Olá, amores. Como estão?
Por aqui um sol de desanimar, uma noite sem dormir e um mau humor que nem chocolate resolve.
Vocês acreditam que estamos chegando ao final do livro, mais uns dois ou três capítulos e FIM... Não sei se estou preparada para me despedir da Cat. Ainda bem que já tenho a Sam para me fazer companhia.
Vai demorar um pouquinho, mas Cat e John vão para a Amazon com um capítulo extra beeeeem quente!
Falando em Amazon, já foram lá dar uma estrelinha para Um Dia de Sol? Ainda não? Passem lá e deem um votinho no nosso Jujuba.
A música de hoje é um rock meio assim assim, mas serve para ilustrar uma cena do capítulo... Falando nele, vamos logo parar de enrolação... Bom final de semana e divirtam-se.
Estavam todos a mesa, comendo com apetite, menos Catherine, que terminava de se arrumar no antigo quarto de Jonathan, de repente a jovem entrou na sala de jantar descalça, os cabelos, que já haviam crescido um pouco, estavam molhados e pingando. Ela correu em direção à John, sentando-se em seu colo, entre suas pernas e se encaixou ali, apoiando a cabeça no peito maciço de seu noivo.
"Você fez minhas panquecas!", disse olhando por cima do ombro, depois virou completamente o corpo e segurou o rosto de John, dando-lhe um beijo leve. "Senti sua falta Gigante". Então como para provar, ou torturar o namorado, ela rebolava no seu colo, levantando-se a todo o momento para pegar mais panquecas, mais creme, mais morangos, mais calda de chocolate, mais de qualquer coisa que houvesse a mesa.
Christopher, irmão de Jonathan, e Spencer não paravam de rir das caras que o homem fazia a cada rebolada que ela dava enfiada no meio de suas pernas. Até o pai dele ria da situação.
"Café!", Cat estava meio virada para John, olhando direto dentro dos seus olhos.
"Certo, vou buscar seu café", faleou colocando as mãos em sua cintura. Na mesma hora Chris pulou da cadeira, "Eu pego, fica sentado aí, não levanta não", ele não sabia se ria ou falava, mais desapareceu na cozinha e voltou com o balde de café que o irmão caçula fez para Cat.
Quando ela estava terminando a sexta panqueca com calda de chocolate e quilos de morangos Cat chamou a sogra, "Martha, posso perguntar uma coisa?".
"Claro querida, qualquer coisa".
"Você viu Sophie dançar?".
Todos a mesa repararam que Cat não a chamou de mãe, mas o que John queria mesmo era que a jovem tivesse notado que ele não teve nenhuma reação ao nome, Sophie não significava mais nada da vida dele.
"Sim, minha filha, eu a vi dançar. Ela era perfeita. Dominava a técnica como poucas, mas ela não tinha coração, não dançava com amor, paixão. Era apenas técnica. Mesmo assim encantava quem a via dançando", a sinceridade de Martha deixou todos mudos.
Virou-se então para John e perguntou, "Gigante, você conheceu o Charles?".
"Sim, conheci. Mas ele era mais amigo do Chris que meu".
Ela nem precisou perguntar, Chris já foi falando.
"Seu pai era você. Com menos curvas, desculpe irmão. Ruivo como você, com essa alegria, essa coisa de o mundo é um parque de diversões. Menos quando estava perto do seu avô, nessas horas ele parecia um menino assustado. Todos amavam o Charles. Pensando bem, todos não. Spencer e John queriam matar o Charles metade do tempo. Na outra metade, eles queriam trucidar o cara, mas também ele não deu moleza para os dois".
"Chris, qual é a diferença de idade de vocês?"
"Cat", John parecia irritado com a pergunta da noiva, "de novo essa coisa que sou velho para você?"
"Não, é curiosidade. Nunca tive ninguém para falar sobre eles, e agora descubro que vocês eram amigos e todos se conheciam, queria saber sobre eles. O que eu sei foi o que te contei, o que li naquelas cartas", o olhar dela ficou triste de novo.
