus olhos pesam, e não consigo impedi-los de se fecharem.

A última coisa da qual tenho consciência é de sentir braços fortes ao meu redor.

- Me desculpe... Eu amo você.

****************************



Adam Beaumont


Acordo me sentindo exausto, e sentindo o vazio e frio da cama enorme.

Olho para os lados, procurando por Alice, mas não há um sinal dela.

Alcanço meu celular na mesa de cabeceira, e vejo que ainda é cedo: seis e dez da manhã.

Levanto me sentindo pouco à vontade para sair e andar pelo apartamento dela. Separo minhas roupas e tomo meu banho, na esperança de que ela apareça quando eu terminar.

Sem sorte.

Lembro-me dela deitando-se tarde da noite. Acabei pegando no sono enquanto a esperava e pensava no que dizer. Quando ela voltou, eu acordei em um reflexo, mas ela dormiu rapidamente e não pude me desculpar...

Eu realmente me senti mal por ter desprezado a sua vontade; por ter desprezado a sua intenção... Senti-me mal e envergonhado por ter escondido da minha família sobre nós, e mais ainda por Alice ter se sentido daquela forma.

E agora eu me sinto como se tudo o que eu fizesse fosse errado; como se eu só errasse com ela. Conosco.

E agora, mais uma vez, me vejo na posição de ir até Alice e me desculpar.

Pensar que Alice pretende mudar a rota da sua viagem apenas para conhecer a minha família me pegou de surpresa. Assustou-me demais, na hora, e me deixei levar. Mas agora, após pensar bastante sobre tudo, eu percebo que a ideia me agrada; deixa-me nervoso, muito nervoso, mas me agrada.

Eu preciso falar isso para ela. E preciso, também, falar sobre a Alice para minha mãe e meus irmãos. Farei isso daqui a pouco.

Primeiro preciso procurar a Alice. E depois eu ligo. Isso. Está decidido.

Depois de me vestir, pronto para uma nova semana de trabalho, organizo as minhas coisas no canto do quarto, junto ao blazer no suporte, e vou para a sala, onde tenho a esperança de encontrar Alice. Encontro-a sentada à mesa de jantar, lendo um jornal. Uma senhora coloca comidas na mesa para o café da manhã.

- Bom dia, senhor. - A senhora que não conheço sorri amigavelmente para mim quando me vê parado na entrada da sala.

- Bom dia. - Eu digo baixo demais e duvido que alguém tenha escutado. Limpo a garganta e tento novamente, mais alto desta vez: - Bom dia.

A senhora e eu aguardamos em silêncio que Alice nos apresente, mas ela apenas me olha com indiferença e volta sua atenção para o jornal.

Constrangida com o clima polar à nossa volta, a senhora pede licença, e sai, deixando-nos a sós.

Merda.

Alice voltou a esconder o que pensa e sente. O dia já começa difícil para mim.

Suspiro e caminho lentamente em direção à mesa. Hora de enfrentar a fera.

É como se eu estivesse andando em cimento em fase de endurecimento, tamanha a dificuldade e tempo que eu demoro a chegar à mesa.

- Sabe... Você deveria disfarçar mais a sua animação. Tenho certeza de que até os pedestres lá embaixo já perceberam. - Seu humor está irônico e ácido, nesta manhã. Ok. Eu mereci essa.

- Como passou a noite? - Pergunto para tentar aliviar o clima.

Alice me encara brevemente, e responde já sem me olhar:

- Bem. - Curta e grossa, sem demonstrar maior interesse.

Eu fico sem saber se falo mais alguma coisa. Espero até Alice começar a se servir com o café da manhã.

- Não vai comer? - Ela questiona ainda sem me olhar por mais de um segundo.

- Hm... Vou. Vou sim. - Respondo rapidamente, e pego um croissant.

Dou uma mordida e mastigo com dificuldade.

Há um nó na minha garganta, formado pelo nervosismo.

Observo Alice comer calmamente, enquanto ainda lê o seu jornal. Ela pega de forma delicada a sua xícara pequena, e a leva até os lábios. Ela a deposita elegantemente no pires, sem fazer um ruído sequer. E é como se Alice estivesse sozinha, no seu mundo. Eu não existo, no momento.

- Então... - Eu começo, e não sei mais o que dizer.

Alice me olha com uma sobrancelha erguida, mas sem os traços de humor que sempre há em seus olhos quando faz tal gesto.

Céus! Eu já sinto falta da minha Alice!

- Alice, me desculpa! - Eu peço, demonstrando toda a minha impotência através da minha voz.

Surpresa cruza rapidamente o seu olhar, mas logo ela disfarça.

