Cont. Maria...
— senhora o que faz ai? – olhei pra trás e vi meu chofer que aparentemente me procurava
— vamos embora! – fui em direção ao carro e entrei seguida por ele
A caminho de casa pensei em soluções para toda essa situação mais a única mais sensata foi esperar pela volta do Alexandre, se ele realmente estiver me traindo eu não fugirei dele, minhas filhas precisam de um pai na vida delas não vou arrancar delas esse direito, eu sei como é viver sem um pai, farei esse esforço por elas mais nada será igual entre eu e o canalha do Alexandre, dormirei no quarto de hóspedes, não me casarei mais com ele e não seremos mais um casal, somente conversare-mos sobre as meninas e jamais teremos relações, a volta dele pra o México promete, colocarei ele na parede e vou gritar aos quatro ventos que me traiu, nada jamais será igual eu vou ingolir meu amor e jamais demonstrarei que algum dia senti algo por aquele homem.
— chegamos senhora – chofer chamou minha atenção após abrir a porta carro
— obrigado!
Subi até meu quarto e ao chegar ao mesmo tirei minha sapatilha e me despi por completo, depois entrei no banheiro e preparei os sais minerais na banheira precisava relaxar.
No outro dia...
— bom dia senhora – Fátima me comprimento, enquanto eu descia o segundo lance de escada
— Fátima o que eu falei sobre me tratar por senhora!?
— perdão florzinha é pelo costume, o café está pronto quer que eu coloque seu lugar na mesa?
— não eu estou muito enjoada não vou conseguir comer nada
— o senhor Alexandre ligou e disse que quer falar com urgência com a senhora – meu coração acelerou, esse é mais um dom que o Alex tem, mesmo estando longe me faz pirar
— quando ele ligou Fátima?
— hoje de madrugada e falou que era pra senhora ligar pra ele qualquer horário do dia
— está bem Fátima, obrigado
— não vai ligar senhora?
— Fátima! Eu vou sim, ligarei do escritório ok?
— sim filha ele parecia mal quando ligou, acho que estava chorando – meu coração apertou e eu posso jurar que nesse momento ele doeu pra caramba
— quando a consciência pesa as lágrimas caem e o arrependimento consome
— do que está falando filha? O que está acontecendo?
— não posso falar nada por enquanto! Pode fazer um favor pra mim?
— claro filha
— vai no mercado e compra vários morangos, calda de chocolate, trufas e bombons
— eu já vou filha
— Fátima! Vai de carro ok? E compra no meu cartão
— sim
Andei até o escritório do Alexandre, estava realmente desposta a finalmente conversar com ele, respirei fundo antes de digitar o número do celular do Alexandre e colocar o telefone no viva voz, no segundo toque ele atendeu.
Ligação ~*~ on ~*~
— Amor? – escutei a voz do outro lado da linha suar triste e meio baixa, mais consegui reconhecer era ele, era meu Lê, estava ali esperando minha resposta — alô Maria, meu amor está ai?
— o que você quer? – doeu mais em mim que nele ter dito o que eu disse
— quero te pedir perdão, meu amor me perdoa eu! Não sabia..eu não.. Não sei nem o que dizer – minhas lágrimas começaram a cair rapidamente e eu sentei na cadeira de couro do Lê que ficava atrás da mesa dele
— você não pode me pedir perdão, não sabe o que significa pra mim Alexandre, você não sabe tudo o que passei, tudo que estou passando, você não pode do nada me arrancar o direito de amar, você não tem o direito de brincar comigo, você é um hipócrita e não vai poder fugir de mim pra sempre, eu juro que quando você voltar vou fazer você se arrepender de tudo o que fez embaixo dos lençóis com a "Selena"
— meu amor mais eu... – desliguei
Ligação ~*~ off ~*~
O telefone voltou a tocar mais eu não me atrevi a atender, como pode uma coisa dessa está acontecendo comigo? Eu não nasci pra ser feliz né meu Deus? eu não podia nascer, aprender, namorar, casar, ter filhos, netos morrer, tudo tem que ser sempre uma confusão? . Andei até meu quarto e me deitei pra voltar a chorar um pouquinho.
— por quê minha rainha está chorando? – levantei a cabeça e vi o melhor amigo do mundo inteirinho, Carlos, sentei na cama
— me abraça Carlos, só te peço isso, me abraça e não solta nunca mais
Minutos depois...
— vai pra casa da Laura estou te falando ela te faz tão bem, vai ser melhor ela vai te fazer ficar feliz e te ajudar quanto a gravidez
— fala como se conhecesse ela! – soltei um sorriso em meio as lágrimas
— bom digamos que ontem por um acaso nos saimos a noite e agora, estamos nos conhecendo
— ah agora eu saquei, mais quando ela voltou não estava em New York?
— sim mais parece que foi cancelado uma baboseira lá, mais vamos eu te ajudo com as malas
— obrigado
Arrumamos apenas duas malas e fomos de carro pra o apartamento da Laura
— Meu Deus o que houve amor? – Laura falou depois de abrir a porta e olhar pra mim e pra o Carlos
— espero que tenha sido comigo esse "amor" – Carlos falou e logo depois deu selinho na Laura
— nossa! já? – falei totalmente apavorada com o selinho e "amor"
— entrem gente! Veio passar uma temporada comigo né Maria ou trouxe essa mala com roupas pra mim lavar?
— vim pra passar um tempinho com você! Espero que não seja incômodo
— veio mesmo? – Laura correu pra me abraçar e eu aceitei o abraço com todo amor — aaaai meu Deus nem acredito! Diz que não está brincando Mary
— eu não tô Lau eu não tô
— aaaaah Jesus alguém pra animar meu dia – todos nós rimos — que barriga fofa Maria, não me diga que é o bebê? – ri alto do comentário
— o que mais séria Lau? – perguntei ainda rindo
— dois! – Carlos falou também rindo — olha gente é uma pena mais eu preciso ir ok? É que minha secretária se demitiu e eu estou trabalhando em dobro
— sério? Nossa que pena – Laura falou sentando do meu lado no sofá da sala dela
— Carlos e quando vai fazer as entrevistas pra contratar outra? – perguntei interessada
— não estou com tempo de fazer eu tenho somente observado currículos
— meu currículo ainda está lá né? – perguntei com curiosidade
— Maria é melhor não! está grávida amiga, não pode viver assim sem contar que vai dividir seu tempo comigo e com o trabalho e assim eu não quero – Laura choramingou e eu reconsiderei
— tem razão vim passar uma temporada com você e é isso que vou fazer
— eu vou indo – Carlos falou se levantando pra se retirar
— tchau – eu e Laura nos despedimos
~*~
Bom é isso boa tarde ;-*