"Certo", começou John antes que o irmão pudesse falar qualquer besteira, "seu pai era cinco anos mais velho que eu. Se tornou amigo do meu irmão porque eram do mesmo time de polo aquático. Meu irmão é dois anos e meio mais velho que eu. Eu e Spencer nascemos no mesmo ano, com meses de diferença. Sua mãe? Mãe, você sabe a idade da Sophia?".
"Filho, ela era mais velha que o Chris. Acho que ela era uns quatro anos mais velha que você".
Então Cat começou a rir, quando Jonathan olhou para Nick, ela chorava de tanto rir e ninguém entendia nada, então Nick tentando se controlar falou entre as crises de riso. "Eu disse para Cat que você era maluco, e sua mãe acabou de provar, da ala geriátrica para a psiquiátrica chegando até o berçário. Sophie, Sarah e Catherine!".
Martha finalmente relaxou, ela notou que estava quase tudo bem novamente. "Cat querida, será que agora que está limpa, alimentada e torturando meu filho, você pode por favor contar o que aconteceu? Laura e Richard Killan não nos contaram nada."
"Richard é um tipo de primo e Laura minha tia-avó", e mordeu um enorme pedaço de panqueca.
Sem me importar muito com seu "estado", empurrou Cat ficando em pé ao lado dela, "Como assim?".
Richard lançou um olhar interrogativo para a avó e começou a contar a história, como se pedisse permissão para contar os segredos da família.
"Meu avô e o irmão dele, George, serviram durante a Segunda Guerra, baseados na Europa, meu avô em Londres e George no interior da França; lá ele conheceu uma mulher que fazia parte da Resistência. Ele ficou louco com ela, tanto que escreveu uma carta para a esposa pedindo o divórcio. Só que a mulher foi capturada e dada como morta. Meu tio-avô acabou sendo ferido em uma emboscada e como o ferimento era muito grave, foi mandado de volta para casa. Nunca mais ouviu falar de Anne Marie, até que viu um anúncio de uma bailarina francesa, recém-chegada e enlouqueceu. Só meu avô e minha tia-avó sabiam disso, ficamos sabendo menos de quatro anos atrás, quando meu avô contou tudo para vovó, pouco antes de morrer. Desde então vasculhamos o mundo tentando descobrir se era verdade que George teve um filho fora do casamento e onde ele estava. Descobrimos que Anne Marie é Anne Marie Claudine LaRue, mãe de Sophie, avó de Cat. Logo ela é sobrinha-neta da minha avó. Uma espécie de prima."
Cat abraçou a cintura de John e com a cabeça no seu peito explicou que era coisa demais para processar em pouco tempo. "Eu não tinha ninguém no mundo. De repente eu tinha primos, tios, tias, avô, avó. E ainda descubro que você e Sophie, quer dizer, minha mãe... Bom, ah! Você sabe que quando fico assim meu corpo para e tenho febres, e fico mal. Ia à empresa no automático, um dia não deu mais para ir. Mas meu avô me deixou uma coisa que você vai simplesmente amar". Ela se virou para Richard, "Obrigada por cuidar delas para mim todos esses anos". Então segurando a mão de Jonathan o levou até o pátio, e ele quase morreu. Divinamente acomodadas sobre uma picape estava uma TR 6S Trophy, e uma Harley WLA3. Quando olhou Cat ela dava pulinhos e batia palmas "Meus bebês não são lindos?".
"Sim, elas são. Mas, pelo amor de Deus, pare de pular, o que tem embaixo dessa camisa?", Jonathan soou mais irritado do que gostaria, porque imediatamente ela murchou e os olhos ficaram tristes, mas todos já estavam do lado de fora, admirando as motos. "São originais?", perguntou para Richard.
"Sim e não. Todas as peças são originais, mais tio George as montou".
Os homens estavam tão encantados com as motos que nem notaram que as meninas se afastaram deles, conversando baixinho.
Até a próxima semana, amores!