cap 6 ✔

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Alexandre Narrando...

Fiquei com Carlos e Maria a tarde inteira, cancelei reuniões. Passámos pelo parque e praça, a cada momento a conversa ficava melhor e eu mais curioso para saber mais da vida daquela mulher que falava ter sofrido muito, quando começamos a tocar no assunto do filho que perdeu ela não conseguiu segurar e chorou. Me senti culpado. Depois fomos a sorveteria e agora estamos a caminho da casa de Carlos, Maria disse não se importar mais com o marido.

É uma mulher determinada e forte, poucas fariam tudo o que ela fez pra ver a mãe bem e para não cair totalmente no mundo da depressão apesar de ter motivos de sobra. Sempre demonstrava está feliz mais as vezes parecia ser uma felicidade falsa, como se ela não se sentisse completa.

Estávamos na cozinha do AP do Carlos, Maria preparava uma lasanha para comer-mos.

— e onde a senhorita aprendeu a cozinhar? - perguntei rindo com suas brincadeiras imprevisíveis

— meu pai todos os domingos preparava nosso almoço, ele fazia por prazer e eu aprendi por ele e muito pouco com ele. Era um pai exemplar

— eu sinto muito pela sua perda Maria - digo cabisbaixo

— eu aprendi a aceitar. Mais e você? Me pergunta tanto que não te dou tempo pra você se abrir e contar coisas sobre você!

— o que posso dizer sobre mim? Me pergunte! - pedi

— bom...como descobriu que estava sendo traído pela sua esposa?

— me disse está grávida, sendo que estava viajando à três meses. Coloquei um investigador atrás dela e descobri

— onde estava?

— em Los Angeles

— sério? Ai é um sonho meu conhecer os Estados Unidos. Só foi pra Los Angeles?

— fiquei apenas na Califórnia mais já conheço Nova York, Manhattan e Brooklyn

— e Canadá?

— tenho uma casa lá - um 'o' se formou em sua boca e ela arregalou os olhos

— jura? Ai isso me faz chorar! - diz cabisbaixa — que sonho séria ser você durante um mês - eu ri com seu comentário. Maria tirou a lasanha do forno logo depois e a deixou de lado um pouco.

A noite já estava pra chegar quando Maria decidi colocar um filme e preparar pipoca.

— a Mary é uma gulosa, vive comendo e nunca engorda - Carlos diz jogando a almofada do sofá na Maria, que acabou derrubando o enorme balde de pipoca no chão. Ela o olhou irritada antes de cair em cima dele e começar a fazer cócegas na barriga. Carlos ria feito louco, gritou por mim pedindo ajuda e só ai tirei Maria de cima dele, fiquei a abraçando de costas enquanto Carlos se recuperava. Soltei a Maria e ela me encarou sorrindo, se divertia com algo.

— a Carlinha quase se molha - começou a gargalhar e eu a acompanhei logo depois por conta do apelido que colocou em Carlos

— não tem graça, eu só falei a verdade. Você é magra de tanto comer mulher - voltamos a rir só que dessa vez os três

— é divertido ficar com vocês! - falei voltando ao estado normal e me jogando no sofá atrás de mim, Maria fez o mesmo logo depois só que do outro lado

— e eu fiquei calado a maioria do tempo pra ver se o clima aparecia e nada - Carlos explica — vocês nem se beijaram! Nem parece que transaram ontem a noite - Maria me olha desentendida e Carlos continua — na minha opinião deviam se dar uma oportunidade. Vai ser difícil confiar em outra mulher depois do que Selena fez eu sei Alexandre mais Maria é diferente, também sei que vai ser difícil acreditar no amor ou se quer em outro homem depois de tudo que sofreu Maria, mais Alexandre tem valores assim como você. Os dois sonham com uma família, se merecem e deviam se dar a uma oportunidade. - Maria fez uma expressão pensativa antes de se levantar do sofá e seguir até o quarto de Carlos. — MARIA - Carlos gritou seu nome a chamando

— SÓ VOU BANHAR DAQUI A POUCO VOLTO - gritou em resposta. Fiquei conversando com Carlos até Maria voltar, estava vestida apenas com um casaco enorme aparentemente masculino e com certeza nada por baixo, eu e Carlos a olhamos e ela ficou incrédula.

— o que foi?...Já me viram sem roupa, não viram?... Então? - voltou a sentar no sofá, o mesmo só tinha lugar para três e eu estava no meu e ela no meu lado Direito. Assistimos durante um bom tempo.

— eu posso dormir aqui né Carlos?

— você ainda pede Maria?...quantas vezes tenho que dizer que tudo que é meu é nosso? - ela sorriu em resposta, Carlos foi para seu quarto e voltou todo cheiroso e com o cabelo entupido de gel
— bom gente mais...tenho que sair! - Carlos diz e o olhamos um tanto confusos — eu não posso desmarcar a ruiva é uma gata. Também vocês logicamente sabem se virar sozinhos, ah antes de sair - voltou dois passos pra trás — eu tenho que avisar. Podem transar em todos os lugares da casa só não quebrem minhas coisas - Maria jogou uma almofada em sua cara e ele pegou jogando de volta só que na minha cara, quando pensei em revidar ele já não estava.

— ele é um estúpido - Maria diz bufando

O silêncio reina durante meia hora.

— você ta com fome? - Maria pergunta

— não, já comemos demais. Porque?...você está? - devolvi a pergunta

— não. O que pretende fazer depois que seu divórcio sair? - me pergunta

— não sei, não pretendo voltar a me casar

— é verdade o que o Carlos disse?...você sonha em ser pai?

— sim! Sempre foi meu maior sonho, me casei com esse intuito. Estava tão empolgado que não percebi que ela não me amava, só queria meu dinheiro. Se casou por interesse e sempre evitou engravidar

— se...sei lá, você voltar a se apaixonar. Vai se casar e construir uma família?

— com certeza, não é porque uma mulher errou comigo, que outras iram fazer igual. Tem mulheres que valem a pena - a olho nos olhos — tipo você - completo e ela contínua me olhando pensativa

— acho que talvez daria certo nós dois. Mais só o tempo pode dizer, por enquanto podemos ser amigos - estendeu a mão pra mim e eu a apertei de leve acariciando as costas com meu dedo

— podemos...você já ouviu falar em amizade colorida? - pergunto lhe arrancando algumas gargalhadas

— claro!

Minha Prostituta - REVISÃO EM PAUSAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora