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Depois do encontro com os meus pais eu nunca mais vi os dois. Passei a refletir sobre a vida e sobre tudo o que estava acontecendo comigo. As obras no restaurante começaram, os meses foram passando, Noah foi crescendo e mostrando quem ele era realmente.... Marginal... Meu filho seria é um marginal. E eu claro trepei muito, por que transar é muito bom, recomendo.
Uma noite eu estava sentando na minha cadeira na cozinha quando eu recebo uma ligação.
— Late — já sabia que era a Kendra.
— Eu...
— Não entendi, fala de novo.
— Eu...
— Mais uma vez, não peguei.
— EU ESTOU PARINDO....
— Está tendo sexo com o Samuel de novo? Me lembro de uma vez que eu te liguei e você me disse a mesma coisa, mas era por que ele estava com o pau dele enfiando na sua...
— EU. ESTOU. TENDO. UM. FILHO! Minha filha está nascendo — ela disse e deu um grito desnecessário do outro lado da linha.
Mulheres...
— Entendi, não precisa de exaltar. Onde está seu pai?
— Ele... Ele está viajando... Meu Deus eu vou morrer, preciso que me leve ao hospital... Não vou aguentar por muito tempo...
Se é tão fraca por que é que pari naturalmente? Faz cesária mulher, agora eu tenho que dar uma de paramédico e fingir que meu carro é ambulância para levar a hipoptopoma gorda prenha para dar a luz a sua filha...
— Claro, respira fundo que eu já estou indo.
Eu desliguei o telefone e fui até o meu quarto. Peguei um casaco e liguei para o Maurício que por alguma razão ele estava meio exaltado.
— Maurício falando.
— Mau é o Diego.
Eu disse olhando para uma pequena manchinha na parede. Fui até ela e comecei a passar um pano.
— Diga estrume, eu tenho mais o que fazer.
Eu parei o que estava fazendo e arregalei meus olhos.
— Você me chamou de quê? — gritei no telefone. — Está ficando louco?
— Diego eu estava dando banho nos meus filhos, diz logo o que você quer?
Eu olhei para a parede e fiquei bravo com a mancha.
— Depois dessa eu até esqueci.
— Tudo bem, quando você lembrar você me liga.
— Tá certo, tchau.
— Tchau Diego.
Ele desligou o telefone.
— Mas que merda de mancha é essa? Agora eu vou ter que pegar o produto de limpeza e tentar tirar essa porcaria da parede por que está me tirando do sério e... Ai meu Deus a Kendra.
Eu peguei meu telefone e as chaves do meu carro e sai correndo para o estacionamento. Liguei para o Maurício novamente.
— Fala Diego.
— Lembrei o que eu tinha para falar — eu estava descendo as escadas correndo.
— Então fala homem.
— A Kendra está dando a luz.
— O quê? — ele perguntou com a voz alterada.
— A Kendra está dando a luz. Você é surdo?
Eu perguntei entrando no meu carro e saindo de lá descontroladamente, não falem ao telefone enquanto vocês estão dirigindo. É muito perigoso. Digo isso por que eu quase matei a velha, mas em minha defesa o farol estava verde.
— Eu estou assustado com o fato como um ser humano em sã consciência pode esquecer uma coisa dessa?
— Você me chamou de estrume, o que você queria que eu fizesse?
— Qual o hospital que vocês estão?
— Não estamos ainda. Mas vamos para o hospital que a Amanda teve os bebês...
Ele desligou na minha cara? É isso mesmo? Maldito.
Depois cuido dele.
Quando entrei no apartamento da Kendra a mesma estava com as pernas arreganhadas em cima do sofá e eu pensei que ela teria bebê ali mesmo. Depois então foi difícil pegar sua mala, a mala do bebê, a corpo gordo da Kendra e carregá-la para o carro.
Acho que emagreci uns 100 kg.
Já no hospital ela bateu na minha cara por que eu fiz piada com ela, me deu um chute no estomago e me xingou de rato maldito... Claro que eu não deixei passar e apertei os peitos dela com força, deve ter doido mais que a Jade saindo pela vagina aberta dela.
Onde já se viu me xingar de ratos... — arrepios por falar essa palavra inteira.
Depois disso ela foi levada para onde as mães tem bebês... E Maurício chegou me jogando um dos seus filhos no colo.
— Como ela está?
— Tenho cara de médico? Tem um monte de gente de branco que pode te ajudar.
Ele me xingou e foi procurar noticias.
Eu olhei para seu filho e ele me encara profundamente.
— Aposto que esse aqui é o Dominic. Pequeno ser possuído.
Logo Rafa chegou com o Noah e amanda Com o Patrick.
Quando eu disse a eles o que a Kendra tinha feito comigo ele disse:
— Berro.
— O quê?
— Berro. Vai me dizer que não sabe o que é isso?
— Não, eu não sei.
— Berro, é quando alguém ri tão alto que chega a berrar.
— Então da próxima vez berre e não fale berro, por que se não vou te fazer berrar, mas pelos motivos certos.
Ele ficou me olhando e saiu de perto. Berro, que coisa ridícula.
***
Depois de passar praticamente a noite inteira no hospital o médico disse que ela enfim tinha dado a luz. Então lá fomos nós correndo para o quarto dela, onde a mesma estava sentada na cama segurando sua filha linda nos braços.
Nem parece cria da Kendra e do Samuel. Tão calminha.
Nós ficamos olhando a bebê quando o animal entrou no quarto chorando, eu já me afastei caso a bebê voasse contra ele, mas uma vez eu quase ri imaginado a Kendra jogando a bebê no Samuel e mandando ele ir embora.
— O que você está fazendo aqui?
— Kendra eu quero te falar uma coisa— ele disse olhando para ela e limpando suas lágrimas. — Eu agi como um idiota esses últimos meses. Eu estava com medo de chegar em você e conversar, sobre o filho e sobre nosso relacionamento. Eu queria te pedir perdão pela traição eu sei que fui um idiota, eu te amava de verdade, mas naquele dia eu realmente pensei com a cabeça de baixo e não me orgulho disso.
Todos estavam emocionados, mas eu não estava caindo naquele papo.
Conheço a raça ruim de longe.
— Quando você me disse que estava gravida no começa eu me assustei, fiquei com medo de ser um pai ruim para essa criança. Então resolvi acreditar que esse filho não era meu. E hoje me arrependo muito disso, por que eu perdi os melhores meses da minha vida por causa de uma burrice minha e hoje eu estou aqui para te pedir perdão.
Melhores meses?
Melhores meses?
Só Deus sabe o que eu passei com essa dai, só ele sabe o quanto sofri, o quanto eu chorei, gritei, quantos derrames eu tive... Tudo por causa desa ai e ele diz que foram os melhores meses? Por isso eu odeio esse cara.
— Eu pensei e vi que não sou ninguém sem estar ao seu lado, podemos ser loucos, imaturos, safados e o que for, mas nós nos completamos. E agora eu te pergunto, você quer casar comigo?
Ok. Isso eu não esperava, mas como a minha é madura o suficiente...
— Bom, eu não sei o que dizer — ela disse de cabeça baixa limpando suas lágrimas. — Mentira eu sei sim. Você demorou para caralho pra tomar essa atitude, eu quase estava casando com o porteiro do prédio do Diego.
— Ai credo — eu disse olhando para os dois.
Desisto do mundo, da humanidade de tudo. Quando ela voltar sofrendo para a minha casa a primeira coisa que eu vou fazer é tacar fogo nela. Sim, eu vou jogar acido na cara dela e depois tacar fogo.
— Então isso é um sim? — ele pergunta com os olhos brilhando.
— Sim, sí, yes, oui, ja. Em todas as línguas possíveis. — (gente ouija, AEA tem palavras subliminares).
Nessa hora eu já não aguentava mais, sai do quarto e fui para a minha casa comer um pouco, por que eu estava com fome quando a anta mal parida me ligou, fome e sono. Não sou ninguém com fome e com sono.
***
Depois disso o tempo passou mais um pouco e teve o casamento da Kendra com o Samuel. Eu fui padrinho, mas eu me recusei a comprar um presente, presente a gente comprar para aqueles que dão e ela não em deu nenhum.
Também teve a inauguração do meu restaurante que me deixou com as pernas tremendo.
Estava tudo uma correria, e eu estava muito cansado, mas no fim da noite tudo valeria apena. Já tinha contratado garçons, um maître de vinhos, recepcionista, e um chefe para me ajudar na cozinha e os ajudantes. Estava tudo perfeito e só estava esperando os clientes chegarem.
— Eu estou nervoso — eu disse para o Rick. Um carinha que era garçom.
— Calma Chef, tudo vai sair uma maravilha.
— Que Deus te ouça e que os anjos digam amém.
— Amém.
Todos gritaram na cozinha.
E de fato anoite foi uma maravilha, eu nem acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Muitas pessoas apareceram, meus pais (que eu enfim tinha dado uma oportunidade), meus amigos, clientes que eu não conhecia e também um critico, mas nada poderia me abalar. Tudo saiu como eu queria e no dia seguinte eu ainda recebi uma bela critica no jornal. Fizemos até uma festa para comemorar meus sucesso.
Depois disso que a minha vida começou a desandar e quando eu digo isso quero dizer:
NOAH.
XXX