- Não há o que eu desculpar, Adam. - Ela diz com simplicidade, voltando a sua atenção ao maldito jornal.

Eu a olho esperando que diga mais alguma coisa, mas nada sai.

- Alice, nós precisamos falar sobre ontem. Eu sinto muito por não ter falado sobre você com a minha família, e...

- Adam, nós definitivamente não precisamos falar sobre ontem. Não agora. - Ela diz em tom rude, e com seus ombros tensos.

- Nós precisamos sim. Você está fugindo... Solte a merda desse jornal! - Eu acabo me descontrolando e arranco da sua mão o jornal que, num ataque de fúria, vai parar longe de nós.

Alice dá um pulo, assustada com a minha reação, e deixa-o transparecer pelo seu olhar. E Céus! Eu quero me bater por isso. Até mesmo eu fiquei assustado com a minha reação. Eu sou um merda de um babaca.

- Nós não vamos conversar agora. - Ela diz calma, mas de maneira ameaçadora.

- Eu... Desculpe-me. Eu não queria... Eu...

- Não... Só fique quieto. - Sua voz está exausta e trêmula.

- Alice...

- Não, Adam. Não comece! Em quatro dias, já brigamos três vezes! Eu não quero aguentar mais disso! - Alice demonstra a sua fragilidade com o seu olhar triste, e a lágrima que ela derrama é capaz de arrancar meu coração.

E eu acredito estar tão cansado disso, quanto ela está. Eu só quero parar com todas essas brigas... Só quero ficar em paz e tranquilo com ela...

- E não quero discutir ou falar nada, para não correr o risco de dizer alguma besteira que possa magoá-lo. - Diz.

Meu coração falha uma batida.

E eu preciso falar.

- Eu não posso ficar quieto, Alice. Eu preciso... Nós precisamos conversar. Eu... Desculpe-me. Por favor! Eu não queria que tudo estivesse indo dessa forma entre nós, e eu sinto como se fosse minha culpa mais da metade dos nossos problemas. Eu só queria ficar bem com você, sem problemas, e sem perturbações. Não queria ir rápido demais, para não correr o risco de tudo dar errado, e eu perder você no meio do caminho. E você me alertou que eu estava acabando conosco e mesmo assim eu ignorei. Eu fiquei com tanto medo de errar, que acabei errando o tempo todo! E eu... Eu fiquei com receio de contar para a minha mãe, sobre nós. Não sei o porquê, mas eu fiquei... Mas isso não importa mais. Eu quero contar para ela agora! Ou quando você quiser. Só... Não me afasta. Não se afasta de mim. - Eu digo tudo de uma vez, engasgando palavras por causa do nervosismo. E só quando termino de falar tudo é que eu percebo que minhas mãos tremem convulsivamente.

Tenho medo do que possa acontecer.

Sou dominado por arrependimento.

Arrependimento por machucar a mulher que eu amo, simplesmente por covardia minha.

E sofro por causar o seu choro.

- Adam, para de chorar. - Ela pede delicadamente. Seu rosto retorce em uma careta de desconforto.

E só então me dou conta disso.

- Estou tentando. - Eu forço um sorriso, mas sem sucesso.

Alice se aproxima de mim e enxuga meu rosto.

- Merda! Vê-lo chorar é um golpe baixo. - Ela murmura carinhosamente, me fazendo sorrir.

- Me desculpa. - Eu imploro novamente, fazendo-a me olhar seriamente.

- Adam, eu falei sério quando disse estar farta de tantas brigas. É uma atrás da outra! - Ela suspira, e uma lágrima lhe escapa.

Vê-la chorar não é legal... Não pelo fato de ser mulher; isso não tem nada a ver. Mas é simplesmente pelo fato de ela ser durona e estar sempre sob controle; de ser sempre controlada e de sempre controlar tudo; pelo fato de ser a minha mulher, e eu ter sido o responsável.

- Quando você falava sobre como estávamos indo rápido demais, eu me incomodava... Mas agora eu te entendo. Eu entendo que o problema nunca foi o tempo que estávamos juntos. O problema é a intensidade. A intensidade do que estamos vivendo. A intensidade de tudo entre nós... Nós não conseguimos ficar num mesmo ambiente por muito tempo sem que nos olhemos duas dúzias de vezes; não conseguimos ficar muito tempo próximos um do outro, sem nos tocar, o toque mais inocente de todos, somente para mostrar que estamos aqui; não conseguimos ficar a sós por muito tempo sem querermos nos atracar. E também não conseguimos tratar do mais simples dos assuntos sobre o nosso relacionamento, sem que acabe em briga, em discussão. Isso é exaustivo! Isso acaba comigo, pois não sei o quanto conseguiremos prosseguir sem que tudo se despedace. Eu sinto como se tivesse que tomar cuidado a cada vez que for falar com você... - Sua voz falha, e ela vira o rosto para respirar livremente, sem me olhar.

- Depois de ontem eu passei a pensar que não faço bem para você. - Eu admito com a voz fraca, e também sem olhá-la. - Mas eu sou covarde o bastante para não cair fora. A menos que seja o que você queira. - Tomo coragem para olhá-la, e a vejo me olhar com os olhos assustados.

- Não quero terminar com você, Adam. - Ela sussurra assombrada. - Mas também não quero continuar com seja lá isso que nós temos. Isso não nos faz bem...

- Eu não quero terminar. - Eu a interrompo sem prestar atenção no que disse. - Eu amo você! E se for o que quiser, nós assumiremos agora o nosso relacionamento. Para todo mundo ver. Eu deixo de lado essa ideia de pedir a permissão para os seus pais, se for o que te incomoda. E eu falo agora sobre nós para a minha mãe e meus irmão. Eu ligo agora e falo. E se for da sua vontade, embarcamos imediatamente para Paris para você conhecê-los. Mas não me deixa. Não desista de mim, Alice. Não desista de nós!

Eu tenho a plena consciência de que pareci um desesperado. E de fato eu o sou. Mas não me importa. Eu só quero que Alice saiba que farei de tudo por nós.

- Adam, eu não quero que conte para eles só porque brigamos! E tampouco quero que você mude! Eu quero que continue sendo quem é. Eu quero que faça as coisas por você, e não por mim, ou por medo! Eu só quero que você se envolva de verdade. Sem medos. Sem receios. Sem pensar demais... Eu só preciso de você por inteiro, Adam. Será que é difícil para você entender isso? Será que eu não fui clara o bastante? - Alice suspira e me olha esperando por uma resposta, mas antes que eu diga qualquer coisa, ela respira a fundo e diz sem me olhar: - Talvez devêssemos passar um tempo separados. A sós. Pensando... Até termos certeza do que queremos. Do que sentimos... Talvez isso faça bem para nós...

- Não! - Eu a interrompo rude e violentamente. Este não é o meu verdadeiro Eu, mas eu não quero ouvi-la falar mais sobre términos. - Não vamos terminar. - Eu digo convicto.

- Eu não falei sobre terminar. - Alice diz na defensiva, com uma carranca assumindo seu rosto bonito. - Eu só disse sobre um tempo...

- Não importa. Não quero um término, nem um tempo. Eu já tenho certeza o bastante sobre nós. Você não tem? - Suspeito olhando-a em dúvida.

Ela ri irônica e me fuzila com o olhar.

- O único aqui que deu motivos para dúvidas foi você. - Ela acusa com veneno pingando da voz, me surpreendendo.

- Eu?! - Me indigno. - Eu deixei claro desde o começo que a amo!

- A custa do que? De ficar com medo de ser julgado por me amar? Para jogar na minha cara ter dito que me ama? De dizer apenas com palavras? - Ela grita raivosa, com um dedo apontado na minha direção.

- Então você está dizendo que eu não te amo? Que eu só disse que a amo, por dizer? Que eu disse que a amo, mas nunca a fiz se sentir amada? É isso? - Eu grito de volta, ficando peito a peito com ela.

Nós nos olhamos furiosamente. Nossas respirações aceleradas. Nossos rostos vermelhos. Nossas lágrimas rolando incessantes, descontroladas e livremente. Na hora de botar os pingos nos is não temos vergonha de mostrar o que sentimos.

- É basicamente isso. - Ela sussurra.

E eu ofego.

Não sei o que pensar.

Sinto-me derrotado.

Como se tivesse sido atropelado por um caminhão tanque.

O que eu mais fiz nos últimos dias foi amar Alice. E eu tenho a plena certeza, agora, de que falhei completamente em demonstrar.

Estou derrotado, e não escondo.

- A única coisa que eu fiz, ultimamente, foi amar você, Alice. E se antes eu suspeitei, apenas, agora eu tenho a certeza absoluta de que eu falhei. Falhei na única coisa que não deveria ter falhado...

- Adam...

- Não tente remediar! - Falo como se a acusasse. - Você está certa em estar cansada. Eu não demonstrei da forma certa, antes. Mas pretendo acertar daqui para frente, Alice. Nada vai me impedir. E eu não vou desistir. Você já me mostrou o que eu precisava. E à merda que nós vamos terminar, ou dar um tempo! Uma merda que eu vou aceitar isso! Você não vai fazer isso comigo, me escutou?! - Termino de falar com a respiração acelerada, e com uma postura determinada que eu jamais assumi antes.

Alice arregala os olhos, e afirma silenciosa com a cabeça.

- Ótimo. - Eu suspiro, e passo a respirar mais aliviado.

Ela ainda está estática, olhando-me com os olhos arregalados e surpresos. Provavelmente não esperava a minha reação... Nem mesmo eu esperava agir desta forma. Quando a adrenalina passar, provavelmente eu tentarei me esconder embaixo da minha cama, longe de qualquer forma de olhar que eu possa atrair. Mas enquanto a adrenalina não abaixa...

Caminho de forma decidida até Alice, e a puxo pela nuca.

A beijo com fome e sede.

A beijo para encerrar a discussão.

A beijo um beijo de reconciliação.

E não há controles e pudores entre nós, agora. Há apenas a vontade retraída misturada à adrenalina contida em nossos corpos.

Alice me agarra com força, como se precisasse deste contato para viver. E de alguma maneira eu percebo que estou da mesma forma que ela. Eu a abraço cada vez mais forte, chegando ao ponto de levantá-la do chão. Ela enrola as pernas ao redor dos meus quadris. Encosto suas costas contra a mesa, e passo um braço ali, jogando tudo para o chão, sem me importar com o barulho de louças quebrando. Coloco Alice sentada em cima da mesa, e me encaixo perfeitamente entre as suas pernas.

Nós afastamos os rostos apenas para recobrar o fôlego, mas logo voltamos ao nosso beijo, sem conseguir manter o controle por muito tempo.

Alice agarra com força o meu cabelo da nuca, e crava a unha nas minhas costas por baixo da camisa. Solto um grunhido em sua boca devido à ardência que em poucos segundos vira algo mais, me atingindo mais embaixo... Sinto a necessidade de me esfregar e pressionar em Alice, e o incômodo dá lugar ao calor e ao prazer. Preciso de mais.

Puxo os seus cabelos, e a coloco no melhor ângulo para aprofundar o beijo. Nossas línguas travam um duelo violento e prazeroso. E céus! Estou ainda mais dolorido.

Esfrego-me com mais força nela, que solta um gemido contra a minha boca. Quando paramos para respirar, me esfrego ainda mais, e a ouço gemer baixinho o meu nome:

- Hmm... Adam!

Se possível, minha calça ficou ainda mais apertada, e o incômodo aumentou.

- Diga de novo. - Eu murmuro contra a sua boca, enquanto me esfrego nela, e puxo seu cabelo.

- Oh Adam! - Ela diz num tom baixo e aveludado.

Alice me puxa, tomando o controle para si.

Ela me beija ainda mais intensamente que antes, e eu retribuo na maior boa vontade.

Seus arranhões e mordidas são prazerosos e me dão a necessidade de mais. Só quero mais!

Sinto Alice descer as suas mãos pelos botões da minha camisa, soltando-os um por um. Rapidamente me vejo livre do tecido, e Alice me abraça forte, nos envolvendo novamente em um beijo desta vez mais lento e ainda mais intenso do que antes.

Suas pernas me prendem com força entre si, e ela começa a arranhar as minhas costas. Oh, tão bom!

Em um instinto eu desço as minhas próprias mãos para a barra da blusa de seda que Alice está vestindo e começo a subi-la.

Antes que eu possa tirá-la totalmente, me vejo sendo bruscamente afastado de Alice, e tropeço para trás quando sinto algo forte e duro atingir meu rosto.

Merda. Dói.

E por que está tudo rodando?

Ouço um barulho alto, como um grito.

- Sebastian! - É a voz assustada de Alice.

****************************




Oe, gente!

Tudo bem?

Uma treta se resolve, outra se inicia... Ainda temos alguém que ainda não odiava o Sebastian por aqui? kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Gente, o Adam ficou saidinho, de repente! Huheuheuheue

E este foi o vigésimo oitavo capítulo.

Espero que estejam gostando!

Volto semana que vem, com mais.

Bjão!


繼續閱讀

You'll Also Like

1.2M 128K 167
Paola. Personalidade forte, instinto feroz e um olhar devastador. Dona de um belo sorriso e uma boa lábia. Forte, intocável e verdadeiramente sensata...
52.4K 5.6K 29
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
29.4K 4.3K 27
Essa é uma história de harém inverso, onde seus destinados são decididos pela ligação da alma e de seus poderes, Estrella é uma jovem que foi criada...
1M 64.4K 86
|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela be...